O livro de Enoch é
um texto apócrifo que é mencionado por algumas cartas do Novo Testamento
(Judas, Hebreus e 2ª de Pedro). Até a elaboração da Vulgata, por volta do ano
400, os primeiros seguidores de Cristo o mencionavam abertamente em seus textos
e o aceitavam como real. Após a Vulgata ele caiu no esquecimento. Entretanto, o
livro é muito interessante e parece real. O livro de Enoch foi preservado
somente em uma cópia, na totalidade, em etíope e, por esta razão, também é
chamado de Enoch etíope.
Capítulo 1
1As palavras das
bênçãos de Enoque, com as quais ele abençoou os eleitos e os justos, os quais
devem existir nos tempos da tribulação, rejeitando toda iniqüidade e
mundanismo. Enoque, um homem justo, o qual estava com Deus, respondeu e falai
com Deus enquanto seus olhos estavam abertos, e enquanto via uma santa visão
dos céus. Isto os anjos me mostraram.
2Deles eu ouvi
todas as coisas e entendi o que vi; coisas que não terão lugar nesta geração,
mas numa geração que deve acontecer num tempo distante, por causa dos eleitos.
3A respeito deles
eu falei e conversei com Ele, o qual virá de Sua habitação, o Santo e Poderoso,
o Deus do mundo:
4O qual pisará
sobre o Monte Sinai; aparecerá com Suas hostes e se manifestará com a força do
Seu poder dos céus.
5Todos estarão
temerosos e as Sentinelas estarão aterrorizados.
6Grande temor e
tremor se apoderarão deles, mesmo aos confins da terra. As alturas das
montanhas serão abaladas, e os altos montes serão abatidos, derretidos como o
favo de mel na chama de fogo. A terra será imersa e todas as coisas que nela
estão perecerão; enquanto julgamento virá sobre todos, mesmo sobre todos os
justos:
7Mas a eles será
dada paz: Ele preservará os eleitos e para com eles exercitará clemência.
8Então todos
pertencerão a Deus, serão felizes e abençoados, e o esplendor da Divindade os
iluminará.
Capítulo 2
1Eis que Ele vem
com dezenas de milhares dos Seus santos para executar julgamento sobre os
pecadores e destruir o iníquo, e reprovar toda coisa carnal e toda coisa
pecaminosa e mundana que foi feita, e cometida contra Ele. (2)
(2) Citado por
Judas, vss. 14, 15.
Capítulo 3
1Todos os que estão
nos céus sabem o que transcorre lá.
2Eles sabem que as luminárias celestes não mudam
seus caminhos; que cada uma nasce e se põe
regularmente, cada uma a seu próprio tempo, sem transgredir os mandamentos que receberam. A VISÃO da terra, e
entendem o que deve acontecer, desde o princípio até o seu fim.
3Eles vêem que toda obra de Deus é invariável
no período de seu aparecimento. Eles vêem o verão e o inverno: percebendo
que toda terra está repleta de água; e que a nuvem, o orvalho, e a chuva
refrescam-na.
Capítulo 4
1Eles consideram e
vêem cada árvore, como aparecem para depois murchar, e toda folha, para depois
cair, exceto de quatorze árvores, as quais não são efêmeras, e esperam pelo
aparecimento das folhas novas por dois ou três invernos.
Capítulo 5
1Novamente eles
consideram os dias de verão, que o sol está sobre a terra desde o princípio;
enquanto tu procuras por uma cobertura e por um lugar sombreado por causa do
sol ardente; enquanto a terra é queimada com calor fervente, e tu te tornas
incapaz de andar sobre a terra ou sobre as rochas em conseqüência do calor.
Capítulo 6
1Eles consideram como as árvores, quando
elas dão suas folhas verdes, cobrem-se e produzem frutos; entendendo tudo, e
sabendo que Ele, o qual vive para sempre, faz todas estas coisas por causa de
vós:
2Que as obras desde o princípio de todo ano existente, que todas
as suas obras são obedientes a Ele e
invariáveis; assim como Deus determinou, assim todas as coisas acontecem.
3Eles vêem também
como os mares e os rios juntos completam suas respectivas operações:
4Mas tu resistes impacientemente, não cumpres os mandamentos do
Senhor, mas transgrides e calunias a
Sua grandiosidade; e malditas são as
palavras em tua boca poluída contra Sua majestade. 5Tu, murcho de
coração, a paz não estará contigo!
6Portanto teus dias
te amaldiçoarão, e os anos de tua vida perecerão; execração perpétua se multiplicará,
e não obterás misericórdia.
7Nestes dias tu
resignas tua paz com a eterna maldição de todos os justos, e os pecadores
perpetuamente te execrarão;
8Eles
te execrarão com
tudo o que não é divino.
9Os eleitos
possuirão luz, alegria e paz; e herdarão a terra. 10Mas tu, que não és
santo, serás amaldiçoado.
11Então a sabedoria
será dada aos eleitos, todos os que viverão, e não transgredirão por impiedade
ou orgulho, mas humilhar-se-ão, processando prudência, e não repetirão
transgressão.
12 Eles não condenarão
todo o período das suas vidas, não morrerão em tormento e indignação; mas a
soma dos seus dias se completará, e envelhecerão em paz; enquanto os anos de
sua felicidade se multiplicarão em alegria, e com paz, para sempre, em toda a
duração de sua existência.
Capítulo 7
1E aconteceu depois
que os filhos dos homens se multiplicaram naqueles dias, nasceram-lhe filhas,
elegantes e belas.
2E quando os anjos,
(3) os filhos dos
céus, viram-nas, enamoraram-se delas, dizendo uns para os outros: Vinde, selecionemos
para nós mesmos esposas da progênie dos homens, e geremos filhos.
(3) No texto aramaico lê-se "Sentinelas" (J.T.
Milik, Aramaic Fragments of Qumran Cave 4 [Oxford: Clarendon Press, 1976], p.
167).
3Então seu líder
Samyaza disse-lhes: Eu temo que talvez possais indispor-vos na realização deste
empreendimento;
4E que só eu
sofrerei por tão grave crime.
5Mas eles
responderam-lhe e disseram: Nós todos juramos;
6 (e amarraram-se
por mútuos juramentos), que nós não mudaremos nossa intenção mas executamos
nosso empreendimento projetado.
7Então eles juraram
todos juntos, e todos se amarraram (ou uniram) por mútuo juramento. Todo seu
número era duzentos, os quais descendiam de Ardis, (4) o qual é o topo
do monte Armon.
(4) de Ardis. Ou,
"nos dias de Jared" (R.H. Charles, ed. and trans., The Book of Enoch
[Oxford: Clarendon Press, 1893], p. 63).
8Aquele monte
portanto foi chamado Armon, porque eles tinham jurado sobre ele, (5) e amarraram-se
por mútuo juramento.
(5) Mt. Armon, ou
Monte Hermon deriva seu nome do hebreu herem, uma maldição (Charles, p. 63).
9Estes são os nomes
de seus chefes: Samyaza, que era o seu líder, Urakabarameel, Akibeel, Tamiel,
Ramuel, Danel, Azkeel, Saraknyal, Asael, Armers, Batraal, Anane, Zavebe,
Samsaveel, Ertael,
Turel,
Yomyael, Arazyal. Estes eram os prefeitos dos duzentos anjos, e os restantes
estavam todos com eles. (6)
(6) O texto aramaico preserva uma lista anterior dos nomes
destes Guardiães ou Sentinelas: Semihazah; Artqoph; Ramtel; Kokabel; Ramel;
Danieal; Zeqiel; Baraqel; Asael; Hermoni; Matarel; Ananel; Stawel; Samsiel;
Sahriel; Tummiel; Turiel; Yomiel; Yhaddiel (Milik, p. 151).
10Então eles tomaram
esposas, cada um escolhendo por si mesmo; as quais eles começaram a abordar, e
com as quais eles coabitaram, ensinando-lhes sortilégios, encantamentos,e a
divisão de raízes e árvores.
11E as mulheres
conceberam e geraram gigantes, (7).
(7) O texto grego varia consideravelmente do etíope aqui. Um
manuscrito grego acrescenta a esta secção, "E elas [as mulheres] geraram a
eles [as Sentinelas] três raças: os grandes gigantes. Os gigantes trouxeram
[alguns dizem “mataram"] os Naphelim, e os Naphelim trouxeram [ou
"mataram"] os Elioud. E eles sobreviveram, crescendo em poder de
acordo com a sua grandeza." Veja o registro no Livro dos Jubileus.
12Cuja estatura era
de trezentos cúbitos. Estes devoravam tudo o que o labor dos homens produzia e
tornou-se impossível alimentá-los;
13Então eles
voltaram-se contra os homens, a fim de devorá-los;
14E começaram a
ferir pássaros, animais, répteis e peixes, para comer sua carne, um depois do
outro, (8) e para beber seu
sangue.
(8) Sua carne, um
depois do outro. Ou, "de uma outra carne". R.H. Charles nota que
esta frase pode referir-se à destruição de uma classe de gigantes por outra.
(Charles, p. 65).
15Então
a terra reprovou os injustos.
Capítulo 8
1Além disso,
Azazyel ensinou os homens a fazerem espadas, facas, escudos, armaduras (ou
peitorais), a fabricação de espelhos e a manufatura de braceletes e ornamentos,
o uso de pinturas, o embelezamento das sobrancelhas, o uso de todo tipo selecionado de pedras valiosas, e toda sorte de
corantes, para que o mundo fosse alterado.
2A impiedade foi
aumentada, a fornicação multiplicada; e eles transgrediram e corromperam todos
os seus caminhos.
3Amazarak ensinou
todos os sortilégios, e divisores de raízes: 4Armers ensinou a solução de sortilégios;
5Barkayal ensinou os observadores das estrelas, (9)
(9) Observadores das estrelas. Astrólogos
(Charles, p. 67).
6Akibeel ensinou sinais;
7Tamiel ensinou
astronomia;
8E Asaradel ensinou
o movimento da lua,
9E
os homens, sendo destruídos, clamaram, e suas vozes romperam os céus.
Capítulo 9
1Então Miguel e
Gabriel, Radael, Suryal, e Uriel, olharam abaixo desde os céus, e viram a
quantidade de sangue que era derramada na terra, e toda a iniqüidade que era
praticada sobre ela, e disseram um ao outro; Esta é a voz de seus clamores;
2A terra desprovida
de seus filhos tem clamado, mesmo até
os portões do céu.
3E agora a ti, ó
Santo dos céus, as almas dos homens queixam-se, dizendo: Obtém justiça para
conosco com o Altíssimo (10). Então eles disseram ao seu Senhor, o Rei: Tu és Senhor dos
senhores, Deus dos deuses, Rei dos reis. O trono de Tua glória é para sempre e
sempre, e para sempre seja Teu nome santificado e glorificado.
(10) Obtém justiça
para conosco. Literalmente, "Traz julgamento para nós do... "
(Richard Laurence, ed. and trans., The Book of Enoch the Prophet [London: Kegan
Paul, Trench & Co., 1883], p. 9).
4Tu fizeste todas
as coisas; Tu possuis poder sobre todas as coisas; e todas as coisas estão
abertas e manifestas diante de Ti. Tu vês todas as coisas e nada pode
esconder-se de Ti.
5Tu viste o que
Azazyel tem feito, como ele tem ensinado toda espécie de iniqüidade sobre a
terra, e tem aberto ao mundo todas as coisas secretas que são feitas nos céus.
6Samyaza também tem
ensinado sortilégios, para quem Tu deste autoridade sobre aqueles que estão
associados Contigo. Eles tem ido juntos às filhas dos homens, têm-se deitado
com elas; têm-se contaminado;
(11) Descoberto crimes. Ou, "revelado
estes sinais" (Charles, p. 70).
8As mulheres
igualmente têm gerado gigantes.
9Assim toda a terra
tem se enchido de sangue e iniqüidade.
10E agora, vês que
as almas daqueles que estão mortos clamam. 11E queixam-se até
ao portão do céu.
12Seus gemidos
sobem; nem podem eles escapar da injustiça que é cometida na terra. Tu conheces
todas as coisas, antes de elas existirem.
13Tu conheces estas
coisas, e o que tem sido feito por eles; já Tu não falas a nós. 14O que, por conta
destas coisas, devemos fazer contra eles?
Capítulo 10
1Então o Altíssimo,
o Grande e Santo falou,
2E enviou a
Arsayalalyur (12) ao filho de
Lamech,
(12) Arsayalalyur. No texto em grego lê-se
"Uriel”.
3Dizendo: Diz a
eles em Meu nome: Esconde-te.
4Então explicou
-lhe a consumação que está preste a acontecer; pois toda a terra perecerá; as
águas do dilúvio virão sobre toda a terra, e todas os que estão nela serão
destruídos.
5E agora, ensina-o
como ele pode escapar, e como sua semente pode permanecer em toda a terra. 6Novamente o Senhor
disse a Rafael: Amarra a Azazyel, mãos e pés; lança-o na escuridão; e abrindo o
deserto que está em Dudael, lança-o nele.
7Arremessa sobre
ele pedras agudas, cobrindo-o com escuridão;
8Lá ele permanecerá
para sempre; cobre sua face, para que ele não possa ver a luz. 9E no grande dia do
julgamento lança-o ao fogo.
10Restaura a terra,
a qual os anjos corromperam; e anuncia vida a ela, para que Eu possa recebê-la.
11Todos os filhos dos
homens, sua descendência, não perecerão em consequência de todo segredo, pelo
qual as Sentinelas têm destruído, e o que
eles ensinaram;
12Toda a a terra tem
se corrompido pelos efeitos dos ensinamentos de Azazyel. A ele, portanto, se
atribui todo crime.
13A Gabriel também o
Senhor disse: Vai aos bastardos, (13) aos réprobos, aos
filhos da fornicação; e destrói os filhos da fornicação, a descendência das
Sentinelas de entre os homens; traga-os e excita-os uns contra os outros.
Faça-os perecer por mútua matança; pois o prolongamento de dias não será deles.
(13) "bastardos" (Charles, p. 73; Michael A.
Knibb, ed. and trans., The Ethiopic Book of Enoch [Oxford: Clarendon Press,
1978], p. 88).
14Eles rogarão a ti,
mas seus pais não obterão seus desejos
com respeito a eles; pois eles esperaram por vida eterna, e que eles possam
viver, cada um deles, quinhentos anos.
15A Miguel,
igualmente o Senhor disse: Vai e anuncia seus
próprios crimes a Samyaza, e aos outros que estão com ele, os quais têm se
associado às mulheres para que se contaminem com toda sua impureza. E quando
todos os seus filhos forem mortos, quando eles virem a perdição dos seus
bem-amados, amarra-os por setenta gerações debaixo da terra, mesmo até o dia do
julgamento, e da consumação, até o julgamento, cujo efeito que dura para sempre, seja completado.
16Então eles serão
levados para as mais baixas profundezas do fogo em tormentos; lá eles serão
encerrados em confinamento para sempre.
17Imediatamente
depois disso ele, (14) juntamente com os outros, queimarão e perecerão; eles serão
amarrados até a consumação de muitas gerações.
(14) Ele. I.e., Samyaza.
18 Destrói todas as
almas viciadas na luxúria, (15) e a descendência
das Sentinelas, pois eles tiranizam a humanidade.
(15)
"luxúria" (Knibb, p. 90; cp. Charles, p. 76).
19Que todo opressor
pereça na face da terra;
20Que toda má obra
seja destruída;
21A semente da
justiça e da retidão apareça, e o que é produtivo torne-se uma bênção. 22Justiça e retidão
serão plantados para sempre com prazer.
23 E então todos os
santos darão graças, e viverão até terem gerado milhares de filhos, enquanto
todo o período se sua juventude, e seus sábados, serão completados em paz.
Naqueles dias toda a terra será cultivada em retidão; ela será totalmente
cultivada com árvores, e será cheia de bendições; toda árvore de delícias será
plantada nela.
24Vinhas serão
plantadas; e a vinha que nela será plantada produzirá frutos para saciedade;
toda semente que nela será semeada produzirá mil por uma medida; e uma medida de
olivas produzirá dez prensas de óleo.
25Purifica a terra
de toda opressão, de toda injustiça, de todo crime, de toda impiedade, e de
toda impureza que é cometida sobre ela. Extermina-os da terra.
26Então todos os
filhos dos homens serão justos, e todas as nações me pagarão divinas honras, e
Me abençoarão; e todos Me adorarão.
27A terra será limpa
de toda corrupção, de toda punição e de todo sofrimento; Eu não enviarei
novamente dilúvio sobre ela, de geração em geração para sempre.
28Naqueles dias Eu
abrirei tesouros de bênçãos que estão nos céus, para que Eu possa fazê-las
descer sobre a terra, e sobre todos os trabalhos e labores do homem.
29Paz e eqüidade se
associará aos filhos dos homens todos os dias do mundo, em cada uma de suas
gerações.
Capítulo 11 (não
tem)
Capítulo 12
1Antes de todas
estas coisas acontecerem, Enoque esteve escondido; e nenhum dos filhos dos
homens sabia onde ele estava, onde ele havia estado, e o que havia acontecido.
2Ele esteve
totalmente engajado com os santos, e com as Sentinelas em seus dias. 3Eu, Enoque, fui
abençoado pelo grande Senhor e Rei da paz.
4E eis que as
Sentinelas chamaram-me Enoque, o escriba.
5Então o Senhor disse- me: Enoque, escriba da
retidão, vai e dize às Sentinelas dos céus, os quais desertaram o alto céu e
seu santo e eterno estado, os quais
foram contaminados com mulheres.
6E fizeram como os
filhos dos homens fazem, tomando para si esposas, e os quais têm sido grandemente corrompidos na terra;
7Que na terra eles
nunca obterão paz e remissão de pecados. Pois eles não se regozijarão em sua
descendência; eles verão a matança dos seus bem-amados; lamentarão a destruição
dos seus filhos e farão petição para sempre; mas não obterão misericórdia e
paz.
Capítulo 13
1Então Enoque,
passando ali, disse a Azazyel: Tu não obterás paz. Uma grande sentença há
contra ti. Ele te amarrará;
2Socorro,
misericórdia e súplica não estarão contigo por causa da opressão que tens
ensinado;
3E por causa de
todo ato de blasfêmia, tirania e pecado que tens descoberto aos filhos dos
homens. 4Então partindo dele, falei a eles todos juntos;
5E eles todos
ficaram apavorados, e tremeram;
6Abençoando- me por
escrever por eles um memorial de súplica, para que eles pudessem obter perdão;
e que eu fizesse um memorial de suas orações ascendendo diante do Deus do céu;
porque eles, por si mesmos, desde então não podiam dirigir-se a Ele, nem
levantar seus olhos aos céus por causa da infame ofensa com a qual eles foram
julgados.
7Então eu escrevi
um memorial de suas orações e súplicas, por seus espíritos, por tudo o que eles
haviam feito, e pelo assunto de sua solicitação, para que eles obtivessem
remissão e descanso. 8Procedendo nisso, eu continuei sobre as águas de Danbadan, (16) as quais estão da
direita para o oeste de Armon, lendo o memorial de suas orações, até que caí
adormecido.
(16) Danbadan. Dan in Dan (Knibb, p. 94).
9E eis que um sonho
veio a mim, e visões apareceram acima de mim. E caí e vi uma visão de castigos,
para que eu pudesse ralatá-la aos filhos dos céus, e reprová-los. Quando eu
acordei fui até
eles. Todos
estavam reunidos chorando em Oubelseyael, que está situada entre o Libano e
Seneser, (17) com suas faces
escondidas.
(17) Libanos e Seneser. Líbano e Senir
(próximo a Damasco).
10E relatei em sua
presença todas as visões que eu havia visto, e meu sonho;
11E
comecei a pronunciar estas palavras de retidão, reprovando as Sentinelas do
céu.
Capítulo 14
1Este é o livro das
palavras de retidão, e de reprovação das Sentinelas, os quais pertencem ao
mundo, (18) de acordo com o
que Ele, que é santo e grande, ordenou na visão. Eu percebi em meu
sonho que eu estava então falando
com a língua da carne, e com meu fôlego, que o Poderoso colocou na boca dos
homens, para que eles pudessem conversar com Ele.
(18) Os quais pertencem ao mundo. Ou,
"os quais (são) da eternidade" (Knibb, p. 95).
2Eu entendi com o
coração. Assim como Ele havia criado e dado aos homens o poder de compreender a palavra de entendimento, assim criou, e
deu a mim o poder de reprovar os
Sentinelas, a geração dos céus. E escrevi sua petição; e na minha visão foi-me
mostrado que seu pedido não lhes será atendido enquanto o mundo perdurar.
3Julgamento passou
sobre vós: vosso pedido não vos será
atendido.
4De agora em
diante, nunca ascendereis ao céu; Ele o disse que na terra Ele vos amarrará,
tanto tempo quanto o mundo existir.
5Mas antes destas
coisas tu verás a destruição dos vossos bem-amados filhos; não os possuireis,
mas eles cairão diante de vós pela espada.
6Nem pedireis por
eles, nem por vós mesmos;
7Mas chorareis e
suplicareis em silêncio. As palavras do livro que eu escrevi.(19)
(19) Mas chorareis…
Eu escrevi. Ou, "Assim também, a despeito de vossas lágrimas e
orações, não recebereis nada, de tudo o que está contido nos registros que eu
tenho escrito" (Charles, p. 80).
8Uma visão então me
apareceu.
9Eis que naquela
visão, nuvens e névoa convidaram-me; estrelas agitadas e brilho de relâmpagos
impeliram-me e pressionaram-me adiante, enquanto ventos na visão assistiram meu
vôo, acelerando meu progresso.
10Eles elevaram-me
no alto ao céu. Eu prossegui, até que cheguei próximo dum muro construído com
pedras de cristal. Uma chama de fogo vibrante (20) rodeou-o, a qual
começou a golpear-me com
terror.
(20) Chama de fogo vibrante. Literalmente,
"uma língua de fogo”.
11Nesta chama de
fogo vibrante eu entrei;
12E aproximei-me de
uma espaçosa habitação, também construída com pedras de cristal. Seus muros
também, bem como o pavimento, eram formados
com pedras de cristal, e de cristal também era o piso. Seu telhado tinha a
aparência de estrelas agitadas e brilhos de relâmpagos; e entre eles haviam
querubins de fogo num céu tempestuoso. (21) Uma chama
queimava ao redor dos muros; e seu portal queimava com fogo. Quando eu entrei
nesta habitação, ela era quente como fogo e frio como o gelo. Nenhum traço de encanto ou de vida havia lá. O
terror sobrepujou-me, e um tremor de medo apoderou-se de mim.
(21) Num céu tempestuoso. Literalmente,
"e seu céu era água" (Charles, p. 81).
13Violentamente
agitado e tremendo, eu caí sobre minha face. Na visão eu olhei.
14E ví que lá havia
outra habitação mais espaçosa que a
primeira, cada entrada da qual estava aberta diante de mim, elevada no meio da chama vibrante.
15Tão grandemente
superou em todos os pontos, em glória, em magnificência, em magnitude, que é
impossível descrever-vos o esplendor ou a extensão dela.
16Seus pisos eram de
fogo, acima haviam relâmpagos e estrelas agitadas, enquanto o telhado exibia um
fogo ardente.
17Eu examinei-a
atentamente e vi que ela continha um trono exaltado;
18A aparência do
qual era semelhante à da geada, enquanto que sua circunferência assemelhava-se
à órbita do sol brilhante; e havia a
voz de um querubim.
19Debaixo desse
poderoso trono saíam rios de fogo flamejante. 20Olhar para ele foi
impossível.
22Cujo manto era
mais brilhante que o sol, e mais branco que a neve.
23Nenhum anjo era
capaz de penetrar para olhar a Sua face, o Glorioso e Efulgente; nem podia
algum mortal vê-Lo. Um fogo flamejante rodeava-O.
24Também um fogo de
grande extensão continuava a elevar-se diante dEle; de modo que nenhum daqueles
que estavam ao redor dEle eram capazes de aproximar-se dEle, entre as miríades
de miríades(22) que estavam
diante dEle. Para Ele santa consulta era desnecessária. Contudo, o Santificado,
que estava próximo dEle, não apartou-se dEle nem de noite nem de dia; nem eram
eles tirados de diante dEle. Eu também estava tão adiantado, com um véu sobre
minha face, e trêmulo. Então o Senhor com sua própria boca chamou-me, dizendo: Aproxima-se aqui acima, Enoque, à
minha santa palavra.
(22) Miríades de miríades. Dez mil vezes dez
mil (Knibb, p. 99).
25 E Ele ergueu-me,
fazendo aproximar-me, mesmo até à entrada. Meus olhos estavam dirigidos para o
chão.
Capítulo 15
1Então dirigindo-se
para mim, Ele falou e disse: Ouve, não se atemorize, justo Enoque, tu escriba
da retidão: aproxima-te para cá, e ouve a minha voz. Vai, dize às Sentinelas do
céu, a quem te enviei para rogar por eles; tu deves rogar pelos homens, e não
os homens por ti.
2Portanto, deves
abandonar o sublime e santo céu, o qual permanece para sempre; deitastes com
mulheres; vos corrompestes com as filhas dos homens; tomastes para ti esposas;
agistes igual aos filhos da terra, e gerastes uma ímpia descendência.(23)
(23) Uma ímpia descendência. Literalmente,
"gigantes" (Charles, p. 82; Knibb, p. 101).
3 Sois espirituais,
santos, e possuidores de uma vida que é eterna; vos contaminastes com mulheres,
procriastes em sangue carnal; cobiçastes o sangue de homens; e fizestes como
aqueles que são carne e sangue fazem.
4Estes, contudo,
morrem e perecem.
5Portanto, de agora
em diante Eu dou-vos esposas, para que possais coabitar com elas; para que
filhos nasçam delas; e que isto seja negociado sobre a terra.
6Mas desde o
princípio fostes feitos espirituais, possuindo uma vida que é eterna, e não
sujeito à morte para sempre.
7Portanto, eu não
fiz esposas para vós, porque, sendo espirituais, vossa habitação está no céu, 8Agora, os gigantes
que têm nascido de espírito e de carne, serão chamados sobre a terra de maus
espíritos, e na terra estará a sua habitação. Maus espíritos procederão de sua
carne, porque eles foram criados de cima; dos santos Sentinelas foi seu
princípio e a sua primeira fundação. Maus espíritos eles serão sobre a terra, e
de espíritos da maldade eles serão chamados. A habitação dos espíritos do céu
será no céu, mas sobre a terra estará a habitação dos espíritos terrestriais,
os quais são nascidos na terra.(24)
(24) Note as
muitas implicações dos versículo 3-8 com respeito à progênie dos maus
espíritos.
9Os espíritos dos
gigantes serão semelhantes às nuvens,
(25) os quais oprimem,
corrompem, caem, contendem e confundem sobre a terra.
(25) A palavra
grega para "nuvem" aqui, nephelas, pode ocultar a mais antiga
leitura, Napheleim (Nephilim).
10Eles causarão
lamentação. Nenhuma comida eles comerão; e terão sede; eles se esconderão e não
(26) se levantarão
contra os filhos dos homens, e contra as mulheres; pois eles virão durante os
dias da matança e da destruição.
(26) Não. Quase
todos os manuscritos contêm esta negativa, mas Charles, Knibb, e outros
acreditam que o “não” deve ser deletado para que na frase leia-se
"levantarão".
Capítulo 16
1E quanto à morte
dos gigantes, onde quer que seus espíritos se apartem de seus corpos; que sua
carne, que é perecível, esteja sem julgamento.(27) Assim eles
perecerão, até o dia da grande consumação do mundo. Uma destruição das
Sentinelas e dos ímpios acontecerá.
(27) Que sua carne… esteja sem julgamento. Ou,
"sua carne será destruída antes do julgamento" (Knibb, p. 102).
2E
então às Sentinelas, aos quais enviei-te para rogar por eles, os quais no
princípio estavam no céu,
3Dize: No céu tens
estado; coisas secretas, entretanto, não têm sido manifestadas a ti; contudo
tens conhecido um reprovável
mistério.
4E isto tens
relatado às mulheres na dureza do vosso coração, e por aquele mistério as
mulheres e a humanidade têm multiplicado males sobre a terra.
5Dize a eles: Nunca, portanto,
obtereis paz.
Capítulo 17
1Eles levantaram-me
a um certo lugar, onde lá havia (28) a aparência de um
fogo fervente; e quando eles se agradaram assumiram a semelhança de homens.
(28) Onde havia. Ou, "onde eles [os
anjos] eram semelhantes" (Knibb, p. 103).
2Eles levaram-me a
um alto lugar, a uma montanha, cujo topo alcançava o céu.
3E eu vi os
receptáculos da luz e do trovão nas extremidades do lugar, onde ele era
profundo. Havia
um arco de fogo, e
flechas em seu vibrar, uma espada de fogo, e toda espécie de relâmpagos. 4Então eles
levaram-me a um arroio murmurante, (29) e a um fogo no
oeste, o qual recebeu todo pôr-
do-sol. Eu vim a um rio de fogo, o
qual fluiu como água, e desaguou no grande mar para o oeste.
(29) A um arroio murmurante. Literalmente,
"à água da vida, a qual fala" (Laurence, p. 23).
5Eu vi todo largo rio, até que
cheguei à grande escuridão. Eu fui para onde toda carne migra; e vi as
montanhas da escuridão as quais constituem o inverno, e o lugar do qual flui a
água em cada abismo.
6
Eu vi também as bocas de todos os rios no mundo, e as bocas das profundezas.
Capítulo 18
1Eu então examinei
os receptáculos de todos os ventos, percebendo que eles contribuem para adornar
toda criação, e para preservar a
fundação da terra.
2Eu examinei a
pedra que apóia os cantos da terra.
3Também vi os
quatro ventos, os quais sustêm a terra, e o firmamento do céu. 4E eu vi os ventos
ocupando o céu exaltado,
5Surgindo no meio
do céu e da terra, e constituindo os pilares do céu.
6Eu vi os ventos
que giram no céu, os quais ocasionam e determinam a órbita do sol e de todas as
estrelas; e sobre a terra eu vi os ventos que mantêm as nuvens.
7Eu vi o caminho
dos anjos.
8Percebi na extremidade da terra o
firmamento do céu acima dele. Então passei para a direção do sul,
9Onde queimam, tanto
de dia quanto de noite, seis montanhas formadas de gloriosas pedras, três em
direção ao leste, e três em direção ao sul.
10Aquelas que estão
em direção ao leste eram de pedra multicolorida, uma das quais era de
margarite, e outra de antimônio. Aquelas em direção ao sul eram de uma pedra
vermelha. A do meio aproximava-se do céu como o trono de Deus; um trono composto de alabastro, o topo
do qual era de safira. Vi também um fogo flamejante suspenso sobre todas as
montanhas.
11E lá eu vi um
lugar do outro lado de um extenso território, onde águas foram coletadas. 12Também vi fontes
terrestriais, profundas em colunas ardentes do céu.
13E nas colunas do céu eu vi fogos, os
quais desciam sem número, mas nem no alto, ou no profundo. Sobre estas fontes
também percebi um lugar onde não havia nem o firmamento do céu acima dele, nem
o sólido chão abaixo dele; nem havia água acima; ou nada no vento; mas o lugar
era desolado.
14E lá eu vi sete
estrelas, semelhantes a grandes montanhas, e como espíritos suplicando-me. 15Então o anjo
disse: Este lugar, até a consumação do céu e da terra, será a prisão das
estrelas, e das hostes do céu.
16As estrelas que
rolam sobre fogo são aquelas que transgrediram o mandamento de Deus antes que
seu tempo chegasse; pois elas não vieram em sua própria estação. Portanto, Ele
ofendeu-se com elas, e amarrou-as até o período da consumação dos seus crimes
no ano secreto.
1Então Uriel disse:
Eis aqui os anjos que coabitaram com mulheres, escolheram seus líderes;
2E sendo numerosos
em aparência (30) profanaram os
homens e fizeram com que errassem; assim eles sacrificaram aos demônios como
aos deuses. Pois no grande dia haverá
um julgamento, no qual eles serão julgados, até que sejam consumidos; e suas
esposas também serão julgadas, as
quais levaram desencaminhadamente os anjos do céu para que as saudassem.
(30) Sendo numerosos em aparência. Ou,
"assumindo muitas formas" (Knibb, p. 106).
3E eu, Enoque, só
vi a aparência do fim de todas as coisas. Não tendo visto nenhum homem enquanto
via as coisas.
Capítulo 20
1Estes são os nomes
dos anjos Sentinelas:
2Uriel, um dos
santos anjos, o qual preside sobre o
clamor e o terror. 3Rafael, um dos santos anjos, o qual preside sobre os espíritos dos homens.
4Raguel, um dos
santos anjos, o qual inflige punição ao mundo e às luminárias.
5Miguel, um dos
santos anjos, o qual, presidindo
sobre a virtude humana, comanda as ações. 6Sarakiel, um dos
santos anjos, o qual preside sobre os
espíritos dos filhos dos homens que transgridem.
7Gabriel, um dos
santos anjos, o qual preside sobre
Ikisat, (31) sobre o paraíso e
sobre o querubim.
(31) Ikisat. As serpentes (Charles, p. 92;
Knibb, p. 107).
Capítulo 21
1Então eu fiz um
circuito para um lugar no qual nada estava completo.
2E lá eu não vi nem
as tremendas manufaturas do um céu exaltado, nem de uma terra estabelecida, mas
um lugar desolado, preparado e terrível.
3Lá também vi sete
estrelas do céu amarradas juntas, semelhantes a grandes montanhas, e semelhante
ao fogo fervente. Eu exclamei: Por que espécie de crime elas foram amarradas, e
por que foram removidas de seu lugar? Então Uriel, um dos santos anjos que
estava comigo, e o qual conduzia-me, respondeu: Enoque, por que perguntas; por
que arrazoas consigo mesmo, e ansiosamente indagas? Estas são aquelas estrelas
que transgrediram o mandamento do altíssimo Deus; e estão aqui amarradas, até
que o número infinito dos dias dos seus crimes esteja completo.
4Dali eu passei
depois para um outro lugar terrível;
5Onde eu vi a
operação de um grande fogo flamejante e resplandecente, no meio do qual havia
uma divisão. Colunas de fogo lutando juntas para o fim do abismo, e profunda
era sua descida. Mas sua medida e magnitude eu não fui capaz de descobrir, nem
pude perceber sua origem. Então exclamei: Quão terrível é este lugar, e quão
difícil explorá-lo!
6Uriel, um dos
santos anjos que estava comigo, respondeu e disse: Enoque, por que estás
alarmado e maravilhado com este terrível lugar, à vista deste lugar de
sofrimento? Isto, disse ele, é a prisão dos anjos; e aqui eles serão mantidos
para sempre.
Capítulo 22
1Dali eu me dirigi
para outro lugar, onde vi a oeste uma grande e elevada montanha, uma forte
rocha, e quatro lugares deleitosos.
2Internamente ele
era profundo, espaçoso e plano: ele era profundo e escuro à vista.
3Então Rafael, um
dos santos anjos que estava comigo, respondeu e disse: Estes são os lugares
deleitosos onde os espíritos, as almas dos mortos, serão reunidos; para eles
ele foi formado e aqui serão reunidas todas as almas dos filhos dos homens.
4Estes lugares, nos quais habitam,
eles ocuparão até o dia do julgamento, e até seu período escolhido.
5Seu período
escolhido será longo, mesmo até o grande julgamento. E vi os espíritos dos
filhos dos homens que estão mortos; e suas vozes rompem o céu, enquanto eles
são acusados.
6Então inquiri de
Rafael, o anjo que estava comigo, e disse: Que espírito é aquele, a voz do qual
alcança o céu, e acusa?
7Ele respondeu,
dizendo: Este é o espírito de Abel o qual foi morto por Caim seu irmão; o qual
acusará aquele irmão, até que sua semente seja destruída da face da terra;
8Até que sua
semente desapareça da semente da raça humana.
9 Naquele tempo
portanto eu inquiri a respeito dele, e a respeito do julgamento geral, dizendo:
Por que um está separado ou outro? Ele respondeu: Três separações foram feitas entre os espíritos dos mortos, e assim os
espíritos dos justos foram separados,
10Nomeadamente, por uma fenda na terra, por água, e por luz acima dela.
11E da mesma maneira
os pecadores são separados quando morrem, e são sepultados na terra; julgamento
não os surpreenderá em seu tempo de vida.
12Aqui suas almas
estão separadas. Além disso, abundante é seu sofrimento até o tempo do grande
julgamento, o castigo, e o tormento daqueles que eternamente execraram, cujas
almas são munidas e amarradas lá para sempre.
13E assim tem sido
desde o princípio do mundo. Assim, existe uma separação entre as almas daqueles
que proferem reclamações, e daqueles que vigiam pela sua destruição, para sua
matança no dia dos pecadores.
14Um receptáculo
deste tipo foi formado para as almas dos injustos, e dos pecadores; daqueles
que cometeram crime, e se associaram aos ímpios, com os quais eles se
assemelham. Suas almas não serão aniquiladas naquele dia de julgamento, nem se
levantarão deste lugar. Então eu bendisse a Deus,
15E falei: Abençoado
seja o meu Senhor, o Senhor da glória e da retidão, cujo reino será para sempre
e sempre.
Capítulo 23
1Dali eu fui para
outro lugar, em direção ao oeste, até às extremidades da terra,
2Onde vi um fogo
resplandecente correndo ao longo sem cessar, com um curso não intermitente, nem
de dia nem de noite; mas sempre o mesmo, continuadamente.
3Eu
indaguei,dizendo: O que é isto, que nunca cessa?
4Então Raguel, um
dos santos anjos que estava comigo, respondeu,
5E disse: Este fogo
flamejante que tu vês correndo em direção ao oeste é aquele de todas as luminárias do céu.
Capítulo 24
1Eu fui dali para
outro lugar, e vi uma montanha de fogo que resplandece tanto de dia quanto de
noite. Fui em direção a ela e percebi sete esplêndidas montanhas, as quais eram
diferentes umas das outras.
2Suas pedras eram
brilhantes e belas; todas eram brilhantes e esplêndidas à vista e formosa era
sua superfície. Três montanhas
estavam em direção ao leste, consolidadas e fortalecidas por estarem colocadas
uma sobre a outra; três estavam em direção ao sul, consolidadas de maneira
similar. Três eram igualmente vales profundos, os quais não se acercavam uma da
outra. A sétima montanha estava no meio delas. Em comprimento elas todas se
assemelhavam ao assento de um trono, e árvores odoríferas rodeavam-nas.
3Entre estas havia
uma árvore de um odor incessante; nem daquelas que estavam no Éden, havia lá
alguma, de todas as árvores de fragrância, que cheirava como esta. Suas folhas,
suas flores, nunca ficam murchas, e seu fruto era belo.
4Seu fruto
assemelhava-se ao cacho da palmeira. Eu exclamei: Vê! Esta árvore é vistosa de
aspecto, agradável em suas folhas, e o aspecto de seus frutos é delicioso à
vista. Então Miguel, um dos santos anjos que estava comigo, e um dos que presidem sobre elas,
respondeu,
5E disse: Enoque,
por que inquires a respeito do odor desta árvore? 6Por que estás inquisitivo para sabê-lo?
7Então eu, Enoque, respondi-lhe, e disse: Concernente a tudo
eu estou desejoso de instrução, mas particularmente com respeito a esta árvore.
8Ele respondeu-me
dizendo: A montanha que tu vês, o prolongamento da qual assemelha-se ao assento
do Senhor, será o assento no qual se assentará o Santo e grande Senhor da
glória, o eterno Rei, quando Ele virá e descerá para visitar a terra com
bondade.
9E aquela árvore de
agradável aroma, não de um odor carnal; lá ninguém terá poder para toca-la até
o tempo do grande julgamento. Quando todos serão punidos e consumidos para
sempre; isto será conferido sobre os justos e humildes. O fruto da árvore será dado ao eleito. Pois em
direção ao norte, vida será plantada no santo lugar, em direção à habitação do
eterno Rei.
10Então eles se
regozijarão grandemente e exultarão no Santo. O doce odor entrará em seus
ossos; e eles viverão uma longa vida na terra como seus antepassados; em seus
dias não haverá tristeza, angústia, aborrecimento e nem punição os afligirá.
11E eu abençoei o
Senhor da glória, o eterno Rei, porque ele preparou esta árvore para os santos, formou-a, e declarou que Ele a daria
para eles.
Capítulo 25
1Dali eu fui para o
meio da terra, e vi um feliz e fértil lugar, o qual continha ramos
espalhando-se continuamente das árvores que estavam plantadas nele. Ali eu vi
uma santa montanha, e debaixo dela a água do lado de traz fluía em direção ao
sul. Eu vi no oriente outra montanha tão alta quanto aquela; e entre elas havia
um profundo, mas não largo vale.
2Água corria para a montanha para o
ocidente dela; e debaixo dela havia igualmente outra montanha.
3Lá havia um vale,
mas não um vale largo, abaixo; e no meio deles havia outro profundo e seco vale
em direção da extremidade da árvore. Todos esses vales, que eram profundos, mas
não oblíquo, consistia de uma forte rocha, com a árvore que estava plantada
nela. E eu maravilhei-me com a rocha e o vale, ficando extremamente surpreso.
Capítulo 26
1Então eu disse: O
que significa esta terra abençoada, e todas estas altas árvores, e o vale
amaldiçoado entre elas?
2Então Uriel, um
dos santos anjos que estava comigo, respondeu: Este vale é o amaldiçoado dos
amaldiçoados para sempre. Aqui serão reunidos todos os que pronunciaram com
suas bocas linguagem imprópria contra Deus, e falaram rudes coisas da Sua
glória. Aqui eles serão reunidos. Aqui será seu território.
3Nos últimos dias
um exemplo de julgamento será feito em retidão diante dos santos, enquanto
aqueles que receberam misericórdia, para sempre, todos os dias, abençoarão a
Deus, o eterno Deus. 4E no período do julgamento eles abençoarão a Ele por sua
misericórdia, como Ele distribuiu -a a eles. Então eu abençoei a Deus,
dirigindo-me a Ele, e fazendo menção, como foi reconhecida, Sua grandiosidade.
Capítulo 27
1Dali eu fui à
direção do leste para o meio da montanha no deserto, do qual somente o nível da
superfície eu percebi.
2Ele estava cheio
de árvores da semente aludida; e água jorrava sobre ela.
3Ali apareceu uma
catarata composta de muitas cachoeiras voltadas tanto para o oriente quanto
para o ocidente. Sobre um lado havia árvores; sobre o outro água e orvalho.
Capítulo 28
1Então eu fui para
outro lugar do deserto; em direção ao leste daquela montanha da qual eu havia
me aproximado.
2Ali eu vi árvores
escolhidas, (32) particularmente aquelas que produzem o cheiro doce
opiato, incenso e mirra; e árvores diferentes umas das outras.
(32) Árvores
escolhidas. Literalmente "árvores de julgamento" (Laurence, p.
35; Knibb, p. 117).
3E sobre elas havia a elevação da
montanha ocidental, a não grande distância.
Capítulo
29
1IIgualmente vi outro
lugar com vales de água que nunca param,
2Onde percebi uma agradável árvore, a qual em odor assemelha-se a
Zasakinon. (33)
(33) Zasakinon. A
árvore de mastic (Knibb, p. 118).
3Em direção ao vale eu percebi o
cinamomo de doce odor. Sobre eles avancei em direção ao leste.
Capítulo
30
1Então vi outra
montanha contendo árvores, da qual água fluía como Neketro.(34) Seus nomes eram
Sarira, e
Kalboneba.(35) E sobre esta
montanha eu vi outra montanha, sobre a qual haviam árvores de Alva.(36)
Neketro.
O néctar (Knibb, p. 119).
Sarira,
e Kalboneba. Styrax e galbanio (Knibb, p. 119).
Alva. Aloé (Knibb, p.
119).
2Estas árvores
estavam cheias como amendoeiras, e fortes; e quando elas produziam frutos eram
superiores a toda redondeza.
Capítulo
31
1Depois destas
coisas, inspecionando as entradas do norte acima das montanhas, vi montanhas e
percebi sete montanhas repletas de puro nardo, árvores odoríferas e papiro.
2Dali eu passei
acima dos picos daquelas montanhas a alguma distância para o leste, e fui sobre
o mar da Eritréia.(37) E quando eu havia avançado para longe, além dele, passei ao
longo, acima do anjo Zateel, e cheguei ao jardim da justiça. Neste jardim eu vi
outras árvores, as quais eram numerosas e grandes, e floresciam ali.
(37) Mar da Eritréia.
O Mar Vermelho.
3Sua fragrância era
agradável e poderosa e sua aparência era tanto agradável quanto elegante. A
árvore do conhecimento também estava ali, do qual se alguém comesse, tornava-se
dotado de grande sabedoria.
4Ela era semelhante
às espécies da tamareira, dando frutos semelhantes à uva extremamente fina, e
sua fragrância estendia-se a considerável distância. Eu exclamei: Que bela é
esta árvore e quão deleitável é sua aparência!
5Então o santo
Rafael, um anjo que estava comigo, respondeu e disse: Esta é a árvore do
conhecimento, da qual vosso antigo pai e vossa mãe comeram, os quais foram
antes de ti e que obtendo conhecimento, seus olhos sendo abertos, e descobrindo
que estavam nus, foram expulsos do jardim.
Capítulo
32
1Dali eu fui na
direção das extremidades da terra, onde vi grandes feras diferentes umas das
outras, e pássaros variados em suas aparências e formas, bem como com notas de
diferentes sons.
2Para a direita
destas feras eu percebi as extremidades da terra, onde os céus cessam. Os
portões do céu estavam abertos e vi as estrelas celestiais vindo. Eu
enumerei-as enquanto elas procediam do portão e escrevi-as todas, enquanto elas
saiam uma por uma, de acordo com seu número. Eu escrevi seus nomes completamente, seus tempos e estações,
enquanto o anjo Uriel, que estava comigo, mostrava-as a mim.
3Ele as mostrou
todas a mim, e escrevi uma conta delas.
4Ele também escreveu para mim seus
nomes, seus regulamentos, e suas operações.
Capítulo
33
1Dali eu avancei em
direção ao norte, para as extremidades da terra. 2E ali vi a grande
e gloriosa maravilha das extremidades de toda terra.
3Vi ali portões
celestiais abertos para o céu, três dos quais distintamente separados. Os
ventos do norte procediam deles, soprando frio, granizo, geada, neve, orvalho e
chuva.
4De um dos portões
eles sopravam suavemente, mas quando eles sopravam dos dois outros portões, ele era violento e
forte. Eles sopravam sobre a terra fortemente.
Capítulo 34
1Dali eu fui para
as extremidades do mundo para o oeste;
2Ali percebi três
portões abertos, enquanto eu estava olhando no norte; os portões e passagens
através deles era de igual magnitude.
Capítulo 35
1Então eu segui às
extremidades da terra ao sul, onde vi três portões abertos para o sul, do qual
provinha orvalho, chuva e vento.
2Dali eu fui para
as extremidades do céu oriental, onde vi três portões celestiais abertos para o
leste, os quais tinham portões menores dentro deles. Através de cada um desses
portões menores as estrelas do céu passavam, e passaram para o oeste por um
caminho que foi visto por elas, e todo o período de seu aparecimento.
3Quando eu as vi,
as abençoei cada vez que elas apareceram, e abençoei o Senhor da glória que
tinha feito estes grandes e esplêndidos sinais, para que eles pudessem mostrar
a magnificência de suas obras aos anjos e às almas dos homens, e para que estes
pudessem glorificar todas as suas obras e operações, pudessem ver os efeitos do
seu poder; pudessem glorificar o grande labor de suas mãos e abençoá-lo para
sempre.
Capítulo 36 (não
tem)
Capítulo 37
1A visão que ele
viu, a segunda visão de sabedoria, que Enoque viu, o filho de Jared, filho de
Malaleel, o filho de Canan, filho de Enos, filho de Seth, filho de Adão. Este é
o começo da palavra de sabedoria, a qual eu recebi para declarar e dizer
àqueles que habitam sobre a terra. Ouvi desde o princípio, e entendei até o
fim, as santas coisas que eu pronuncio na presença do Senhor dos espíritos.
Aqueles que eram antes de nós pensaram-nas boas para se pronunciar;
2E nós, que viemos
depois, obstruímos o princípio da sabedoria. Até ao presente tempo nunca
aconteceu ter sido dado diante do Senhor dos espíritos o que eu recebi,
sabedoria de acordo com a capacidade do meu intelecto, e de acordo com o prazer
do Senhor dos espíritos; o que eu recebi dele, uma porção da vida eterna.
3E
eu obtive três parábolas, as quais eu declarei aos habitantes do mundo.
Capítulo 38
1A primeira
parábola. Quando a congregação dos justos for manifestada e os pecadores forem
julgados por seus crimes, e forem afligidos à vista do mundo;
2Quando os justos
forem manifestados (38) na presença dos mesmos justos, os quais serão eleitos por
suas boas obras corretamente pesadas pelo Senhor dos espíritos, e quando a luz
dos justos e dos eleitos, o quais habitam na terra for manifestada; onde será a
habitação dos pecadores? E qual será o lugar de descanso daqueles que
rejeitaram o Senhor dos espíritos? Seria melhor para eles se nunca tivessem
nascido.
(38) Quando os justos forem manifestados.
Ou, "quando o Justo aparecer" (Knibb, p. 125; cp. Charles, p. 112).
3Quando os segredos
dos justos também forem revelados, então os pecadores serão julgados e os
ímpios serão afligidos na presença dos justos e eleitos.
4Daquele tempo,
aqueles que possuírem a terra deixarão de ser poderosos e exaltados. Nem serão
capazes de olhar para o semblante do santo, pois a luz dos semblantes dos
santos, dos justos, e dos eleitos, terá sido visto pelo Senhor dos espíritos.(39)
(39) Pois a luz…
Senhor dos espíritos. Ou, "pois a luz do Senhor dos espíritos terá
aparecido na face dos santos, dos juntos, e dos escolhidos" (Knibb, p.
126).
5Então os reis
poderosos daquele tempo serão destruídos, mas serão entregues nas mãos dos
retos e santos.
6Desde então
ninguém obterá compaixão do Senhor dos espíritos, porque suas vidas neste mundo terá sido completada.
Capítulo 39
1Naqueles dias a
raça eleita e santa descerá do céu e sua semente estará com os filhos dos
homens. Enoque recebeu livros de indignação e ira, e livros de pressa e
agitação.
2Nunca obterão
misericórdia, diz o Senhor dos espíritos.
3Uma nuvem então me
arrebatou, e o vento elevou-me acima da superfície da terra, colocando-me na
extremidade dos céus.
4Lá eu vi outra
visão, e vi as habitações e os lugares de descanso dos santos. Meus olhos viram
suas habitações com os anjos, e seus lugares de descanso com os santos. Eles
estavam entrando, suplicando e orando pelos filhos dos homens; enquanto a
justiça fluía como a água diante deles, e a misericórdia se espalhava sobre a
terra como o orvalho. E assim será
para com eles para sempre e sempre.
5Naquele tempo os
meus olhos viram a habitação do eleito, da verdade, fé e retidão. 6Sem conta será o
número dos santos e eleitos na presença de Deus para sempre e sempre.
7Sua residência eu vi sob as asas do
Senhor dos espíritos. Todos os santos e eleitos cantavam diante dele, com a
aparência semelhante à chama de fogo; suas bocas estavam cheias de bênçãos e
seus lábios glorificavam o nome do Senhor dos Espíritos. E retidão
incessantemente habitava diante dele.
8Eu quis permanecer
ali, e minha alma desejou aquela habitação. Ali estava minha antecedente
herança, pois deste modo eu prevaleci diante do Senhor dos espíritos.
9Neste momento eu
glorifiquei e exaltei o nome do Senhor dos espíritos com louvor e exaltação,
pois Ele o tem estabelecido com bênção e com exaltação, de acordo com Sua
própria boa vontade. 10Meus olhos contemplaram aquele espaçoso lugar. Eu o bendisse
e falei: Abençoado seja, abençoado desde o princípio e para sempre. No
princípio, antes que o mundo fosse criado, e sem fim é seu conhecimento.
11Qual é este mundo?
De toda geração existente, eles abençoarão aquele que não dorme espiritualmente, mas permanece diante da
Tua glória, abençoando, glorificando, exaltando-te, e dizendo: Santo, santo, o Senhor dos espíritos encheu o mundo todo
de espíritos.
12Ali meus olhos
viram a todos que, sem dormir, permanecem diante dele e abençoam-no dizendo:
Abençoado sejas, e abençoado seja o nome de Deus para sempre e sempre. Então
meu semblante ficou mudado, até que fiquei incapaz de continuar vendo.
Capítulo 40
1Depois disto eu vi
milhares de milhares e miríades de miríades, e um número infinito de pessoas,
em pé, diante do Senhor dos espíritos.
2Igualmente, nas
quatro asas do Senhor dos espíritos, nos quatro lados, percebi outros, ao lado
daqueles que estavam em pé diante dele. Seus nomes também eu sei porque o anjo
que estava comigo declarou-os a mim, revelando-me toda coisa secreta.
3Então ouvi as
vozes daqueles sobre os quatro lados, magnificando o Senhor da glória. 4A primeira voz
abençoou o Senhor dos espíritos para sempre e sempre.
5A segunda voz ouvi
abençoando ao Eleito e aos eleitos que sofrem pela causa do Senhor dos
espíritos.
6A terceira voz eu
ouvi pedindo e orando em favor daqueles que habitam sobre a terra, e suplicam
no nome do Senhor dos espíritos.
7A quarta voz eu
ouvi expulsando os anjos ímpios, (40) e proibindo-os de
entrarem na presença do Senhor dos espíritos para proferirem acusações contra(41) os habitantes da
terra.
Anjos ímpios. Literalmente
"os Satãs" (Laurence, p. 45; Knibb, p. 128). Ha-satan em Hebreu
("o adversário") foi originalmente
o título de um ofício, não o nome de um anjo.
Proferir acusações contra. Ou, "para acusar" (Charles, p. 119).
8Depois disso eu
pedi ao anjo da paz, que prosseguia comigo, para explicar tudo o que estava
escondido. Eu disse-lhe: Quem são aqueles que eu havia visto nos quatro lados e
que palavras eram aquelas que eu havia ouvido e escrito? Ele respondeu: O
primeiro é o misericordioso, o paciente, o santo Miguel.
9O segundo é aquele
que preside sobre todo sofrimento e
toda aflição dos filhos dos homens, o santo Rafael. O terceiro, o qual preside sobre tudo o que é poderoso é
Gabriel. E o quarto, o qual preside sobre
o arrependimento e a esperança daqueles que herdarão a vida eterna, é Fanuel.
Estes são os quatro anjos do
Altíssimo Deus e suas quatro vozes, as quais naquele momento eu ouvi.
Capítulo
41
1Depois disso eu vi
os segredos do céu e do paraíso, de acordo com suas divisões, e das ações
humanas enquanto eles pesavam-nas em balanças. Vi as habitações dos eleitos e
as habitações dos santos. E ali meus olhos viram todos os pecadores que haviam
negado o Senhor da glória e como eles foram expelidos dali, e arrastados para
fora, como eles estiveram ali; nenhuma punição procedeu contra eles vinda do
Senhor dos espíritos.
2Ali também meus
olhos viram os segredos do raio e do trovão e os segredos dos ventos, como eles
são distribuídos quando eles sopram sobre a terra: os segredos dos ventos, do
orvalho, e das nuvens. Ali eu vi o lugar de onde eles saem e tornam-se
saturados com o pó da terra.
3Ali eu vi os
receptáculos de madeira nos quais os ventos são separados, o receptáculo do
granizo, o receptáculo da neve, o receptáculo das nuvens, e a própria nuvem, a qual continuava sobre a terra antes da criação do mundo.
4Eu vi também os
receptáculos da lua, de onde elas vêm, para onde elas vão, seus gloriosos
retornos e como uma se torna mais esplêndida do que a outra. Eu marquei seu rico progresso, seu imutável
progresso, sua divisão e não diminuído progresso; sua observância de uma
fidelidade mútua por um juramento estável; seu procedimento diante do sol e sua
aderência ao caminho que lhes foi distribuído, (42) em obediência ao comando do Senhor dos espíritos. Potente é
seu nome para sempre e sempre.
(42) Seu
procedimento... caminho distribuído . Ou, "o sol vai primeiro e
completa sua jornada" (Knibb, p. 129; cp. Charles, p. 122).
5Depois eu vi que o
caminho da lua, tanto oculto quanto manifesto; e também o progresso dessa
trajetória foram completados dia a dia, e à noite; enquanto cada uma, junto com
a outra, olhou para o Senhor dos espíritos, magnificando-O e exaltando-O sem
cessar, já que exaltá-lO, para eles, é repouso; pois no esplêndido sol há uma
freqüente alteração para bênção e para maldição.
6O curso do caminho
da lua para com os retos é luz, mas para os pecadores é escuridão; no nome do
Senhor dos espíritos, o qual criou uma
divisão entre luz e escuridão, e separando os espíritos dos homens,
fortalecendo os espíritos dos justos em nome de sua própria retidão.
7O anjo não previne
isto, nem é ele dotado de poder para preveni-lo, pois o Juiz vê a todos, e
julga-os a todos na própria presença deles.
Capítulo
42
1A sabedoria não
encontrou um lugar na terra onde
pudesse habitar; sua habitação, portanto está no céu.
2A sabedoria saiu
para habitar entre os filhos dos homens, mas ela não obteve habitação. A
sabedoria retornou ao seu lugar e assentou-se no meio dos anjos. Mas a
iniqüidade saiu depois do seu retorno, a qual de má vontade encontrou uma habitação e residiu entre eles como
chuva no deserto, e como o orvalho na terra seca.
Capítulo
43
1Eu vi outro
esplendor, e as estrelas do céu. Eu observei que ele chamou-as todas por seus
respectivos nomes, e que elas ouviram. Vi que ele pesou -as numa justa balança
por sua luz e amplitude de seus lugares, o dia de seu aparecimento, e suas
conversões. Esplendor produziu esplendor; e sua conversão foi o número dos
anjos, e dos fiéis.
2Então eu perguntei
ao anjo, que prosseguia comigo, e ele explicou-me coisas secretas, e quais eram seus
nomes. Ele respondeu: O Senhor dos espíritos mostrou a ti uma similaridade
disto. Eles são nomes dos justos que
habitaram na terra, os quais acreditam no nome do Senhor dos espíritos para
sempre e sempre.
Capítulo 44
1Outra coisa também
vi com respeito ao esplendor; que ele sobe por causa das estrelas e torna-se
esplendor, sendo incapaz de abandoná-las.
Capítulo 45
1A segunda
parábola, a respeito daqueles que negam o nome da habitação dos santos e do
Senhor dos espíritos.
2Aos céus eles não
ascenderão nem virão sobre a terra. Esta será a porção dos pecadores que negam
o nome do Senhor dos espíritos e que estão assim reservados para o dia da
punição e da aflição. 3Naquele dia o Eleito se assentará sobre um trono de glória e
escolherá suas condições e suas incontáveis habitações, enquanto seus espíritos
neles serão fortalecidos quando eles virem meu Eleito, pois esses fugiram por
proteção para meu santo e glorioso nome.
4Naquele dia eu
farei com que meu Eleito habite no meio deles; mudarei a face do céu; o abençoarei e o iluminarei para sempre.
5Eu também mudarei a face da terra, a abençoarei; e farei
com que aqueles a quem elegi habitem sobre ela. Mas aqueles que cometeram
pecado e iniqüidade não habitarão nela, pois Eu marquei seus procedimentos.
Meus justos Eu satisfarei com paz, colocando-os diante de Mim; mas a condenação
dos pecadores se aproximará, para que Eu possa destruí-los da face da terra.
Capítulo 46
1Ali eu vi o Ancião
de dias, cuja cabeça era igual à branca lã, e com ele outro, cujo semblante
assemelhava-se àquele do homem. Seu semblante era cheio de graça, igual àquele
dos santos anjos. Então eu inquiri dos anjos que estavam comigo, e que me
mostravam toda coisa secreta concernente a este Filho do homem, o qual foi; de
onde Ele era e porque Ele acompanhou o Ancião de dias.
2Ele respondeu-me e disse: Este é o
Filho do homem, ao qual a justiça pertence, com o qual a retidão tem habitado e
o qual revelou todos os tesouros do que é escondido: pois o Senhor dos
espíritos o tem escolhido e sua porção tem excedido a tudo diante do Senhor dos
espíritos em eterna ascensão.
3Este Filho do
homem, que tu vês, levantará reis e poderosos de seus lugares de habitação, e
os poderosos de seus tronos; soltará as rédeas do poderoso, e quebrará em
pedaços os dentes dos pecadores.
4Ele lançará reis
dos seus tronos e de seus domínios porque eles não O exaltarão, O louvarão, nem
se humilham diante dEle, pelo Qual
seus reinos lhes foram dados. Igualmente o semblante do poderoso Ele lançará
abaixo, enchendo-os de confusão. Escura será sua habitação e vermes serão sua
cama; deste seu leito eles não esperam levantar-se novamente porque eles não
exaltam o nome do Senhor dos espíritos.
5Eles condenarão as
estrelas do céu, elevarão suas mãos contra o Altíssimo, caminham e habitam
sobre a terra, exibindo todos os seus atos de iniqüidade, mesmo suas obras de
iniqüidade. Sua força estará em suas riquezas e sua fé nos bens que têm formado
com suas próprias mãos. Eles negarão o
nome do Senhor dos
espíritos e o expulsarão de seus templos, nos quais eles se reúnem; 6E com Ele o fiel, (43) o qual sofre em
nome do Senhor dos espíritos.
(43) O expulçarão… o fiel. Ou,
"expulsarão das causas de sua congregação e do fiel" (Knibb, p. 132;
cp. Charles, p. 131).
1Naquele dia a oração dos santos e dos justos e o sangue dos
íntegros ascenderá da terra até a presença do Senhor dos espíritos.
2Naquele dia os
santos se reunirão, os quais habitam nos céus, e com vozes unidas de petição,
suplica, oração, louvor e bênção ao nome do Senhor dos espíritos, por conta do
sangue dos justos que tem sido derramado, para que a oração dos justos não seja
descontinuada diante do Senhor dos
espíritos, para
que por eles se execute julgamento; e para que sua paciência possa perdurar
para sempre.(44)
(44) Para que sua paciência… perdure para sempre. Ou, "(para que)
sua paciência possa não ter que durar para sempre" (Knibb, p. 133).
3Naquele tempo eu
vi o Ancião de dias enquanto ele se assentava sobre o trono da sua glória, enquanto o livro dos vivos foi aberto na
sua presença e enquanto todos os
poderes que estão acima dos céus
permanecem ao redor e diante dele.
4Então os corações
dos santos estavam cheios de alegria, por causa da consumação da justiça que
havia chegado, a súplica dos santos foi ouvida e o sangue dos justos apreciado
pelo Senhor dos espíritos.
Capítulo 48
1Naquele lugar eu
vi uma fonte de retidão, a qual nunca falha, envolta em muitas fontes de sabedoria.
Delas todos os sedentos beberam e foram cheios de sabedoria tendo sua habitação
com os retos, eleitos e santos.
2Naquela hora o
Filho do homem foi invocado diante do Senhor dos espíritos e seu nome na
presença do Ancião de dias.
3Antes que o sol e
os sinais fossem criados, antes que as estrelas do céu tivessem sido formadas,
seu nome era invocado na presença do Senhor dos espírito. Ele será um apoio
para os justos e santos se encostarem, sem falhar; e ele será a luz das nações.
4Ele será a
esperança daqueles cujos corações estão temerosos. Todos os que habitam na
terra cairão diante dEle; O abençoarão e glorificarão, e cantarão orações ao
nome do Senhor dos espíritos. 5Portanto o Eleito
e Escondido subsistiu em sua presença, antes que o mundo fosse formado, e para
sempre.
6Na Sua presença Ele existiu, e revelou aos santos e aos
justos a sabedoria do Senhor dos espíritos; pois Ele preservou o lugar dos
retos, porque eles iraram e rejeitaram este mundo de iniqüidade, e detestaram
todas as suas obras e caminhos, no nome do Senhor dos espíritos.
7Pois em seu nome
eles serão preservados e sua será a vida. Naqueles dias os reis da terra e os
homens poderosos, os quais ganharam o mundo por suas realizações, se tornarão
humildes em seus semblantes.
8Pois no dia de sua
ansiedade e angústia, suas almas não serão salvas, e eles estarão em sujeição daquele a quem eu escolhi.
9Eu os lançarei
como a palha ao fogo e como chumbo, na água. Assim eles queimarão na presença
dos justos e afundarão na presença dos santos; nem a décima parte deles será
encontrada.
10Mas no dia da
tribulação o mundo ganhará tranqüilidade.
11Em sua presença
eles falharão e não serão levantados novamente; nem haverá alguém para tomá-los
por suas mãos e levantá-los; pois eles negaram o Senhor dos espíritos e seu
Messias. O nome do Senhor será abençoado.
Capítulo 48A
(45)
(45) Dois
capítulos consecutivos são enumerados "48"
1Sabedoria verteu
como água e glória não falta diante dEle para sempre e sempre, pois potente é
Ele em todos os segredos de retidão.
2Mas a iniqüidade
passa como uma sombra e não possui uma estação fixa, pois o Eleito permanece
diante do Senhor dos espíritos e Sua glória é para sempre e sempre, e Seu poder
de geração em geração.
3Com Ele habitam os espíritos da sabedoria intelectual, o
espírito da instrução e do poder e o espíritos dos que dormem em retidão; Ele
julgará coisas secretas.
4Ninguém será capaz
de pronunciar uma única palavra diante dEle, pois o Eleito está na presença do
Senhor dos espíritos de acordo com Seu próprio prazer.
Capítulo 49
1Naqueles dias os
santos e os escolhidos sofrerão uma mudança. A luz do dia descansará sobre eles
e o esplendor e a glória dos santos será transformada.
2Naquele dia de
tribulação o mal será amontoado sobre os pecadores, mas os justos triunfarão no
nome do Senhor dos espíritos.
3Outros serão
levados a ver que devem arrepender-se e desistir das obras das suas mãos, e que
a glória não os espera na presença do Senhor dos espíritos já que por Seu nome
eles podem ser salvos. O Senhor dos espíritos terá compaixão deles, pois grande
é a Sua misericórdia e a justiça está em Seu julgamento; na presença de Sua
glória, em seu julgamento a iniqüidade não permanecerá. Aquele que não se
arrepende em perecerá Sua presença.
4Daqui
em diante Eu não terei misericórdia deles, diz o Senhor dos espíritos.
Capítulo 50
1Naqueles dias a
terra entregará de seu ventre e o inferno entregará de si aqueles a quem
recebeu, e a destruição restaurará àqueles a quem ela deve.
2Ele selecionará os
justos e santos de entre eles, pois o dia de sua salvação se tem aproximado.
3E naqueles dias o
Eleito se assentará sobre seu trono, enquanto todo segredo de sabedoria
intelectual procederá da sua boca, pois o Senhor dos espíritos lhe concedeu e
glorificou.
4Naqueles dias as
montanhas saltarão como as rãs e os montes pularão como jovens ovelhas (46) saciadas com
leite; e todos os justos se tornarão
iguais aos anjos nos céu.
(46) Cp. Salmos
114:4
5Seu semblante se
iluminará de alegria, pois naqueles dias o Eleito será exaltado. A terra se
regozijará; os justos habitarão nela e a possuirão.
Capítulo 51
1Depois desse
tempo, no lugar onde eu havia visto toda visão secreta, fui arrebatado em um
redemoinho de vento e transportado para o oeste.
2Lá meus olhos
viram os segredos do céu e tudo o que existe na terra; uma montanha de fogo,
uma montanha de cobre, uma montanha de prata, uma montanha de ouro, uma
montanha de metal fundido, e uma montanha de chumbo.
3E eu perguntei ao
anjo que foi comigo, dizendo: O que são estas coisas, que em segrego eu vi? 4Ele disse: Todas
as coisas que tu viste serão para o domínio do Messias, para que ele possa
comandar e ser poderoso sobre a terra.
5E aquele anjo de
paz respondeu-me dizendo: Espera um pouco de tempo e entenderás, e cada coisa
secreta te será revelada, o que o Senhor dos espíritos tem decretado. Aquelas
montanhas que tu viste, a montanha de ferro, a montanha de cobre, a montanha de
prata, a montanha de ouro, a montanha de metal fluido e a montanha de chumbo,
todas estas na presença do Eleito serão como o favo de mel diante do fogo, e
como a água descendo de cima sobre estas montanhas, e se tornarão debilitadas
diante de seus pés.
6Naqueles dias os
homens não serão salvos por ouro e por prata. 7Nem eles o terão
em seu poder para assegurar-se, e voar.
8Lá não haverá nem
ferro, nem casaco de malha para o peito.
9Cobre será unútil;
inútil também será o que não enferruja nem se consome; e levar não será
desejado.
10Todas estas coisas
serão rejeitadas, e perecem na terra, quando o Eleito aparecer na presença do
Senhor dos espíritos.
1Ali meus olhos
viram um profundo vale, e larga era sua entrada.
2Todos os que
habitam na terra, no mar, e nas ilhas, trarão para ele dons, presentes e
oferendas; contudo aquele profundo vale não se encherá. Suas mãos cometerão
iniqüidade. Tudo quanto eles produzirem por labor será devorado pelos pecadores
por crime. Mas eles perecerão de diante da face do Senhor dos espíritos e da
face de sua terra. Eles se levantarão, e não falharão para sempre.
3Eu vi anjos de
punição, os quais estavam habitando ali,
e preparando todos os instrumentos de Satan.
4Então perguntei ao
anjo da paz que continuava comigo, para quem aqueles instrumentos eram
preparados.
5Ele disse: Estes
são preparados para os reis e poderosos da terra, para que assim eles pereçam. 6Depois que os
justos e a casa escolhida de sua congregação aparecerão, e desde então serão
imutáveis no nome do Senhor dos espíritos.
7Nem aquelas
montanhas existirão na sua presença como a terra e os montes, como as fontes de
água existem. E os justos serão
aliviados da vexação dos pecadores.
Capítulo 53
1Então eu olhei e
me virei para outra parte da terra, onde vi um profundo vale de fogo ardente. 2Para esse vale,
eles levaram os monarcas e os poderosos.
3Ali meus olhos
viram os instrumentos que eles fizeram, correntes de ferro sem peso.(47)
(47) Sem peso. Ou, "de imensurável
peso" (Knibb, p. 138).
4Então eu perguntei
ao anjo da paz que estava comigo, dizendo: Para quem essas correntes são preparadas?
5Ele respondeu:
Estas são preparadas para as hostes de Azazeel, para que eles sejam entregues e
julgados a uma menor condenação, e para que seus anjos sejam subjugados com
pedras arremessadas, como o Senhor dos espíritos ordenou.
6Miguel e Gabriel, Rafael e Fanuel
serão fortalecidos naquele dia, e então os lançarão numa fornalha de fogo
ardente para que o Senhor dos espíritos possa ser vingado pelos crimes que eles
cometeram; porque eles se tornaram ministro de Satan, e seduziram aqueles que
habitam sobre a terra.
7Naqueles dias
punição virá do Senhor dos espíritos, e os receptáculos de água que estão acima
nos céus serão abertos, e igualmente as fontes que estão sob a terra.
8Todas as águas,
que estão nos céus e abaixo deles, serão reunidas e se misturarão. 9A água que está
acima no céu será o agente; (48)
(48) Agente. Literalmente, "macho"
(Laurence, p. 61).
10E a água que está
sob a terra será o recipiente, (49) e todos os que
habitam sobre a terra serão destruídos e os que habitam sob as extremidades do
céu.
(49) Recipiente. Literalmente,
"fêmea" (Laurence, p. 61).
11Por
esses meios eles entenderão a iniqüidade que cometeram na terra, e por esses
meios perecerão.
Capítulo 54
1Depois disso o Ancião de dias
arrependeu-se, e disse: Em vão eu destruí todos os habitantes da terra.
2E
ele jurou por seu grande nome, dizendo:
De agora em diante eu não agirei mais assim para com
todos aqueles que habitam sobre a
terra.
3Mas eu colocarei
um sinal nos céus; (50) e ele será uma fiel testemunha entre mim e eles para
sempre, tantos quantos os dias do céu durarem sobre a terra.
(50) Cp. Gen.
9:13, "Eu colocarei meu arco na nuvem, e ele será um sinal do convênio
entre mim e a terra".
4Depois disso, de acordo com esse meu
decreto, quando eu estiver disposto a prende-los antecipadamente, pela
instrumentalidade dos anjos, no dia da aflição e da perturbação, minha ira e
minha punição permanecerá sobre eles, minha punição e minha ira, diz Deus, o
Senhor dos espíritos.
5Ó vós reis, ó vós
poderosos, que habitam o mundo, vereis meu Eleito, assentado sobre o trono da
minha glória. E Ele julgará Azazeel, todos seus associados, em nome do Senhor
dos espíritos.
6Ali igualmente eu
vi as hostes dos anjos que estavam se movendo em punição, confinadas numa rede
de ferro e bronze. Então eu perguntei ao anjo da paz, que estava comigo: Para
quem estes sob
confinamento estão indo.
7Ele disse: Para
todos os seus eleitos e seus amados, (51) para que eles
possam ser lançados nas fontes e profundas fendas do abismo.
(51) Para cada um dos… seus amados. Ou,
"Para cada um de seus escolhidos e para os seus amados" (Knibb, p.
139).
8E aquele vale será
cheio com seus eleitos e amados; os dias cuja vida serão consumados, mas os
dias de seus erros serão inumeráveis.
9Então príncipes (52) se combinarão e
juntos conspirarão. Os chefes do leste, entre os Partos e Medos, removerão
reis, nos quais um espírito de perturbação entrará. Ele os lançará de seus
tronos, saltando como leões de seus esconderijos, e como lobos famintos no meio
do rebanho.
(52) Príncipes. Ou, "anjos"
(Charles, p. 149; Knibb, p. 140).
10Eles subirão e
pisarão na terra de seus eleitos. A terra de seus eleitos estará diante deles.
A eira, a senda e a cidade do meu povo
justo imperará o progresso de seus
cavalos. Eles se levantarão para destruir uns aos outros; sua mão direita se
estenderá; o homem não conhecerá seu amigo ou seu irmão;
11Nem o filho de seu
pai ou de sua mãe; até que o número dos corpos de seus mortos sejam completados, pela sua morte e punição.
Nem isto acontecerá sem causa.
12Naqueles dias a
boca do inferno será aberta, na qual eles serão imersos; o inferno destruirá e
tragará os pegadores da face dos eleitos.
Capítulo 55
1Depois disto eu vi
outro exército de carruagens com homens dirigindo-as. 2E eles vieram
sobre o vento do leste, desde o oeste, e do sul.(53)
(53) Desde o sul. Literalmente "do meio
do dia". (Laurence, p. 63).
3O som do barulho
de suas carruagens foi ouvido.
4E quando aquela
agitação aconteceu os santos fora do céu perceberam-na; o pilar da terra
abalou-se desde a sua fundação e o som foi ouvido desde as extremidades da
terra até as extremidades do céu ao mesmo tempo. 5Então eles caíram
e adoraram o Senhor dos espíritos.
6Este
é o fim da segunda parábola.
Capítulo 56
1Então eu comecei a
proferir a terceira parábola, concernente aos santos e aos eleitos. 2Abençoados sois
vós, ó santos e eleitos, pois glorioso é o vosso lugar.
3Os santos
existirão na luz do sol e os eleitos na luz da vida eterna, cujos dias de vida
nunca terminarão nem os dias dos santos serão enumerados, os quais procuram
pela luz e obtêm retidão com o Senhor dos espíritos.
4Paz seja aos
santos com o Senhor do mundo.
5Daqui em diante
aos santos seja dito que procurem nos céu os segredos da retidão, a porção da
fé; semelhante ao sol nascido sobre a terra, enquanto a escuridão se vai. Ali
haverá luz interminável; eles não entrarão em contagem de tempo, pois a
escuridão será previamente destruída e a luz aumentará diante do Senhor dos
espíritos; diante do Senhor dos espíritos a luz da honradez aumentará para
sempre.
Capítulo 57
1Naqueles dias meus
olhos viram os segredos dos relâmpagos e seu esplendor, e o julgamento a eles
pertencente.
2Eles iluminam por
bênção e por maldição, de acordo com a vontade do Senhor dos espíritos. 3Ali eu vi os
segredos do trovão quando ele agita-se acima no céu e seu som é ouvido.
4As habitações da
terra também foram mostradas a mim. O som do trovão é para paz e para bênção,
tanto para o bem quanto para maldição, de acordo com a palavra do Senhor dos
espíritos.
5Depois disso, todo
segredo dos esplendores e dos trovões foram vistos por mim. Para bênção e para
fertilidade eles iluminam.
Capítulo 58
1No qüinquagésimo
ano, no sétimo mês, no décimo quarto dia da vida de Enoque, naquela parábola eu
vi o céu dos céus tremer, que ele tremeu violentamente e que os poderes do
Altíssimo e dos anjos, milhares de milhares, e miríades de miríades, ficaram
agitados com grande agitação. E quando eu olhei o Ancião de dias estava
assentado no trono de sua glória enquanto os anjos e santos estavam em pé ao
redor dele. Um grande tremor veio sobre mim. Meus lombos foram curvados e
soltos, meus rins foram dissolvidos; e eu cai sobre minha face. O santo Miguel,
outro santo anjo, um dos santos, foi enviado, o qual levantou-me.
2E quando ele
levantou-me, meu espírito retornou, pois eu fui incapaz de suportar essa visão
de violência, sua agitação e o choque do céu.
3Então o santo
Miguel disse-me: Por que estás perturbado com essa visão?
4Desde então tem
existido o dia da misericórdia; Ele tem sido misericordioso e magnânimo com
todos os que habitam sobre a terra.
5Mas quando o tempo
vier, então o poder, a punição, e o julgamento tomarão lugar, o qual o Senhor dos espíritos preparou para aqueles
que se prostrarem para o julgamento da retidão, para aqueles que renunciarem
àquele julgamento, e para aqueles que tomam seu nome em vão.
6Aquele dia foi
preparado para os eleitos como um dia de
convênio e para os pecadores como um dia de inquisição.
7Naquele dia dois
monstros serão distribuídos como alimento
(54), um monstro
fêmea, cujo nome é Leviathan, habitando nas profundezas do mar, acima das
fontes de águas;
(54) Distribuídos como alimento. Ou,
"separados um do outro" (Knibb, p. 143).
8E um monstro
macho, cujo nome é Behemoth, o qual possui, movendo-se
em seu ventre, o deserto invisível.
9Seu nome era
Dendayen. A leste do jardim, onde os eleitos e os justos habitarão, onde ele
recebeu-o de meu ancestral, desde Adão o primeiro dos homens, (55) cujo homem o
Senhor dos espíritos fez.
(55) Ele recebeu -o…
primeiro dos homens. Ou, "meu bisavô foi tomado, o sétimo desde
Adão" (Charles, p. 155). Isto implica que esta seção do livro foi escrita
por Noé, descendente de Enoque. Os estudiosos têm especulado que esta parte do
livro pode conter fragmentos do perdido Apocalipse de Noé.
10Então eu pedi a
outro anjo que me mostrasse o poder daqueles monstros, como eles se separaram
naquele mesmo dia, um estando nas profundezas do mar, e o outro no seco
deserto.
11E ele disse: Tu,
filho do homem, estás aqui desejoso de entendimento das coisas secretas.
12E o anjo da paz, o
qual estava comigo disse: Estes dois monstros estão preparados pelo poder de
Deus para tornarem-se alimento, para que a punição de Deus não seja em vão.
13Então crianças serão
mortas com suas mães, e os filhos com seus pais.
14E quando a punição
do Senhor dos espíritos continuar, sobre eles ela continuará, para que a
punição do Senhor dos espíritos não aconteça em vão. Depois do quê, o
julgamento existirá com misericórdia e longanimidade.
Capítulo 59
1Então outro anjo,
o qual estava comigo, me falou,
2E mostrou-me o
primeiro e o último dos segredos em cima no céu, e nas profundezas da terra: 3Nas extremidades
do céu e nas fundações dela, e no receptáculo dos céus.
4Ele mostrou-me como seus espíritos foram divididos;
como eles foram balançados e como ambas as
fontes e os ventos foram contados de acordo com a força de seu espírito.
5Ele
me mostrou o
poder da luz da lua, que seu poder é justo; bem como as divisões das estrelas,
de acordo com seus respectivos nomes;
6Que cada divisão é separada; que os
relâmpagos iluminam;
7Que suas tropas
imediatamente obedecem e que uma cessação toma lugar durante o trovão em
continuação de seu som. Não são separados o trovão e o raio; nem eles se movem
com um espírito, já que eles não são separados.
8Pois quando os
raios iluminam, o trovão soa e o espírito a um próprio período faz pausa,
fazendo uma igual divisão entre eles, pois o receptáculo sobre o qual seus
períodos dependem é solto como a areia. Cada um deles à sua própria estação é
restringido com uma rédea e virado pelo poder do espírito, que assim impele-os
de acordo com a espaçosa extensão da terra.
9O espírito do mar
é igualmente potente e forte, e um poder tão forte o faz vazar; assim ele é
dirigido adiante e espalha-se contra as montanhas da terra. O espírito da geada
tem seu anjo; no espírito do granizo ele é um bom anjo; o espírito da neve
cessa em sua força e um espírito solitário está nele, o qual ascende dele como
vapor, e é chamado refrigeração.
10 O espírito da
névoa também habita com eles em seu receptáculo, mas ele tem um receptáculo
para si mesmo, pois seu progresso está no esplendor,
11Na luz e na
escuridão, no inverno e no verão. Seu receptáculo é brilho, e um anjo esta
nele.
12O espírito do
orvalho tem seu domicílio nas extremidades do céu, em conexão com o receptáculo
da chuva e seu progresso está no inverno e no verão. A nuvem produzida por ele
e a nuvem do meio se tornam unidos, um dá ao outro; e quando o espírito da
chuva está em movimento de seu receptáculo, anjos vêm e, abrindo seu
receptáculo, o traz adiante.
13Quando igualmente
ele é borrifado sobre toda a terra ele forma uma união com todo tipo de água no
chão; pois as águas ficam na terra, porque eles
fornecem nutrição para a terra desde o Altíssimo, o qual está no céu.
14Sobre este
informe, portanto há uma regulamentação na qualidade da chuva que os anjos
recebem. 15Estas coisas eu
vi, todas elas, até o paraíso.
Capítulo 60
1Naqueles dias eu
vi que longos mantos foram dados àqueles anjos, os quais tomaram suas asas e
fugiram em direção ao norte.
2Eu perguntei ao
anjo, dizendo: Para onde eles levaram aqueles longos mantos e para onde se
foram? Ele disse: Eles foram medir.
3O anjo, o qual
continuava comigo, disse: Estas são as medidas dos justos e cordas serão
trazidas para que eles possam confiar no nome do Senhor dos espíritos para
sempre e sempre.
4O eleito começará
a habitar com o eleito.
5Estas são as
medidas que serão dadas pela fé, as quais fortalecerão as palavras de retidão. 6Estas medidas
revelarão todos os segredos nas profundezas da terra.
7E acontecerá que
aqueles que foram destruídos no deserto e os que foram devorados pelos peixes
do mar e pelas bestas do campo, retornarão e confiarão no dia do Eleito, pois
ninguém perecerá na presença do Senhor dos espíritos, nem ninguém será capaz de
perecer.
8Então eles
receberam o mandamento, todos os quais estavam nos céus acima, para quem foi
dado um poder combinado, voz e esplendor, semelhante ao fogo.
9E primeiro, com
suas vozes eles abençoaram-no, exaltaram-no, glorificaram-no com sabedoria e
atribuíram a Ele sabedoria com a palavra e com o sopro da vida.
10Então o Senhor dos
espíritos assentado sobre o trono de sua glória, o Eleito,
11O qual julgará
todas as obras do Santo acima no céu, e numa balança Ele pesará suas ações. E
quando Ele levantar Seu semblante para julgar seus caminhos secretos na palavra
do nome do Senhor dos espíritos, e seu progresso no caminho do justo julgamento
do altíssimo Deus;
12Eles falarão com
vozes unidas; abençoarão, glorificarão, exaltarão, e orarão em nome do Senhor
dos espíritos.
13Ele chamará a todo
poder dos céus, a todo santo acima, e ao poder de Deus. O Querubim, o Serafim,
o Ofanim, todos os anjos de poder e todos os anjos dos Senhores, a saber, do
Eleito, e do outro Poder, o qual estava sobre a água naquele dia.
14E levarão suas
vozes unidas; abençoarão, glorificarão, orarão, e exaltarão com o espírito da
fé, com o espírito da sabedoria e da paciência, com o espírito da misericórdia,
com o espírito do julgamento e da paz, e com o espírito da benevolência; todos
dirão com vozes unidas: Abençoado é
Ele;
e o nome do Senhor dos espíritos será abençoado para sempre e sempre; todos, os
quais não dormem, o abençoarão acima no céu.
15Todo santo no céu
o abençoará; todo o eleito que habita no jardim da vida e todo espírito de luz
que é capaz de abençoar, glorificar, exaltar, e orar em seu santo nome e todo
homem mortal, (56) mais do que os poderes do céu, glorificará e abençoará seu
nome para sempre e sempre.
(56) Todo homem mortal Literalmente,
"toda carne" (Laurence, p. 73).
16Pois grande é a
misericórdia do Senhor dos espíritos; magnânimo Ele é; e todas as suas obras,
todo o seu poder, grande como são as coisas que Ele tem feito, tem revelado aos
santos e eleitos, em nome do Senhor dos espíritos.
Capítulo 61
1Então o Senhor
ordenou os reis, os príncipes, os exaltados e aqueles que habitam na terra
dizendo: Abri vossos olhos, e elevai vossas buzinas se sois capazes de compreender
o Eleito.
2O Senhor dos
espíritos assentou-se sobre o trono de sua glória. 3E o espírito de
retidão foi colocado sobre ele.
4A palavra de sua
boca destruirá todos os pecadores e todos os mundanos, os quais perecerão na
sua presença.
5Naquele dia todos
os reis, os príncipes, os exaltados e todos os que possuem a terra se colocarão
em pé, verão e perceberão Aquele que está assentado no trono da sua glória, que
diante dEle os santos serão julgados em retidão,
6E que nada que
será falado diante dEle, será falado em vão.
7Inquietação virá
sobre eles, como sobre uma mulher em trabalho de parto, cujo labor é severo,
quando seu filho vem à boca do ventre e ela encontra-se em dificuldade de dar a
luz.
8Uma porção deles
olhará para a outra. Eles ficarão atônitos e baixarão seu semblante,
9E
aflição os prenderá quando eles virem o Filho da mulher assentado sobre o seu
trono de glória. 10Então os reis, os príncipes e todos
os que possuem a terra glorificarão Aquele que tem domínio sobre todas as
coisas, Aquele que esteve em conselho; pois desde o princípio o Filho do homem
existiu em segredo, o qual o Altíssimo preservou na presença do Seu poder e foi
revelado aos eleitos.
11Ele semeará a
congregação dos santos e dos eleitos, e todo eleito ficará diante dEle naquele
dia. 12Todos os reis,
príncipes, o exaltado e aqueles que governam sobre toda a terra cairão sobre
suas faces diante dEle, e O adorarão.
13Eles colocarão
suas esperanças neste Filho do homem orarão a Ele e implorarão por
misericórdia. 14Então o Senhor dos espíritos se apressará em expeli-los da
Sua presença. Suas faces ficarão cheias de confusão e suas faces se cobrirão de
escuridão. Os anjos os tomarão para castigo, aquela vingança poderá ser
infligida naqueles que têm oprimido Seus filhos e Seus eleitos. E eles se
tornarão como um exemplo aos santos aos Seus eleitos. Através deles estes serão
feitos jubilosos, pois a ira do Senhor dos espíritos descansará sobre eles.
15Então a espada do
Senhor dos espíritos se embebedará com seu sangue, mas os santos e eleitos
serão salvos naquele dia; a face dos pecadores e dos mundanos daquele tempo em
diante eles não verão.
16O Senhor dos
espíritos permanecerá sobre eles:
17E com este Filho
do homem eles habitarão, comerão, deitarão e levantarão, para sempre e sempre. 18Os santos e
eleitos têm se levantado da terra. Têm deixado de deprimir seus semblantes e
terão sido vestidos com a vestimenta da vida. Aqueles vestidos da vida estão
com o Senhor dos espíritos, em cuja presença suas vestimentas não envelhecerão
nem será diminuída sua glória.
Capítulo 62
1Naqueles dias os reis que possuíram
a terra serão punidos pelos anjos de Sua ira, onde quer que eles lhes sejam
entregues, para que Ele possa dar descanso por um curto período de tempo; e
para que eles prostem-se diante dEle e adorem o Senhor dos espíritos,
confessando seus pecados diante dEle.
2Eles abençoarão e
glorificarão o Senhor dos espíritos dizendo: Abençoado é o Senhor dos
espíritos, o Senhor dos reis, o Senhor dos espíritos, o Senhor dos ricos, o Senhor
da glória, e o Senhor da sabedoria.
3Ele iluminará toda
coisa secreta.
4Seu poder é de
geração a geração e Sua glória para sempre e sempre.
5Profundos são
todos os Seus segredos e incontáveis; sua retidão não pode ser calculada.
6Agora nós sabemos
que devemos glorificar e abençoar o Senhor dos reis o qual é Rei sobre todas as
coisas.
7Eles também dirão:
Quem nos tem permitido ficar para glorificar, louvar, abençoar, e confessar na
presença da Sua glória?
8E agora pequeno é
o repouso que nós desejamos, mas nós não o encontramos; nós rejeitamos e não o
possuímos. Luz passou diante de nós e escuridão tem coberto nossos tronos para
sempre.
9 Pois nós não
confessamos diante dEle; não temos glorificado o nome do Senhor dos reis; não
temos glorificado o Senhor em todas as Suas obras, mas temos confiado no cetro
do nosso próprio domínio e da nossa glória.
10Naquele dia do
nosso sofrimento e da nossa angústia Ele não nos salvará, nem encontraremos
descanso. Confessamos que nosso Senhor é fiel em todas as Suas obras, em todos
os Seus julgamentos e em Sua retidão.
11Em Seus
julgamentos ele não paga nenhum respeito a pessoas; e nós devemos apartar-nos
de sua presença por causa de nossos maus atos.
12Todos os nossos
pecados são verdadeiramente sem número.
13Então eles dirão a
si mesmos: Nossas almas estão saciadas com os instrumentos de crime; 14Mas que não nos
impede de descer ao ventre flamejante do inferno.
15Daí em diante seus
semblantes se encherão de escuridão e confusão diante do Filho do homem, de
cuja presença eles serão expulsos e diante do qual a espada permanecerá
expelindo-os.
16Assim diz o Senhor
dos espíritos: Este decreto e o julgamento contra os príncipes, os reis, os
exaltados, e aqueles que possuem a terra, na presença do Senhor dos espíritos.
Capítulo 63
1Eu vi outros
semblantes naquele lugar secreto. Ouvi a voz de um anjo, dizendo: Estes são os
anjos que desceram do céu à terra, revelaram segredos aos filhos dos homens e
seduziram os filhos dos homens para cometerem de pecado.
Capítulo 64
(57)
(57) Os capítulos 64, 65, 66 e o primeiro versículo do 67
evidentemente contêm a versão de Noé e não de Enoque (Laurence, p. 78).
1Naqueles dias Noé
viu que a terra inclinou-se, e que destruição aproximava-se.
2Então ele levantou
seus pés e foi para os confins da terra, para a habitação do seu bisavô Enoque.
3E Noé clamou com
uma amarga voz: Ouví-me, ouví-me, ouví-me, três vezes. E ele disse: Dize-me o
que está ocorrendo sobre a terra, pois a terra trabalha e é violentamente
abalada. Certamente eu perecerei com ela.
4Depois disso houve
uma grande perturbação na terra e uma voz foi ouvida desde o céu. Eu caí sobre
minha face, então meu bisavô Enoque veio e colocou-se ao meu lado.
5Ele disse-me: Por
que clamas a mim com um amargo clamor e lamentação?
6Um mandamento
partiu do Senhor contra aqueles que habitam na terra para que eles sejam
destruídos, pois eles conhecem todo segredo dos anjos, toda obra opressiva, o
poder secreto dos demônios (58) e todo poder
daqueles que cometem sortilégios, tanto quanto daqueles que fazem imagens fundidas em toda a terra.
(58) Os demônios. Literalmente, "os
Satans" (Laurence, p. 78).
7Eles
sabem como
a prata é produzida do pó da terra e como na terra a gota metálica existe, pois o chumbo
e o estanho não são produzidos da terra como fonte primária de sua produção.
8Há
um anjo colocado sobre ela, e o anjo luta para prevalecer.
9Depois disso meu
bisavô Enoque agarrou-me com sua mão, levantando-me e disse-me: Vai, pois eu
pedí ao Senhor dos espíritos a respeito desta perturbação da terra; o qual
respondeu: Por conta da impiedade deles seus inumeráveis julgamentos foram
consumados diante de mim. Com respeito às
luas eles
inquiriram, e têm conhecimento de que a terra perecerá com aqueles que habitam
sobre ela,(59) e que estes não terão lugar de refúgio para sempre.
(59) Com respeito às
luas… habitam sobre ela. Ou, "Por causa dos sortilégios que eles
procuraram e aprenderam a terra e aqueles que habitam sobre ela serão
destruídos" (Knibb, p. 155).
10Eles descobriram
segredos, e eles são aqueles que têm
sido julgados; mas não você, meu filho. O Senhor dos espíritos sabe que tu és
puro e bom, livre da reprovação do descobrimento de segredos. 11Ele, o Santo,
estabelecerá Seu nome no meio dos santos e te preservará daqueles que habitam
sobre a terra. Ele estabelecerá tua semente em retidão com domínio e grande
glória, (60) e da tua semente
se espalhará retidão, e homens santos sem número para sempre.
(60)
Com domínio… gloria. Literalmente,
"para reis, e para grande glória" (Laurence, p. 79).
Capítulo 65
1Depois disso ele
mostrou-me os anjos de punição, os quais estão preparados para vir e abrir
todas as águas poderosas sob a terra:
2Que elas podem ser
para julgamento e para destruição de todos aqueles que permanecem e habitam sobre
a terra.
3O Senhor dos
espíritos ordenou os anjos que saíram, para não tomar os homens, e preservá-los, 4pois aqueles anjos
presidem sobre todas as poderosas
águas. Então eu saí da presença de Enoque.
Capítulo 66
1Naqueles dias a
palavra de Deus veio a mim, e disse: Vê Noé, tua sorte ascendeu a Mim, uma
sorte imune de crime, uma sorte amada e superior.
2Agora então os
anjos trabalharão as árvores, (61), mas enquanto
eles procedem nisto eu colocarei minha mão sobre elas e as preservarei.
(61) Trabalharão nas árvores. Ou,
"estão fazendo uma (estrutura de) madeira" (Knibb, p. 156).
3A semente da vida
se erguerá dela e uma mudança tomará lugar para que a terra seca não seja
deixada vazia. Eu estabelecerei tua semente diante de mim para sempre e sempre,
e a semente daqueles que habitarem contigo na superfície da terra. Ela será
abençoada e multiplicada na presença da terra, em nome do Senhor.
4Eles confinarão
aqueles anjos que descobriram impiedade. Naquele vale ardente é que eles serão
confinados, o qual a princípio meu bisavô mostrou-me no oeste, onde há
montanhas de ouro e prata, de ferro, de metal fluído, e de estanho.
5Eu vi aquele vale
no qual há uma grande perturbação e onde
as águas são agitadas.
6E quando tudo isto
foi executado, da massa fluída de fogo e na perturbação que prevaleceu (62) naquele lugar,
levantou-se um forte cheiro de enxofre que se misturou com as águas; e o vale
dos anjos que haviam sido culpados de sedução, queimou-se debaixo da terra.
(62) A perturbação que prevaleceu. Literalmente,
"perturbou-os" (Laurence, p. 81).
7Através daquele
vale rios de fogo também estavam fluindo, para os quais aqueles anjos serão
condenados, os quais seduziram os habitantes da terra.
8E naqueles dias
estas águas serão para os reis, aos príncipes, aos exaltados e para os
habitantes da
terra, para a cura
da alma e do corpo e para o julgamento do espírito. 9Seus espíritos
serão cheios de festa (63) para que eles possam ser julgados em seus corpos; porque
eles negaram o Senhor dos
espíritos, e apesar de eles
perceberem sua condenação dia após dia, não acreditaram em seu nome.
(63) Festa. Ou, "luxúria" (Knibb,
p. 157).
10E como a
inflamação de seus corpos será grande, assim seus espíritos sofrerão uma
transformação para sempre.
11Pois
nenhuma palavra que é pronunciada diante do Senhor dos espíritos será em vão. 12Julgamento veio sobre eles porque
eles confiaram em sua luxúria carnal, e negaram o Senhor dos espíritos.
13 Naqueles dias as
águas daquele vale serão transformadas, pois enquanto os anjos forem julgados,
o calor daquelas fontes de água sofrem uma alteração.
14E enquanto os
anjos ascenderem, a água das fontes novamente
sofrem uma alteração e congelam. Então eu ouvi o santo Miguel respondendo e
dizendo: Este julgamento, com o qual os anjos serão
julgados, dará testemunho contra os
reis, príncipes e aqueles que possuem a terra.
15Pois estas águas
de julgamento serão para sua cura e para a morte (64) de seus corpos.
Mas eles não perceberão e não acreditarão que as águas serão transformadas e
tornadas como fogo, que arderá para sempre.
(64) Morte. Ou, "luxúria"
(Charles, p. 176; Knibb, p. 158).
Capítulo 67
1Depois disto ele
deu-me as marcas características (65) de todas as
coisas secretas do livro do meu bisavô Enoque, e nas parábolas que haviam sido
dadas a ele; inserindo-as para mim entre as palavras do livro das parábolas.
(65) Marcas características. Literalmente,
"os sinais" (Laurence, p. 83).
2Naquele momento o
santo Miguel respondeu e disse a Rafael: O poder do espírito precipita-me daqui
e impele-me para fora. A severidade do julgamento, do secreto julgamento dos
anjos, quem é capaz de observar a resistência daquele severo julgamento que
aconteceu e se tornou permanente sem ser dissolvido no seu lugar? Novamente o
santo Miguel respondeu e disse ao santo Rafael: Quem está lá, cujo coração não
se abrandou por isto, e cujos rins não se afligiram com esta coisa?
3Julgamento saiu
contra eles por aqueles que assim arrastaram-nos para fora; e que se foram,
quando eles estavam na presença do Senhor dos espíritos.
4De igual maneira
também o santo Rakael disse a Rafael: Eles não estarão diante do olho do Senhor
(66) já que o Senhor
dos espíritos foi ofendido por eles, pois como Senhores (67) eles têm-se
conduzido. Portanto Ele traz sobre
eles um secreto julgamento para sempre e sempre.
(66) Eles não... olho do Senhor. Ou, "Eu não tomarei parte sob o olho do Senhor" (Knibb,p.159).
(67) Pois como Senhores. Ou, "pois eles
agiram como se fossem o Senhor" (Knibb, p. 159).
5Pois nem o anjo,
nem o homem recebe uma porção dele, mas eles só receberão seu próprio
julgamento para sempre e sempre.
Capítulo 68
1Depois deste
julgamento eles estarão assombrados e irritados, pois serão exibidos aos
habitantes da terra.
2Eis os nomes
destes anjos. Estes são seus nomes: O primeiro deles é Samyaza; o segundo é
Arstikapha; o terceiro é Armen; o quarto, Kakabael; o quinto, Turel; o sexto,
Rumyel; o sétimo, Danyal; o oitavo, Kael; o nono, Barakel; o décimo, Azazel; o
décimo primeiro, Armers; o décimo segundo, Bataryal; o décimo terceiro,
Basasael; o décimo quarto, Ananel; o décimo quinto, Turyal; o décimo sexto,
Simapiseel; o décimo sétimo, Yetarel; o décimo oitavo, Tumael; o décimo nono,
Tarel; o vigésimo, Rumel; o vigésimo primeiro, Azazyel.
3Estes são os
principais (chefes) dos anjos, e os nomes dos líderes de suas centenas, e seus
líderes
de cinqüenta, e os líderes de suas
dezenas.
4O nome do primeiro
é Yekun: (68) ele foi quem
seduziu todos os filhos dos santos anjos e fez com que descessem à terra,
conduzindo desencaminhadamente a descendência dos homens.
(68) Yekun pode simplesmente significar
"o rebelde" (Knibb, p. 160).
5O nome do segundo
é Kesabel, o qual apontou mau conselho aos filhos dos santos anjos e
conduziu-os a corromperem seus corpos gerando humanos.
6O nome do terceiro
é Gadrel: ele descobriu todo golpe de morte aos filhos dos homens.
7Ele seduziu Eva e
descobriu aos filhos dos homens os instrumentos de morte, o casaco de malha, o
escudo, e a espada para matança; todo instrumento de morte para os filhos dos
homens.
8Estas coisas derivaram de suas mãos para os que
habitam sobre a terra daquele período para
sempre.
9O nome do quarto é
Penemue: ele descobriu aos filhos dos homens o amargor e a doçura, 10E mostrou a eles
todo segredo de sua sabedoria.
12Portanto,
numerosos tem sido aqueles que têm se extraviado em todo período do mundo,
mesmo até este dia.
13Os homens não
nasceram para isto, assim com pena e tinta, para confirmar sua fé;
14Desde então eles
não criaram, exceto que, como os anjos, eles podem permanecer retos e puros. 15Nem poderiam
morrer, o que destrói tudo, tem afetado-os;
16Mas por este seu
conhecimento eles perecem, e por isto também seu poder os consome.
17 O nome do quinto
é Kasyade: ele descobriu aos filhos dos homens todo iníquo golpe de espíritos e
de demônios:
18 O golpe do
embrião no ventre, para diminuí-lo; (69) o golpe do
espírito pela mordida da serpente, e
o golpe que é dado ao meio-dia pelo filho da serpente, cujo nome é
Tabaet. (70)
O golpe…para diminuí-lo. Ou,
"o soco (com ataque, agressão) ao embrião no ventre para que seja
abortado" (Knibb, p. 162).
Tabaet. Literalmente,
"macho" ou "forte" (Knibb, p. 162).
19Este é o número de
Kasbel; a parte principal do juramento que o Altíssimo, habitando em glória,
revelou aos santos.
20Seu nome é Beka.
Ele falou ao santo Miguel para que revelasse a eles o nome sagrado, para que
eles pudessem entender o sagrado nome e assim lembrar do juramento; e para que
aqueles que apontaram toda coisa secreta aos filhos dos homens possam tremer
sob aquele nome e juramento.
21Este é o poder do
juramento; pois poderoso ele é, e forte.
22E estabelecido
este juramento de Akae pela instrumentalidade do santo Miguel. 23Estes são os
segredos deste juramento, e por ele eles foram confirmados.
24Os céus estiveram
em suspenso por ele antes que o mundo fosse feito, para sempre.
25Por ele a terra
foi inundada no dilúvio enquanto das partes escondidas dos montes as águas
agitadas as águas saíram desde a criação até o fim do mundo.
26Por este juramento
o mar foi formado e a sua fundação.
27Durante o período
desta fúria ele estabeleceu a areia contra ele, a qual continua imutável para
sempre, e por este juramento o abismo foi feito forte; e não é removível de sua
estação para sempre e sempre.
28Por este juramento
o sol e a lua completam seu progresso nunca se desviando do comando que lhes
foi dado para sempre e sempre.
29Por este juramento
as estrelas completam seu progresso,
30E quando seus
nomes forem chamados eles retornarão em resposta, para sempre e sempre. 31Então nos céus tomam lugar os sopros dos ventos: todos eles têm respiração (71) e efetuam uma completa combinação de
respirações.
(71) Respiração.
Ou, "espíritos" (Laurence, p. 87).
32Ali os tesouros do
trovão são mantidos e o esplendor do relâmpago.
33Ali são guardados
os tesouros do granizo e da neblina, os tesouros da neve, os tesouros da chuva
e do orvalho.
34Todos estes
confessam e louvam diante do Senhor dos espíritos.
35Eles glorificam
com todo seu poder de súplica; e Ele os sustém em todo aquele ato de agradecimento enquanto eles
louvam, glorificam e exaltam o nome do Senhor dos espíritos para sempre e
sempre.
36E com eles ele
estabelece este juramento, pelo qual eles e seus caminhos são preservados, e
seus progressos não perecem.
37Grande foi sua
alegria.
38Eles abençoaram,
glorificaram, e exaltaram porque o nome do Filho do homem lhes foi revelado. 39 Ele assentou-se
sobre o trono de Sua glória, e a parte principal do julgamento foi designada e
Ele, o Filho do homem. Os pecadores perecerão e desaparecerão da face da terra,
enquanto aqueles que os seduziram serão amarrados com correntes para sempre.
40De acordo com seus
graus de corrupção eles serão aprisionados, e todas as suas obras desaparecerão
da face da terra; desde então ali não haverá ninguém para corromper, pois o
Filho do homem foi visto assentado sobre Seu trono de glória.
41Toda iniqüidade
desaparecerá e se apartará de diante de Sua face; a palavra do Filho do homem
se tornará poderosa na presença do Senhor dos espíritos.
42Esta
é a terceira parábola de Enoque.
Capítulo 69
1Depois disto o
nome do Filho do homem, vivendo com o Senhor dos espíritos, foi exaltado pelos
habitantes da terra.
2Ele foi exaltado
nas carruagens do Espírito e o seu nome estava no meio deles.
3Desde aquele tempo
eu não fui arrancado do meio deles; mas Ele assentou-se entre dois espíritos,
entre o norte e o oeste, onde os anjos receberam seus cordões, para medir o
lugar para os eleitos e os justos.
4Ali
eu vi os pais dos primeiros homens e os santos que habitam naquele lugar para
sempre.
Capítulo 70
1Depois disso meu
espírito foi ocultado, ascendendo aos céus. Eu vi os filhos dos santos anjos
andando em chamas de fogo, cujas vestimentas e mantos eram brancos e cujos
semblantes eram transparentes como cristal.
2Eu vi dois rios de
fogo brilhando como o jacinto.
3Então caí sobre
minha face diante do Senhor dos espíritos.
4E Miguel, um dos
arcanjos, tomou-me pela mão direita e levantou-me, e trouxe-me para onde estava
todo segredo de misericórdia e retidão.
5Ele me mostrou
todas as coisas ocultas das extremidades do céu, todos os receptáculos das
estrelas e o seu esplendor, desde quando elas saíram de diante da face do
Santo.
6Ele escondeu o
espírito de Enoque no céu dos céus.
7Ali eu vi no meio
daquela luz uma construção levantada com pedras de gelo,
8E no meio destas
pedras vi vibrações de (72) de fogo vivo. Meu espírito viu ao redor o círculo desta
habitação flamejante em uma de suas extremidades; que ali havia rios cheios de fogo vivo, o qual cercava-a.
(72) Vibrações. Literalmente,
"línguas" (Laurence, p. 90).
9Então o Serafim, o
Querubim, e o Ophanin (73) rodearam-na: estes são aqueles que nunca adormecem, mas
vigiam o trono de Sua glória.
(73) Ophanin. As "rodas" Ezequiel
1:15-21 (Charles, p. 162).
10Eu vi inumeráveis
anjos, milhares de milhares, e miríades de miríades, as quais rodeavam aquela
habitação.
11Miguel, Rafael,
Gabriel, Phanuel e os santos anjos que estavam acima nos céus foram e saíram
dele. Miguel, Rafael, e Gabriel saíram daquela habitação, e santos anjos
inumeráveis.
12Estava com eles o Ancião de dias, cuja cabeça era branca como o algodão, e pura, e seu manto era indescritível.
13Então eu caí sobre
minha face enquanto toda minha carne era dissolvida, e meu espírito tornou-se
transformado.
14Eu clamei com alta
voz com um poderoso espírito, abençoando, glorificando, e exaltando.
15E aquelas bênçãos
que procediam da minha boca tornaram-se aceitáveis na presença do Ancião de
dias.
16O Ancião de dias
veio com Miguel e Gabriel, e Rafael e Phanuel, com milhares de milhares, e
miríades de miríades, que não podiam
ser enumerados.
17Então aquele anjo
veio a mim, com sua voz saudou -me, dizendo: Tu és o Filho do homem, (74) o qual é nascido
para retidão, e retidão descansou sobre ti.
(74) Filho do homem.
A tradução original de Laurence muda essa frase "descendência do
homem", Knibb (p. 166) e Charles (p. 185) indicam que deve ser "Filho
do homem" consistente com outras ocorrências daquele termo no livro de
Enoque.
18A retidão do
ancião de dias não te esquecerá.
19Ele disse: Em ti
Ele conferirá paz em nome do mundo existente; por isso a paz tem existido desde
que o mundo foi criado.
21Todos os que
existirão e caminharão em seus caminhos de retidão, não te esquecerão para
sempre. 22Contigo estarão
suas habitações, contigo seu destino; de ti eles não serão separados para
sempre e sempre.
23E assim o
prolongamento dos dias estará com o Filho do homem.(75)
(75) Filho do homem. Literalmente,
"descendência do homem", ou "o Cristo que vem da descendência do
homem”.
24A paz será para os
justos e os retos possuirão o caminho da integridade, em nome do Senhor dos
espíritos, para sempre e sempre.
Capítulo 71
1O livro das
revoluções das luminárias dos céus, de acordo com suas respectivas classes,
seus respectivos poderes, seus respectivos períodos, seus respectivos nomes, os
lugares conde elas começam seu progresso e seus respectivos meses, que Uriel, o
santo anjo que estava comigo, explicou-me; aquele que as administra. Toda a
conta delas de acordo com o exato ano do mundo para sempre, até que um novo
trabalho seja efetuado, o qual será eterno.
2Esta é a primeira
lei das luminárias. O sol e a luz
chegam aos portões que estão ao leste, ao oeste e no oeste dele, nos portões
ocidentais do céu.
3Eu vi os portões
onde o sol sai e os portões onde o sol se põe,
4Em cujos portões
também a lua nasce e se põe; Eu vi os
condutores das estrelas, entre aqueles que precedem-nas; seis portões estão no nascente, e seis no
poente do sol.
5Todos estes,
respectivamente, um depois do outro, estão em nível; e numerosas janelas estão
ao lado direito e ao lado esquerdo destes portões.
6Primeiro avança
aquela grande luminária, a qual é chamada sól, cuja órbita é a órbita do céu,
toda ela está repleta com esplêndido e flamejante fogo.
7Sua carruagem,
onde ela ascende, o vento sopra.
8O sól se põe no
céu e retornando pelo norte, para seguir em direção ao leste, é conduzido assim
enquanto entra por aquele portão e ilumina a face do céu.
9Da mesma maneira
ele sai no primeiro mês pelo grande portão.
10Ele sai através do
quarto daqueles seis portões, que estão ao nascente do sól.
11E no quarto
portão, através do qual o sól com a lua prosseguem, na primeira parte dele, (76) lá existem doze
janelas abertas das quais sai uma chama quando elas estão abertas em seus
próprios períodos.
(76) Através do qual… parte dele. Ou,
"do qual o sol se levanta no primeiro mês" (Knibb, p. 168).
12Quando o sol se
levanta no céu ele sai através deste quarto portão por três dias, e pelo quarto
portão ao oeste do céu no nível em que ele descende.
13Durante aquele
período o dia é prolongado durante o dia, e a noite encurtado durante a noite
por trinta dias. E então o dia é mais longo que a noite por duas partes.
14O dia é
precisamente, dez partes, e a noite é oito.
15O sol sai através
deste quarto portão, se põe nele e volta para o quinto portão durante trinta
dias, depois do quê ele prossegue e se põe nele, o quinto portão.
16 Então o dia se
torna prolongado por uma segunda porção de modo que ele é doze partes, enquanto
a noite se torna encurtada, e é apenas sete partes.
17O sol então retorna para o leste, entrando no
sexto portão, e nasce e se põe no sexto portão trinta e um dias, na contagem de
seus sinais.
18Naquele período o
dia é mais longo que a noite, sendo duas vezes tão longo quanto a noite, e chega a ser de doze partes;
19Mas a noite é
encurtada e se torna em seis partes. Então o sol nasce para que o dia possa ser
encurtado e a noite prolongada.
20E o sol retorna
para o leste entrando pelo sexto portão, onde ele nasce e se põe por trinta
dias. 21Quando aquele
período é completado o dia chega a ser encurtado precisamente uma parte, de
modo que ele é de doze partes, enquanto que a noite é de sete partes.
22Então o sol vai do
oeste, daquele sexto portão, e prossegue em direção ao leste nascendo no quinto
portão por trinta dias e se pondo novamente ao oeste no quinto portão do oeste.
23Naquele período o
dia chega a ser encurtado duas partes, e é de dez partes, enquanto que a noite
é de oito partes.
24Então o sol vai do
quinto portão, enquanto se põe no sexto portão do oeste e nasce no quarto
portão por trinta e um dias, na conta de seus sinais, se pondo a oeste.
25Naquele período o
dia é feito igual à noite e, sendo igual a ela, a noite torna-se a nove partes,
e o dia nove partes.
26Então o sol vai
daquele portão enquanto ele se põe no oeste, e retornando pelo leste prossegue
pelo terceiro portão por trinta dias, se pondo no oeste no terceiro portão.
27 Naquele período a
noite é prolongado desde o dia durante trinta manhãs, e o dia é encurtado desde
o dia durante trinta dias; a noite sendo precisamente de dez partes, e o dia
oito partes
28O sol então sai do
terceiro portão, enquanto ele se põe no terceiro portão no oeste; mas
retornando para o leste. Ele prossegue pelo segundo portão do leste por trinta
dias.
29De igual maneira
ele também se põe no segundo portão na direção oeste do céu. 30Naquele período a
noite é onze partes, e o dia sete partes.
31Então o sol sai
naquele tempo pelo segundo portão, enquanto se põe no segundo portão no oeste,
mas retorna para o leste, prosseguindo
pelo primeiro portão, por trinta e um dias.
32E se pões no oeste
no primeiro portão.
33Naquele período a
noite é novamente prolongada tanto quanto o dia. 34Ela é precisamente
de doze partes, enquanto que o dia é seis partes.
35O sol tem assim completado seus começos, e uma
segunda vez de volta desde estes começos. 36Naquele primeiro portão ele entra por trinta
dias, e se põe no oeste, defronte do céu.
37Naquele período a
noite é contraída em seu comprimento uma quarta parte, que é, uma porção, e se
torna onze partes.
38O dia é de sete
partes.
39Então o sol
retorna, e entra no segundo portão ao leste.
40ele retorna por
estes começos trinta dias, nascendo e se pondo.
41Naquele período, a
noite é encurtado em seu comprimento. Ela se torna dez partes, e o dia oito
partes. Então o sol sai do segundo portão, e se põe a oeste; mas retorna pelo
leste, e nasce no leste, no terceiro portão, trinta e um dias, se pondo no
oeste do céu.
42Naquele período a
noite se torna encurtada, Ela é nove partes. E a noite é igual ao dia. O ano é
precisamente trezentos e sessenta e quatro dias
43Prolongamento do
dia e da noite, e a contração do dia e da noite, são feitos diferentes um do
outro pelo progresso do sol.
44Por meio deste
progresso o dia é diariamente prolongado, e a noite grandemente encurtada. 45Esta é a lei e o
progresso do sol, e suas voltas, quando ele retorna, voltando durante sessenta
dias, (77) e seguindo em
frente. Esta é a grande perpétua luminária, aquela que ele chama o sol para
sempre e sempre.
(77) O que é, ele
está sessenta dias nos mesmos portões. Trinta dias duas vezes cada ano.
(Laurence, p. 97).
46Este também é a
grande luminária, e a qual é chamada segundo seu tipo peculiar, como Deus
ordenou.
47 E assim ele entra
e sai, nem afrouxando nem descansando; mas correndo em sua carruagem de dia e
de noite. Ele brilha com uma sétima porção da luz da lua; (78) mas as dimensões
de ambos são
iguais.
(78) ele brilha
com…da lua. Ou, "Sua luz é sete vezes mais brilhante que a da
lua" (Knibb, p.171). O texto aramaico descreve mais claramente como a luz
da lua aumenta e diminui pela metade de uma sétima parte cada dia. Aqui na
versão etíope, a lua é considerada como duas metades, cada metade sendo
dividida em sete partes. Por isso, “quatorze porções" de 72:9-10 (Knibb,
p. 171)
.
Capítulo 72
1Depois disso eu vi
outra lei fé uma luminária inferior, o nome da qual é a lua, e a órbita da qual
é como a órbita do céu.
2Sua
carruagem, a qual secretamente ascende, o vento sopra; e luz é dada a ela por
medida.
3Cada mês em sua
saída e entrada ela torna-se transformada; e seus períodos são como os períodos
do sol. E quando de igual maneira sua luz é para existir, (79) sua luz é uma
sétima porção da luz do
sol.
(79) E quando de… é para existir. Isto é,
quando a lua está cheia (Knibb, p. 171).
4Assim ela nasce, e
seu começo em direção ao leste sai por trinta dias.
5Naquele tempo ela
aparece, e torna-se para você o começo do mês. Trinta dias ela está com o sol no portão do qual o sol nasce.
6Metade dela está
em prolongamento sete porções, uma metade
; e o total de sua órbita é sem luz, exceto uma sétima porção de quatorze
porções de sua luz. E de dia ela recebe uma sétima porção, ou a metade daquela porção, de sua luz. Sua luz é
por sete, por uma porção, e pela metade de
uma porção. Seus crepúsculos com
o sol.
7E quando o sol nasce,
a lua nasce com ele; e recebe metade de uma porção de luz.
8Nesta noite, quando ela começa seu
período, previamente para o dia do mês, a lua se põe com o sol.
9E naquela noite ela é escura em suas
décimas quartas porções, que é, em cada
metade; mas ela nasce naquele dia com uma sétima porção aproximadamente, e em
seu progresso declina do nascer do sol.
10Durante
o restante de seu período sua luz aumenta em quatorze porções.
Capítulo 73
1Então eu vi outro
progresso e regulações que Ele efetuou na lei da lua. O progresso das luas, e
tudo o que se relaciona com ela,
Uriel mostrou-me, o santo anjo que administra a todos.
2Suas estações eu
escrevi enquanto ele mostrava-os a mim.
3Eu escrevi teus
meses, como eles ocorrem, e a aparência de sua luz, até que ela é completada em
quinze dias.
4Em cada um de seus
dois sétimos de porções ela completa toda sua luz ao nascer e se pôr.
5Em determinados meses ela muda seus crepúsculos; e em determinados
meses ela faz seu progresso através
de cada portão. Em dois portões a lua se põe com o sol. Naqueles
dois portões que estão no meio, no terceiro e no quarto portão. Do terceiro portão ela sai por sete
dias, e faz seu circuito.
6Novamente ela
retorna para o portão do qual o sol nasce, e naquele ela completa toda a sua
luz. Então ela declina do sol, e entra por oito dias no sexto portão, e retorna em sete dias para o terceiro portão, no qual o sol nasce.
7Quando o sol prossegue para o quarto
portão, a lua sai por sete dias, até
ela passar do quinto portão.
8Novamente ela
retorna em sete dias para o quarto portão, e completando toda a sua luz,
declina, e passa pelo primeiro portão em oito dias;
9E retorna em sete
dias para o quarto portão, do qual o sol nasceu.
10Assim eu vi suas
estações, como de acordo com a ordem fixada dos meses o sol nasce e se põe. 11Nesses tempos há
um excesso de trinta dias pertencentes ao sol em cinco anos; todos os dias
pertencentes a cada ano de cinco anos, quando completados, somam trezentos e
sessenta e quatro dias; e ao sol e às estrelas; deles em cada um dos cinco
anos; assim trinta dias pertencem a
eles; 12De modo que a lua
tem trinta dias a menos que o sol e as estrelas.
13A lua traz em
todos os anos exatamente, para que suas estações possam vir nem tão adiante nem
tão para traz um simples dia; mas que os anos possam ser mudados com correta
precisão nos trezentos e sessenta e quatro dias. Em três anos os dias são mil e
noventa e dois; em cinco anos eles são mil oitocentos e vinte; e em oito anos
dois mil novecentos e vinte dias.
14Para a lua só
corresponde em três anos mil e sessenta e dois dias; em cinco anos ela tem
cinqüenta dias menos que o sol, pois
uma adição sendo feita a mil e
sessenta e dois dias, em cinco anos há mil setecentos e setenta dias; e os dias
da lua em oito anos são dois mil oitocentos e trinta e dois dias 15Pois os seus dias
em oito anos são menos que aqueles do sol por oitenta dias, cujos oitenta dias
são sua diminuição em oito anos.
16O ano então se
torna verdadeiramente completo de acordo com a estação da lua, e a estação do
sol; o qual nasce em diferentes
portões; o qual nasce e se pões neles por trinta dias.
Capítulo 74
1Estes são os líderes dos chefes dos milhares, os quais presidem sobre toda criação, e
sobre todas as estrelas; com os
quatro dias que são adicionados e
nunca se separam do lugar a eles determinados, de acordo com o cálculo completo
do ano.
2E estes servem
quatro dias, os quais não são contados no cálculo do ano.
3Com respeito a
eles, os homens erram grandemente, pois estas luminárias verdadeiramente
servem, no lugar de habitação do mundo, um dia
no primeiro portão, um dia no terceiro portão, um dia no quarto portão, e um
dia no sexto portão.
4E a harmonia do
mundo torna-se completo a cada trezentos e sessenta e quatro estados dele. Para
os sinais.
5As estações,
6Os anos,
7E Uriel me mostrou
os dias; o anjo que o Senhor da glória escolheu sobre todas as luminárias.
8Do céu no céu, e
no mundo; para que possa governar na face do céu, e aparecendo sobre a terra,
se tornam
9Condutores dos
dias e noites: o sol, a lua, as estrelas, e todas as luminárias do céu, que
fazem seu circuito com todas as carruagens do céu.
10Então Uriel me
mostrou doze portões abertos para o circuito das carruagens do sol no céu, no
qual os raios do sol batem.
11Deles procede
calor sobre a terra, quando eles são abertos em suas determinadas estações.
Eles são estão para os ventos, e o espírito da neblina, quando em suas estações
eles são abertos; abertos no céu nas suas
extremidades.
12Doze portões eu vi
no céu, nas extremidades da terra, através do qual o sol, a lua e estrelas, e
todas as obras do céu, procedem no seu nascer e no seu crepúsculo.
13Muitas janelas
também são abertas à direita e à esquerda.
14Uma janela numa certa estação se torna extremamente
quente. Assim também estão portões dos quais as estrelas saem quando são
comandadas, e nos quais se põem de acordo com seu número. 15Eu vi igualmente
as carruagens do céu, correndo no mundo acima daqueles portões nos quais se
movimentam as estrelas que jamais declinam. Um deles é maior de todos, que vai
ao redor de todo o mundo.
Capítulo 75
1E nas extremidades
da terra eu vi doze portões abertos para todos os ventos, dos quais eles saem e
sopram sobre a terra.
2Três deles estão
abertos em frente do céu, três no oeste, três no lado direito do céu, e três no
lado esquerdo. Os três primeiros são aqueles que estão virados para o leste,
três estão virados para o norte, tres atrás daqueles que estão sobre a
esquerda, virados para o sul, e três para o oeste.
3De quatro deles saem
ventos de bênção, e de cura; e de oito vêm ventos de punição ou castigo; quando
eles são enviados para destruir a terra, e o céu acima dela, todos os seus
habitantes, e e tudo o que está nas águas, ou na terra seca.
4O primeiro destes
ventos procede do portão oriental, através do primeiro portão ao leste, o qual
se inclina para o sul. Deste portão saem a destruição, a aridez, o calor e a
perdição.
5Do segundo portão,
o do meio, procede a equidade. Dele emanam a chuva, a abundância, a saúde e o
orvalho; e do terceiro portão ao norte, vêm o frio e a seca.
6Depois destes
procedem os ventos do sul através de três principais portões; através do seu
primeiro portão, que inclina-se para o leste, vem um vento quente.
7Mas do portão do
meio vem um agradável odor, orvalho, chuva, saúde e vida. 8Do terceiro
portão, que está ao oeste, vem orvalho, chuva, ruína e destruição.
9Depois desses
estão os ventos do norte, que é chamado mar. Eles vêm dos três portões. O primeiro (80) portão é aquele que está ao leste, inclinando-se
ao sul; deste vem orvalho, chuva, ruína e destruição. Direto do portão do meio
vem chuva, orvalho, vida e saúde. E do terceiro portão, que está ao leste,
inclinando-se ao sul, vem névoa, geada, neve, chuva, orvalho e destruição.
(80) Primeiro. Ou, "sétimo"
(Knibb, p. 178).
10Depois destes, no quarto quadrante estão os ventos do
oeste. Do primeiro portão, inclinando -se ao norte, vem orvalho, chuva, geada,
neve e frio; do portão do meio vem chuva, saúde e bênção;
11E do último
portão, que está ao sul, vem seca, destruição, queima e perdição. 12O informe dos doze portões dos quatro
quadrantes do céu está terminada.
13 Todas as suas
leis, todas as suas imposições de
punição, e a saúde produzida por
eles, eu expliquei a ti, meu filho Matusalém. (81)
(81) Matusalém. Filho de Enoque, Cp. Gen.
5:21.
Capítulo 76
1O primeiro vento é
chamado oriental, porque é o primeiro.
2O segundo é
chamado do sul, porque o Altíssimo desce, e freqüentemente ali desce aquele que é abençoado para sempre.
3O vento ocidental
tem o nome de diminuição, porque ali todas as luminárias do céu estão
diminuídas, e descem.
4O quarto portão,
cujo nome é do norte, é dividido em três partes; uma das quais é para a
habitação do homem; outra parte para mares de águas, com vales, bosques, rios,
lugares sombrios, e neve, e a terceira parte contém o paraíso.
5Sete altas
montanhas eu vi, mais altas do que todas as montanhas da terra, de onde o
congelamento procede; enquanto os dias, estações, e anos passam.
6Sete rios eu vi
sobre a terra, maiores que todos os rios, um dos quais toma seu curso do oeste;
para
um grande mar suas águas fluem.
7Dois vêm do norte
para o mar, suas águas fluem para o Mar da Eritréia, (82) no leste. E com
respeito aos outros quatro, eles tomam seu curso na cavidade do norte, d ois para seu mar, o mar da Eritréia, e
dois são derramados num grande mar, onde também é dito que é um deserto.
(82) O Mar
Vermelho.
8Sete
grandes ilhas eu vi no mar da terra. Sete no grande mar.
Capítulo 77
1Os nomes do sol
são estes: um é Aryares, o outro Tomas.
2A lua tem quatro
nomes. O primeiro é Asonya; o segundo, Ebla; o terceiro, Benase; e o quarto,
Erae.
3Estes são as duas
grandes luminárias, cujas órbitas são como as órbitas do céu; e as dimensões de
ambos são iguais.
4Na órbita do sol
há uma sétima porção de luz, a qual é adicionada àquela que vem da lua. (83) Elas se põem,
entram no portão ocidental, circulam pelo norte, e através do portão oriental
passam pela face do céu.
(83)
Uma sétima porção… da lua. Ou,
"sete partes da luz que são adicionadas e ele mais do que à lua"
(Knibb, p. 182).
5Quando a lua
nasce, ela aparece no céu; e a metade da sétima porção de luz é tudo o que está nela. 6Em quarenta dias toda a sua luz é completada.
7Por três quíntuplos de luz são colocados nela, até que em quinze dias sua luz é completada, de acordo com os sinais do ano; ela tem
três quíntuplos.
8A lua tem a metade
de uma sétima porção.
9Durante sua
diminuição no primeiro dia sua luz decresce uma décima quarta parte; no segundo
dia é diminuída uma décima terceira parte; no terceiro dia uma décima segunda
parte; no quarto dia uma décima primeira parte; no quinto dia uma décima parte;
no sexto dia uma nona parte; no sétimo dia ela decresce uma oitava parte; no
oitavo dia ela decresce uma sétima parte; no nono dia ela decresce uma sexta
parte; no décimo dia ela decresce uma quinta parte; no décimo primeiro dia ela
decresce uma
quarta parte; no décimo segundo dia ela decresce uma terceira parte; no décimo
terceiro dia ela decresce uma segunda parte; no décimo quarto dia ela decresce
a metade de uma sétima parte; e no décimo quinto dia todo o restante da sua luz
é consumido.
10Nos meses
declarados a lua tem vinte e nove dias. 11Ela também tem um
período de vinte e oito dias.
12Uriel igualmente
mostrou-me outro regulamento, quando a luz é derramada nela vinda do sol. 13Todo o tempo em
que a lua está em progresso com a sua luz, que é consumida na presença do sol,
até que sua luz em quatorze dias seja completada no céu.
14E quando é
totalmente extinta, sua luz é consumida no céu; e no primeiro dia ela é chamada
lua nova, pois naquele dia luz é recebida nela.
15Ela torna-se
precisamente completa no dia em que o sol desce no oeste, enquanto a lua sobe à
noite do leste.
16A lua então brilha
toda a noite, até que o sol se levante diante dela; quando a lua desaparece
diante do sol
17De onde a luz vem
para a lua, ali novamente ela decresce, até que toda sua luz sema extinguida, e
os dias da lua passam.
18Então sua órbita
permanece solitária sem luz.
19Durante três meses
ela efetua em trinta dias, a cada mês
seu período; e durante mais três meses ela efetua-o em vinte e nove dias. Estes são os tempos nos quais ela efetua
seu decréscimo em seu primeiro período, e no primeiro portão, nomeadamente, e, cento e setenta e sete
dias.
20E no tempo de seu
andamento durante três meses ela aprece trinta dias cada, e durante mais três
meses ela aparece vinte e nove dias cada.
21À noite ela
aparece a cada vinte dias como a face de um homem, e no dia como o céu;
pois ela não é nada além de sua luz.
Capítulo 78
1E então, meu filho
Matusalém, eu te mostrei tudo; e o relato
de toda ordenança das estrelas do céu está terminado.
2Ele mostrou-me
todo decreto com respeito a elas, o que toma
lugar em todos os tempos e em todas as estações sob cada influência, em
todos os anos, na chegada e sob a regra de cada, durante cada mês e a cada
semana. Ele mostrou-me e também o
decréscimo da lua, que é efetuada no sexto portão; pois naquele sexto portão
sua luz é consumida.
3E lá é o começo do
mês; e seu decréscimo é efetuado no sexto portão em seu período, até cento e
setenta e sete dias são completados; de acordo com o modo do cálculo pelas
semanas, vinte e cinco semanas e dois dias.
4Seus períodos são menos que os do sol, de acordo com
a regra das estrelas, por cinco dias em meio
ano (84) precisamente.
(84) Em meio ano. Literalmente "em um
tempo" (Laurence, p. 110).
5Quando aquela sua
visível situação é completada. Assim é o aparecimento e a semelhança de toda
luminária, que Uriel, o grande anjo que as conduz, mostrou-me.
Capítulo 79
1Naqueles dias
Uriel respondeu-me e disse: Eu mostrei-te todas as coisas, oh Enoque;
2E todas as coisas
eu te revelei. Você viu o sol, a lua, e aqueles que conduzem as estrelas do
céu, que ocasionam todas as suas operações, estações, e chegadas para retorno.
3Nos dias dos
pecadores os anos serão encurtados.
4Sua semente será
retroagida em seu prolífico solo; e tudo o que é feito na terra será
subvertido, e desaparecem em suas estações. A chuva será restringida, e o céu
ainda permanecerá.
5Naqueles dias os
frutos da terra serão tardios, e não florescerão na sua estação; e em sua
estação os frutos das árvores serão retidos.
6A lua mudará suas
leis, e não será vista em seu período. Mas naqueles dias o céu será vista; e
esterilidade tomará lugar nas fronteiras das grandes carruagens no oeste. O céu brilhará mais do
que quando iluminado por ordem da luz;
enquanto muitos chefes entre as estrelas de autoridade errarão, pervertendo
seus caminhos e obras.
7Elas não
aparecerão na sua estação, que lhes foi ordenada, e todas as classes de
estrelas serão fechadas contra os pecadores.
8Os pensamentos
daqueles que habitam na terra transgredirão dentro deles; e eles se perverterão
em todos so seus caminhos.
9Eles transgredirão,
e considerarão a si mesmos (85) deuses; enquanto
que o mal se multiplicará entre eles.
(85) A si mesmos. Ou, "eles” i.e., os
chefes entre as estrelas (vs. 6) (Knibb, p. 186).
10E
castigo virá sobre eles, para que todos eles sejam destruídos.
Capítulo 80
1ele disse: Oh,
Enoque, olha no livro que o céu tem gradualmente derramado; (86) e, lendo o que
está escrito nele, entenda toda parte dele.
(86) O livro que… derramado. Ou, "o
livro das tábuas do céu" (Knibb, p. 186).
2Então eu olhei em
tudo o que está escrito, e entendi tudo, lendo o livro e todas as coisas
escritas nele, e entendi tudo, todas as obras do homem;
3E de todos os
filhos da carne sobre a terra, durante as gerações do mundo.
4Imediatamente
depois eu vi o Senhor, o Rei da glória, o qual tem assim para sempre o
Governante de toda a criação.
5E eu glorifiquei o
Senhor, por conta de sua longanimidade e bênçãos para com os filhos do mundo. 6Naquele tempo eu
disse: Abençoado é o homem que morre justo e bom, contra quem nenhuma relação de
crime foi escrito, e em quem iniqüidade não é encontrada.
7Então aqueles três
santos fizeram com que eu me aproximasse, e colocaram-me na terra, diante da
porta da minha casa.
8E eles
disseram-me: Explica tudo a Matusalém, teu filho; e informa a todos os teus
filhos, que nenhuma carne será justificada diante do Senhor; pois Ele é seu
Criador.
9Durante um ano nós
te deixaremos com teus filhos, até que tenhas novamente retomado suas forças,
para que possas instruir tua família, escreve estas coisas e explica-as aos
teus filhos. Mas em outro ano tu serás tomado do meio deles; e seus corações
serão fortalecidos; pois os eleitos apontará a retidão para outros eleitos; os
justos com os justos se regozijarão, congratulando-se uns com os outros, mas os
pecadores com os pecadores morrerão,
10E os pervertidos
com os pervertidos serão afogados.
11Aqueles que também
agiram retamente morrerão por conta das obras dos homens, e serão reunidos por
causa das obras dos iníquos.
12Naqueles dias eles
terminaram de conversar comigo.
13E
eu retornei para meus companheiros, abençoando o Senhor dos mundos.
Capítulo 81
1Agora, meu filho
Matusalém, todas estas coisas eu te falei, e te escrevi. A você eu revelei
tudo, e te dei os livros de tudo.
2Preserve, meu
filho Matusalém, os livros escritos por teu pai; para que possas revelá-los às
futuras gerações.
3Eu tenho dado a ti
sabedoria, aos teus filhos e à tua posteridade, para que eles possam revelar
aos seus filhos, por gerações para sempre, esta sabedoria em suas palavras; e
para que aqueles que compreendem não duraram, mas ouçam com seus ouvidos; para
que eles possam aprender sabedoria, e sejam considerados dignos de comer esta
saudável comida.
4Abençoados são
todos os justos, abençoados são todos os que andam em retidão, nos quais crime
não é encontrado, como nos pecadores,
quando todos os seus dias são contados.
5Com respeito ao
progresso do sol no céu, ele entra e sai de cada
portão por trinta dias, com os líderes de milhares de estrelas; com quatro que
são adicionadas, e aparecem nos quatro quartos do ano, os quais conduzem-nos, e
acompanham-nos em seus quatro períodos.
6Com respeito a
eles, os homens erram grandemente, e não calculam-nos nos cálculos de cada era;
pois eles grandemente erram com respeito a eles; os homens conhecem
acuradamente o que eles são no cálculo do ano. Mas certamente eles são marcados
a menos para sempre; um no primeiro portão, um no terceiro, um no quarto, e um
no sexto:
7Para que o ano
esteja completo em trezentos e sessenta e quatro dias.
8Verdadeiramente tem sido declarado,
e acuradamente tem sido calculado o que está marcado; pois as luminárias, os
meses, os períodos fixados, os anos, e os dias, Uriel explicou a mim, e
comunicou a mim; a quem o Senhor de toda criação, por consideração de mim,
ordenou, (de acordo com o poder do céu, e o poder que ele possui tanto de dia
quanto de noite) pra explicar as leis da
luz ao homem, do sol, da lua, e das estrelas, e de todo o poder do céu, que
está voltado em suas respectivas órbitas.
9Esta é a ordenança
das estrelas, que se põem em seus lugares, em suas estações, em seus períodos,
em seus dias, e em seus meses.
10Estes são os nomes
daqueles que as conduzem, que vigiam e entram em suas estações de acordo com
suas ordenanças e seus períodos, em seus meses, nos tempos de sua influência, e em suas estações.
11Quatro condutores
deles entram primeiro, os quais separam os quatro quartos do ano. Depois
destes, doze condutores de suas classes, que separam os meses e o ano em
trezentos e sessenta e quatro dias ,
com os líderes de mil, os quais distinguem entre os dias, tanto quanto entre os
quatro adicionais; os quais, como condutores, dividem os quatro quartos do ano.
12Estes líderes de
mil estão no meio dos condutores, e aos condutores são adicionados atrás de sua
estação, e seus condutores fazem a separação. Estes são os nomes dos
condutores, os quais separam os quatro quartos do ano, os quais são escolhidos sobre eles: Melkel, Helammelak,
13Meliyal, and
Narel.
14E os nomes dos que
conduzem-nos são Adnarel, Jyasusal, e Jyelumeal.
15Estes são os três
que seguem os condutores das classes de
estrelas; cada um seguindo os três condutores de classes, os quais seguem
aqueles condutores das estações, que dividem os quatro quartos do ano.
16Na primeira parte
do ano levanta-se e governa Melkyas, que é chamado Tamani, e Zahay. (87)
(87) Tamani, e Zahay. Ou, "o sol do
sul" (Knibb, p. 190).
17Todos os dias de
sua influência, durante os quais ele
governa, são noventa e um dias.
18E estes são os
sinais dos dias que são vistos sobre a terra. Nos dias de sua influência há
transpiração, calor e dificuldade. Todas as árvores se tornam frutíferas; as
folhas de cada árvore aparecem; o milho é colhido; a rosa e todas as espécies
de flores florescem no campo; e as árvores do inverno são secadas.
19Estes são os nomes
dos condutores que estão sob eles: Barkel, Zelsabel; e outro condutor adicional
de mil é chamado Heloyalef, os dias de cuja influência tem sido completados. O
outro condutor depois deles é Helemmelek, cujo nome eles chamam o esplêndido
Zahay. (88)
(88) Zahay. Ou, "sol" (Knibb, p.
191).
20Todos os dias de
sua luz são noventa e um dias.
21Estes são os
sinais dos dias sobre a terra, calor e seca; enquanto as árvores dão seus
frutos, aquecidas e preparadas, e dão seus frutos para seca.
22Os rebanhos seguem
e criam (89) Todos os frutos
da terra são colhidos, com tudo nos campos, e as vinhas são pisadas. Isto
acontece durante o tempo de sua influência.
(89) Seguem e criam. Acasalam e dão filhos.
23Estes são seus
nomes e ordens, e os nomes dos
condutores que estão sob eles, dos que são chefes de mil: Gedaeyal, Keel, Heel.
24E o nome do líder
adicional de mil é Asphael. 25Os dias de sua
influência foi completado.
Capítulo 82
1E agora e te
mostrei, meu filho Matusalém, toda visão que eu vi antes de você nascer. Eu
relatarei outra visão, que eu vi antes que eu fosse casado; elas assemelham-se
uma à outra.
2A primeira foi quando eu estava aprendendo de um livro; e a
outra eu estava casado com tua mãe. Eu vi uma potente visão;
3E por conta destas
coisas eu supliquei ao Senhor.
4 Eu estava deitado
na casa de meu avô Malalel, quando eu
vi numa visão o céu se purificando, e sendo arrebatado. (90)
(90) Purificando, e sendo arrebatado. Ou,
"estava sendo arremessado e removido" (Knibb, p. 192).
5E caindo na terra,
(91) eu vi igualmente
a terra sendo absorvida por um grande abismo; e montanhas suspendidas sobre
montanhas.
(91) e caindo na terra. Ou, "e quando
ele caiu sobre a terra" (Knibb, p. 192).
6Montanhas foram
afundadas sobre colinas,árvores imponentes planaram sobre seus troncos, e
estavam no ato de serem projetadas, e de serem arremessadas para o abismo.
7Estando alarmado por estas coisas, minha voz hesitou. (92) Eu clamei e disse: A terra é destruída. Então meu avô Malalel levantou e disse-me: Por que clamas, meu
filho? E por que lamentas?
(92) Minha voz hesitou. Literalmente "a
palavra caiu de minha boca" (Laurence, p. 118).
8Eu relatei a ele
toda a visão que eu havia visto. Ele disse-me: Confirmado está o que tu tem
visto, meu filho;
9E potente a visão
do teu sonho com respeito a todo pecado secreto da terra. Sua substância será
submersa no abismo, e grande destruição acontecerá.
10Agora, meu filho,
levanta; e suplica ao Senhor da glória (pois tu és fiel), para que um
remanescente possa ser deixado sobre a terra, e que ele possa não destruí-lo
totalmente. Meu filho, toda esta calamidade
sobre a terra descerá do céu; sobre a terra haverá grande destruição.
11Então eu levantei,
orei, e implorei; e escrevi minha oração para as gerações do mundo, explicando
tudo ao meu filho Matusalém.
12Quando eu desci
abaixo, e olhando para o céu, vi o sol vindo do leste, a lua descendo do oeste,
e algumas estrelas espalhadas, e tudo
o que Deus tem conhecido desde o princípio, eu abençoei o Senhor do julgamento,
e magnifiquei-o: porque ele tem enviado o sol dos aposentos (93) do leste; para
que, ascendendo e levantando na face do céu, possa crescer e seguir o caminho
que foi apontado para ele.
(93) Aposentos.. Literalmente,
"janelas" (Laurence, p. 119).
Capítulo 83
1Eu elevei minhas
mãos em retidão, e abençoei o santo, e o Grande. Eu falei com o sopro da minha
boca, e com a língua da carne, que Deus havia formado para todos os filhos dos
homens mortais, para que eles possam falar; dando-lhes fôlego, boca, e língua
para conversar.
2Abençoado és tu, Ó
Senhor, o Rei, grande e poderoso em sua grandeza, Senhor de toda criatura do
céu, Rei dos reis, Deus de todo o mundo, cujo reinado, e cujo reino e majestade
duram para sempre e sempre.
3 De geração a geração
teu domínio existirá. Todos os céus
são teu trono para sempre, e toda a terra o escabelo de teus pés para sempre e
sempre.
4Pois tu os fez, e
sobre todos reinas. Nenhum ato excede teu poder. Com tua sabedoria és imutável,
nem do teu trono, nem de tua presença ela nunca se desvia. Tu sabes todas as
coisas, vês e ouve-as; nada se esconde de ti; pois tu percebes todas as coisas.
5Os anjos de teus
céus transgrediram, e em carne mortal tua ira permanece, até o dia do grande
julgamento,
6Então, Ó Deus, Senhor
e poderoso Rei, eu imploro-te, e suplico-te que respondas minha oração, para
que uma posteridade me possa ser deixada na terra, e que toda a raça humana não
pereça; 7Para que a terra
não seja deixada destituída, e destruição tome lugar para sempre.
8Ó meu Senhor, que
pereça da terra a raça que tem te ofendido, mas que uma justa e reta raça
estabeleças por uma posteridade (94) para sempre. Não
escondas tua face, ó Senhor, da oração do teu servo.
(94) Por uma posteridade. Literalmente
"para a planta de uma semente" (Laurence, p. 121).
Capítulo 84
1Depois disto eu vi
outro sonho, e expliquei-o todo a ti, meu filho. Enoque levantou e disse a seu
filho Matusalém: A ti, meu filho, eu falarei. Ouvi minha palavra, e inclina teu
ouvido ao sonho
visionário de teu
pai. Antes que eu tivesse casado com Edna, tua mãe, eu vi uma visão em minha
cama; (95)
(95) Esta segunda visão de enoque parece representar em
linguagem simbólica a história completa do mundo desde o tempo de Adão até o
julgamento final e o estabelecimento do Reinado Messiânico. (Charles, p. 227).
2E vi, uma vaca
crescer da terra;
3E esta vaca era
branca.
4Depois disso uma
novilha fêmea cresceu; e com ela outro bezerro: (96) Um deles era
negro, e outro era vermelho. (97)
Outro
bezerro. O senso parece requerer que a
passagem deve ser lida: "dois outros bezerros" (Laurence, p. 121).
Caim e Abel.
5O bezerro negro
então golpeou o vermelho, e o perseguiu sobre a terra.
6Daquele tempo em
diante eu não pude ver nada mais a respeito do bezerro vermelho; mas o negro
aumentou de tamanho, e uma novilha fêmea veio com ele.
7Depois disto eu vi
muitas vacas procederam, reunindo-se a ele, e seguindo após ele.
8A primeira jovem
fêmea também saiu da presença da primeira vaca; e procurou o bezerro vermelho,
mas não o encontrou.
9E ela lamentou com
grande lamentação, enquanto ela procurava por ele.
10Então eu olhei até
que aquela primeira vaca veio até
ela, e desse tempo em diante, ela se tornou silente, e cessou de lamentar.
11Depois disso ela
pariu outra vaca branca.
12E novamente pariu
muitas vacas e bezerros negros.
13Em meu sonho eu
também percebi um touro branco, o qual de igual maneira cresceu, e se tornou um
enorme animal.
14Depois dele muitas
vacas brancas vieram, se juntando a ele.
15E eles começaram a
parir muitas outras vacas brancas,
que se assemelharam a eles e seguiram umas às outras.
Capítulo
85
1Novamente eu olhei
atentamente, enquanto dormindo, e examinei o céu acima. 2E vi uma estrela
cair do céu.
3A qual estando
levantada, comeu e fugiu de entre aquelas vacas.
4Depois disso eu vi
outras grandes e vacas negras; e vi
todas elas mudarem suas baias e pastagens, e vi seus jovens começam a lamentar
um com o outro. Novamente eu vi em minha visão, e examinei o céu; então vi
muitas estrelas descendo, e projetando-se do céu para onde a primeira estrela
estava, 5No meio destes
jovens; enquanto as vacas estavam com eles, alimentando-se no meio deles.
6Eu olhei e
observei-os; quando olhei, eles todos agiram segundo a maneira dos cavalos, e
começaram a se aproximar das vacas novas, e todas elas ficaram prenhes, e
geraram elefantes, camelos e asnos
7Nisto todas as
vacas ficaram alarmadas e apavoradas; quando elas começaram morder com seis
dentes, tragando e golpeando com seus chifres.
8Elas começaram
também a devorar as vacas; e vi todos os filhos da terra tremerem, chocados com
o terror deles, e de repente fugiram.
Capítulo
86
1Novamente eu
percebi-os, quando eles começaram a morder e devorar um ao outro; e a terra
clamou. Então eu levantei meus olhos uma segunda vez em direção ao céu, e vi
numa visão que, eis que vieram do céu como se fosse a semelhança de homens
brancos. Um veio, e três com ele.
2Aqueles três, que
vieram por último, pegaram-me pela minha mão; e ergueram-me das gerações da
terra, elevaram-me a uma alta estação.
3Então eles mostraram-me uma elevada torre na terra, enquanto
todo monte tornou-se diminuído. E eles disseram: Permanece aqui, até que
perceba o que virá sobre esses elefantes, camelos, e asnos, sobre as estrelas,
e sobre as vacas.
Capítulo
87
1Então eu olhei
para um dos quatro homens brancos,
que veio primeiro. 2Ele segurou a primeira estrela que caiu do céu.
3E amarrando-a,
mãos e pés, lançou-a a um vale; um vale estreito, profundo, estupendo, e
escuro. 4Então um deles
puxou sua espada, e deu-a aos elefantes, camelos, e asnos, que começaram a
morder um ao outro. E toda a terra tremeu por causa deles.
5E enquanto eu via
a visão, eis, um daqueles quatro anjos que vieram, lançado do céu, reuniu e
tocou todas as grandes estrelas, cuja forma assemelha-se parcialmente à dos
cavalos; e amarrando-os todos, mãos e pés, lançou-as nas cavidades da terra.
Capítulo
88
1Então um daqueles
quatro foi para as vacas brancas, e ensinou a elas um mistério. Enquanto as
vacas
estavam tremendo, ele nasceu e tornou-se um homem, (98) e fabricou para
si um grande barco. Nele ele habitou, e três vacas (99) habitaram com ele
naquele barco, que cobriu-os.
Noé.
Sem, Cam, e Jafé.
2Novamente eu
elevei meus olhos para o céu, e vi um oponente telhado. Acima dele havia sete
cataratas, que derramavam numa certa vila muita água.
3Novamente eu
olhei, e vi que haviam fontes abertas na terra naquela grande vila.
4A água começou a
ferver, e elevar-se sobre a terra; de modo que a vila não foi vista, enquanto
todo o solo foi coberto com água.
5Muita água saiu
dela, escuridão, e nuvens. Então eu examine a altura desta água, e ela estava
elevada acima da vila.
6Ela fluiu sobre a
vila, e ficou mais alta do que a terra.
7Então todas as
vacas que estavam juntas lá, enquanto eu olhava para elas, foram submersas,
tragadas, e destruídas na água.
8Mas o barco
flutuou sobre ela. Todas as vacas, os elefantes, os camelos, e os anos foram
afogados na terra, e todo gado. Eu não pude vê-los. Nem eles foram capazes de
fugir, mas pereceram, e afundaram no abismo.
9Novamente eu vi
numa missão até aquelas cataratas foram removidas daquele elevado telhado, e as
fontes da terra se tornaram equalizadas, enquanto outros abismos foram abertos;
10Para os quais as
águas começaram a descer, até a terra seca aparecer. 11O barco permaneceu
na terra; a escuridão retrocedeu; e se tornou em luz.
12Então a vaca
branca, que se tornou num homem, saiu do barco, e três vacas com ele.
13Uma das três vacas
era branca, assemelhando-se àquela vaca, uma delas era vermelha como sangue; e
uma delas era negra. E a vaca branca deixou-as.
14Então feras
selvagens e pássaros começaram a surgir.
15De todos esses
tipos diferentes reuniram-se, leões, tigres, lobos, cães, javalis selvagens,
raposas, coelhos e porcos.
16Corujas, corvos e
milhafres.
17Então a vaca
branca (100) nasceu no meio
deles.
(100) Abraão.
18E eles começaram a
morder um ao outro, enquanto a vaca branca, que havia nascido no meio
deles,
trouxe um asno selvagem e uma vaca branca ao mesmo tempo e depois daquele muitos asnos selvagens. Então a vaca branca, (101) a qual nasceu,
deu uma porca negra selvagem e um cordeiro branco. (102)
Isaque.
Esau e Jacó.
19Aquela
porca selvagem também deu muitos suínos.
(103) Os doze patriarcas.
21Quando aqueles
doze cordeiros cresceram, eles entregaram um deles (104) aos asnos. (105)
José.
Os Midianitas.
22Novamente aqueles
asnos entregaram aquele cordeiro aos lobos, (106)
(106) Os egípcios.
23E ele cresceu no
meio deles.
24Então o Senhor
trouxe as outras doze ovelhas, para que pudessem habitar e alimentar-se com ele
no meio dos lobos.
25Eles
multiplicaram-se, e houve abundância de pastos para eles.
26Mas os lobos
começaram a ficar amedrontados e oprimiram-nos enquanto eles destruíam seus
jovens.
27E eles deixaram
seu jovem em torrentes de água profunda.
28Então as ovelhas
começara, a clamar por causa de seus filhos, e fugiram para refugiar o seu
Senhor. Um, (107), entretanto, que
foi salvo, escapou e foi para os asnos selvagens.
(107) Moisés.
29Eu vi a ovelha
gemendo, chorando, e implorando ao seu Senhor.
30Com todo o seu
poder, até que o Senhor das ovelhas desceu à sua voz da sua elevada habitação;
foi a eles; e examinou-as.
31Ele chamou aquela
ovelha que foi secretamente furtado dos lobos, e disse-lhe para fazer os lobos
entenderem que
eles não deviam tocar as ovelhas.
32Então aquela
ovelha foi aos lobos com a palavra do Senhor, quando outro o encontrou, (108) e continuou com
ele.
(108) Aarão.
33Ambos entraram
junto na habitação dos lobos; e conversando com eles fizeram-nos entender, que
daí em diante eles não deviam tocar nas ovelhas.
34Depois disso eu
percebi os lobos prevalecendo grandemente sobre as ovelhas com toda a sua
força. O rebanho clamou; e seu Senhor veio até eles.
35Ele começou a
ferir os lobos, que começaram uma grave lamentação; mas as ovelhas ficaram
silentes, nem daquele tempo elas clamaram.
36Então eu olhei
para elas, até elas apartarem-se dos lobos. Os olhos dos lobos estavam cegos,
os quais saíram e seguiram-nas com todo o seu poder. Mas o Senhor das ovelhas
continuou com elas, e as conduziu.
37Todo o seu rebanho
o seguiu.
38Seu semblante
ficou terrível e esplêndido, e glorioso era seu aspecto. Então os lobos
começaram a seguir as ovelhas, até que eles alcançaram-nas num certo lago de
água. (109)
(109) O Mar Vermelho.
39Então aquele lago
ficou dividido; a água erguendo-se em ambos os lados diante de sua face. 40E enquanto seu
Senhor estava conduzindo-as, ele colocou-se entre elas e os lobos.
41Os lobos,
entretanto não perceberam as ovelhas, mas foram no meio do lago, seguindo-as, e
correndo atrás delas no lago de água.
42Mas quando eles
viram o Senhor das ovelhas, eles voltaram para fugir de diante de sua face. 43 Então a água do
lago retornou, e repentinamente, de acordo com sua natureza. Ela se tornou
cheia, e levantou -se, até que cobriu os lobos. E eu vi que todos eles que
haviam seguido as ovelhas pereceram e foram afogados.
44Mas as ovelhas
passaram sobre esta água, continuando para o deserto, que estava sem água e
grama. E eles começaram a abrir seus olhos e a ver.
45Então eu vi o
Senhor das ovelhas examinando -as, e dando-lhes água e grama. 46As ovelhas já mencionadas continuavam com elas, e conduzindo-as.
47E quando ele tinha
subido ao topo de uma alta rocha, o Senhor das ovelhas enviou-o a elas. 48Depois disso eu vi
seu Senhor colocado diante delas, com um aspecto terrível e severo. 49E quando elas
viram-no, elas ficaram amedrontadas com seu semblante.
50Todas elas ficaram
alarmadas, e tremeram. Elas clamaram para aquela ovelha; e para aquela outra
ovelha que estava com ele, e o qual estava no meio delas, dizendo: Nós somos capazes de permanecer diante do nosso Senhor, ou
de olhar para ele.
51Então aquela
ovelha que os conduziu saiu, e subiu ao topo da rocha;
52Enquanto as
ovelhas que restaram começaram a
ficar cegas, e a vagar pelo caminho que ele lhes havia mostrado; mas ele não o
soube.
53Seu Senhor,
entretanto, estava movido de grande indignação contra eles; e quando aquela
ovelha soube o qua havia acontecido,
54Ele desceu do topo
da rocha, e veio a eles, descobriu que havia muitos, 55Que se tornaram
cegos;
56E tinham desviado de seu caminho.
Tão logo elas viram-no, temeram, e tremeram na sua presença;
57E
ficaram desejosos de retornar ao seu rebanho,
58Então aquela
ovelha, tomando consigo outra ovelha, foi àqueles que tinham se perdido.
59E depois disso
começou a matá-los. Eles ficaram aflitos ao seu semblante. Então ele fez com
que aqueles que tinham se desviado retornassem; os quais voltaram para seu
rebanho.
60Eu igualmente vi
naquela visão, que esta ovelha se tornou num homem, construiu uma casa (110) para o Senhor do
rebanho, e fez todos eles ficarem na casa.
(110) Uma casa. Um tabernáculo (Milik, p.
205).
61Eu vi também que
aquela ovelha que procedeu a encontrar esta ovelha, seu condutor, morreu. Eu
vi
também que toda grande ovelha pereceu, enquanto que as menores subiram eu seu
lugar, entraram num pasto, e aproximaram-se de um rio de água. (111)
(111) O rio
Jordão.
62Então aquela
ovelha, seu condutor, que se tornou num homem, foi separado delas, e morreu. 63Todo o rebanho
procurou por ele, e clamou por ele com amarga lamentação.
64Eu vi também que
eles cessaram de clamar por aquela ovelha e passaram sobre o rio de água.
65E que lá se
levantou outra ovelha, todas de quem as conduziu, (112) em vez daqueles
que foram mortos, os quais tinham previamente
conduzido-as.
(112) Os juízes de
Israel.
66Então eu vi que
aquela ovelha entrou a um agradável lugar, e um deleitável e glorioso território.
67Eu vi também que
eles ficaram satisfeitos; que sua casa estava no meio daquele deleitável
território; e que
algumas vezes seus olhos estavam abertos, e que algumas vezes eles ficavam
cegos; até que outra ovelha (113) levantou-se e
conduziu-as. Ele trouxe-os todos de volta; e seus olhos foram
abertos.
(113) Samuel.
68Então cães, lobos,
e javalis selvagens devoraram-nos, até, até novamente
outra ovelha (114) levantar, o
mestre do rebanho; um deles mesmos, um carneiro, para conduzi-los. Este carneiro
começou a chifrar em todo lado aqueles cães, lobos, javalis selvagens, até que
todos eles pereceram.
(114) Saul.
Seus olhos, e vi o carneiro no meio
deles, os quais tinham deixaram de lado sua glória.
70E ele começou a
ferir o rebanho, pisando sobre eles, e comportando-se sem dignidade.
71Então seu Senhor
enviou a antiga ovelha novamente para uma still diferente
ovelha, (115) e levantou -o
para ser um carneiro, e para conduzi-las no lugar daquela ovelha que tinha
deixado de lado sua glória.
(115) David.
72Indo então a ele,
e conversando com ele só, ele levantou o carneiro, e fez dele um príncipe e
líder do rebanho. Todo o tempo aqueles cães (116) aborreceram a
ovelha,
(116) Os
Filisteus.
73O primeiro
carneiro pagou respeito a este último carneiro.
74Então o último
carneiro levantou e fugiu de diante de sua face. E eu vi que aqueles cães
fizeram o primeiro carneiro cair.
75Mas o último
carneiro levantou, e conduziu o carneiro menor.
76Aquele carneiro
também gerou muitas ovelhas, e morreu.
77Então houve uma
ovelha menor, (117) um carneiro, no lugar dele, que tornou-se um príncipe e
líder, conduzindo o rebanho.
78E a ovelha
aumentou de tamanho, e multiplicou.
79E todos os cães,
lobos, e javalis selvagens temeram, e fugiram dele.
80Aquele carneiro
também golpeou e matou todas as bestas feras, de modo que eles não pudessem
novamente prevalecer no meio das ovelhas, nem em nenhum tempo arrebate-as.
81E aquela casa foi
feita grande e larga; uma imponente torre sendo construída sobre ela pelas
ovelhas, para o Senhor das ovelhas.
82A casa era baixa,
mas a torre era elevada e muito alta.
83Então o Senhor das
ovelhas colocou-se sobre a torre, e causou uma mesa cheia aproximar-se diante
dele.
84Novamente eu vi
que aquela ovelha perdeu-se, e foi para vários caminhos, esquecendo-se daquela
sua casa;
85E que seu Senhor
chamou alguns entre eles, os quais ele enviou-as (118) a eles.
(118) Os profetas.
86Mas a estes as
ovelhas começaram a matar. E quando um deles foi salvo da matança (119) ele saltou, e
clamou contra aqueles que estavam desejosos de matá-los.
(119) Elias.
87Mas o Senhor das
ovelhas livrou-o das suas mãos, e o fez subir a ele, e permanecer com ele. 88Ele enviou muitos
outros a elas, para testificar, e com lamentações para clamar contra eles. 89Novamente eu vi,
quando alguns deles esqueceram a casa do seu Senhor, e sua torre, vagando em
todos os lugares, e crescendo cegos,
90Eu vi que o Senhor
das ovelhas fez uma grande matança entre eles em suas pastagens, até que eles
clamaram
a ele em conseqüência da matança. Então ele apartou-as do lugar de sua habitação, e os deixou no poder
dos leões, tigres, lobos, e das zeebt, (120) e ao poder das
raposas, e de todo animal.
(120) Zeebt. Hiena. (Knibb, p. 209).
91E os animais
selvagens começaram a despedaçá-los.
92Eu vi, também, que
eles esqueceram a casa de seus pais, e sua torre, dando-os todos ao poder dos
leões para despedaçá-los e devorá-los; até ao poder de todo animal.
93Então eu comecei a
clamar com todo meu poder, implorando ao Senhor das ovelhas, e mostrando-lhe
como as ovelhas eram devoradas por todos os animais de rapina.
94 Mas ele olhou em
silêncio, regozijando-se de que elas fossem devoradas, engolidas, e carregadas;
e deixando-as ao poder de todo animal por comida. Ele chamou também setenta
pastores, e designou-os ao cuidado das
ovelhas, para que eles possam cuidar delas;
95Dizendo a eles e
aos seus associados: Todos vós, de agora em diante todos vós cuideis das
ovelhas, e a todos eu ordeno; fazei; e eu os entrego para as enumerarem.
96Eu vos direi qual
delas serão mortas; a estas destruís. E ele entregou as ovelhas a eles.
97Então ele chamou a
outro, e disse: Entende, e cuida de tudo o que os pastores farão a estas
ovelhas; pois muitas delas perecerão depois que eu ordenei.
98De todo excesso e
matança, que os pastores cometerão, haverá
uma conta; como, quantas pereceram pelo meu comando, e quantos eles destruíram
por sua própria cabeça.
99De toda destruição
trazida por cada um dos pastores
haverá uma contagem; e de acordo com o número eu farei com que um recital seja
feito diante de mim, quantas eles destruíram por suas próprias cabeças, e
quantas eles entregaram à destruição, para que eu possa ter esse testemunho
contra eles; para que eu possa saber todos os seus procedimentos; e que,
entregando as ovelhas a eles, eu
possa ver o que eles farão; se eles agirão como eu lhes ordenei, ou não.
100Disto, portanto, eles serão ignorantes; nem farás qualquer
explanação a eles, nem os reprovarás; mas
haverá uma contagem de toda destruição feita
por eles em suas respectivas estações. Então eles começarão a matar, e a
destruir mais do que lhes for ordenado.
101E eles deixaram as
ovelhas sob o poder dos leões, assim que muitos deles foram devorados e
engolidos pelos leões e tigres; e javalis selvagens caíram sobre eles para
depredá-los. Aquela torre eles queimaram, e derrubaram aquela casa.
102Então eu me afligi
extremamente por causa da torre, e porque a casa das ovelhas foi derrubada. 103Nem fui, depois
disso, capaz de perceber se eles entraram novamente
naquela casa.
104 Os pastores
igualmente, e seus associados, entregaram-nos a todos os animais selvagens,
para que os devorassem. Cada um deles em sua estação, de acordo com seu número,
foi entregue; cada um deles, um com o outro, foram descritos num livro, como
muitos deles, um com o outro, foram destruídos, num livro.
105Mais, porém, do
que foi ordenado, cada pastor matou e destruiu.
106Então eu comecei a
chorar, e fiquei grandemente indignado, por causa dos pastores.
107De igual maneira,
também vi na visão aquele que escreveu, como ele escreveu um, destruído pelos
pastores, todo dia. Ele subiu, permaneceu, e exibiu cada um de seus livros para
o Senhor das ovelhas, contendo tudo o que eles haviam feito, e tudo o que cada
um deles tinha feito;
108E todos os que
eles haviam entregue à destruição.
109Ele tomou o livro
em suas mãos, rei-o, selou-o, e depositou-o.
110Depois disso, por
doze horas, os pastores negligenciaram as ordens do senhor.
111E eis que três das
ovelhas (121) separadas,
chegaram, entraram; e começaram construindo tudo o que estava caído daquela
casa.
(121) Zorobabel,
Josué e Neemias.
112Mas os javalis
selvagens (122) estorvaram-nos,
apesar de que eles não prevaleceram.
(122) Os
Samaritanos.
113 Novamente eles
começaram a construir como antes, e levantaram aquela torre que foi chamada “a
torre elevada”.
114E novamente eles
começaram a colocar diante da torre uma mesa, com todo tipo de pães impuros e
sujos sobre ela.
115Além disso também
todas as ovelhas eram cegas, e não podiam ver, como também eram os pastores.
116Assim elas foram
entregues aos pastores para uma grande destruição, que as pisaram sob seus pés,
e devoraram-nas.
117Contudo o seu
Senhor estava ciente, até que toda ovelha no campo foi destruída. Os pastores e
as ovelhas foram todos mesclados, juntos, mas eles não salvaram-nos do poder
dos animais.
118Então aquele que
escreveu o livro subiu, exibiu-o e leu-o na residência do Senhor das ovelhas.
Ele pediu-lhe por eles, e orou, apontando cada ato dos pastores, e testificando
diante dele contra todos eles. Então, tomando o livro, ele guardou-o consigo, e
apartou-se.
Capítulo 89
1E eu observei
durante o tempo, que assim trinta e sete (123) pastores
estiveram inspecionando, todos dos quais terminaram em seus respectivos períodos
como o primeiro. Outros então receberam-nos em suas mãos, para que pudessem
cuidar delas em seus respectivos períodos, cada pastor em seu próprio período.
(123) Trinta e sete. Um aparente erro para
trinta e cinco (veja verso 7). Os reis de Judá e Israel (Laurence, p. 139).
2Depois disso eu vi
na visão, que todos os pássaros do céu chegaram; águias, o viveiro, o papagaio
e corvos. A água instruiu a todas.
3Elas começaram a
devorar as ovelhas, a picar seus olhos, e a comer seus corpos. 4A ovelha então
clamou; pois seus corpos foram devorados pelos pássaros.
5Eu também clamei,
e gemi em meu sono contra os pastores que cuidavam do rebanho.
6E olhei, enquanto
as ovelhas eram comidas pelos cães, pelas águias e pelos corvos. Eles não
deixaram seus corpos, nem sua pele, nem seus músculos, e somente seus ossos
restaram; até seus ossos caíram sobre o chão. E a ovelha ficou diminuída.
7Eu também observei
durante o tempo, que vinte e três pastores (124) estavam cuidando,
os quais completaram seus respectivos períodos, cinqüenta e oito períodos.
(124) Os reis da Babilônia, etc., durante e depois do
cativeiro. O número de trinta e cincoe vinte e três somam cinqüenta e oito; e
não trinta e sete, como erroneamente é colocado no primeiro verso (Laurence, p.
139).
8Então pequenos
cordeiros nasceram daquela ovelha branca; que começaram a abrir seus olhos e a
ver, chorando pela ovelha.
9A ovelha, porém,
não clamou a eles, nem ouviu o que eles lhe diziam, mas ficou muda, cega e
obstinada em maior intensidade.
10Eu
vi na visão que corvos voaram sobre aqueles cordeiros;
12Eu vi também, que
chifres cresceram nos cordeiros; e que os corvos pousavam sobre seus chifres. 13Eu vi, também, que
um grande chifre brotou num animal entre as ovelhas, e que seus olhos estavam
abertos.
14Ele olhou para
elas. Seus olhos estavam bem abertos; e ele clamava para elas. 15Então o íbex (125) viu-o; todos eles
correram para ele.
(125) O íbex. Provavelmente simbolizando
Alexandre o Grande (Laurence, p. 140).
16E enquanto isso,
todas as águias, os corvos e os papagaios estavam ainda levando a ovelha,
voando sobre ela, e devorando-a. A ovelha ficou em silêncio, mas o íbex
lamentou e chorou. 17Então os corvos contenderam, e lutaram com ela.
18Eles desejaram
entre eles quebrar seu chifre; mas eles não prevaleceram contra ele. 19Eu olhei para
eles, até os pastores, as águias, o abutres, e os papagaios vieram.
20Os quais clamaram
aos corvos para quebrar o chifre do íbex; para contender com ele; e para
matá-lo. Mas ele lutou com eles, e clamou, para que ajuda pudesse vir a ele.
21Então eu percebi
que o homem veio, o que escreveu os nomes dos pastores, o qual subiu diante do
Senhor das ovelhas.
22Ele trouxe
assistentes, e fez com que cada um o visse descendo para ajudar o íbex.
23Eu percebi também
que o Senhor das ovelhas veio a elas com ira, enquanto todos aqueles que
viram-no fugiram; todos caíram em seu tabernáculo diante de sua face; enquanto
todas as águias, os corvos, e papagaios se reuniram e trouxeram com eles todas
as ovelhas do campo.
24Todos vieram
juntos, e impediram de quebrar o chifre do íbex.
25Então eu vi aquele
homem que escreveu o livro à palavra do Senhor, abriu o livro da destruição,
daquela destruição com os últimos doze pastores (126); e o mostrou
diante do Senhor das ovelhas, para que eles destruíssem mais do que aqueles que
os precederam.
(126) Os príncipes
nativos de Judá depois de sua libertação do cativeiro sírio.
26Eu vi também que o
Senhor das ovelhas veio a elas, e tomando em sua mão o cetro de sua ira preso
na terra, que se dividiu ao meio; enquanto todos os animais e pássaros do céu
caíram sobre as ovelhas, e afundaram na terra, que fechou-se sobre eles.
27Eu vi, também, que
uma grande espada foi dada às ovelhas, que saíram contra todos os animais do
campo para matá-los.
28Mas todos os
animais e pássaros do céu fugiram de diante da sua face. 29E eu vi um trono
erguido numa terra deleitável;
30Sobre ele
assentava-se o Senhor das ovelhas, o qual recebeu todos os livros selados; 31Os quais foram
abertos diante dele.
32Então o Senhor
chamou os primeiros sete brancos, e ordenou-os trazerem diante dele a primeira
de todas as estrelas, a qual precedeu as estrelas que se assemelhavam
parcialmente à forma de cavalos; a primeira estrela, que caiu primeiro; e eles
trouxeram-na diante dele.
33E ele falou ao
homem que escreveu em sua presença, o qual era um dos sete brancos, dizendo:
Toma aqueles setenta pastores, aos quais eu entreguei as ovelhas, e os quais
recebendo-as mataram mais delas do que eu ordenei. Eis que, eu vi-os todos
amarrados, e m pé diante dele. Primeiro veio no julgamento das estrelas, que
sendo julgadas, e consideradas culpadas, foram para o lugar da punição. Elas confiaram-nas
a um lugar, profundo, e cheio de chamas de pilares de fogo. Então os setenta
pastores foram julgados, e considerados culpados, foram confiados às chamas do
abismo.
34Neste tempo
igualmente eu vi, que o abismo estava assim aberto no meio da terra, que estava
cheia de fogo.
3E a ela foram
trazidas as ovelhas cegas; as quais sendo julgadas, e consideradas culpadas,
foram todas confiadas àquele abismo de fogo na terra, e queimaram.
36O abismo ficava à
direita daquela casa.
37E eu vi as ovelhas
queimando, e seus ossos sendo consumidos.
38Eu fiquei olhando
-o imergir aquela antiga casa, enquanto eles trouxeram seus pilares, cada
planta nela, e o marfim ali contido. Eles trouxeram-no para fora, e
depositaram-no no lugar ao lado direito da terra.
39Eu também vi, que
o Senhor das ovelhas produziu uma nova casa, grande e mais elevada do que a
anterior, a qual ele ligou com o antigo lugar circular. Todos os seus pilares
eram novos, e seu mármore novo, também mais abundante do que o antigo mármore,
que ele havia trazido.
40E enquanto todas
as ovelhas que foram deixadas no meio dela, todos os animais da terra, e todas
as aves do céu, prostraram-se e adoraram-no, implorando a ele, e obedecendo-o
em tudo.
41Então aqueles
três, que estavam vestidos de brando, e os quais, segurando-me pela minha mão,
tinham antes me feito subir, enquanto a mão daquele que falava comigo me
segurava; e colocava-me no meio das ovelhas, antes que o julgamento
acontecesse.
42A ovelha era toda
branca, com lã longa e pura. Então todas as que tinham perecido, e tinham sido
destruídos, todo animal do campo, e toda ave do céu, reuniram-se naquela casa:
enquanto o Senhor das ovelhas regozijou-se com grande alegria, porque todas
estavam bem, e tinham voltado novamente para sua habitação.
43E eu vi que elas
abaixaram a espada que havia sido dada às ovelhas, e retornou à sua casa,
selando-a na presença do Senhor.
44Todas as ovelhas
haviam sido fechadas naquela casa, tinha sido capaz de contê-las; e os olhos de
todas foram abertos, contemplando o Bondoso; não houve entre elas quem não o
viu.
45Eu igualmente
percebi que a casa era grande, larga e extremamente cheia. Eu vi também, que a
vaca branca havia nascido, cujos chifres eram grandes; e que todos os animais
do campo, e todas as aves do céu, estavam alarmadas com ele, e imploraram a ele
todas as vezes.
46Então eu vi que a
natureza deles foi mudada, e que eles se tornaram vacas brancas;
47E que o primeiro,
o qual estava no meio deles, falou, quando aquela palavra tornou-se (127) um grande animal,
sobre cuja cabeça havia grandes chifres negros;
(127) Falou, quando aquela palavra. Ou
"era um touro selvagem, e aquele touro selvagem era…" (Knibb, p.
216).
48Enquanto o Senhor
das ovelhas regozijou-se por causa delas, e de todas as vacas.
49Eu caí no meio
deles: Eu acordei; e vi o todo. Esta é a visão que eu vi, descendo e
despertando. Então eu abençoei o Senhor da justiça, e dei glória a Ele.
50Depois disso eu
chorei abundantemente, não cessaram minhas lágrimas, de modo que eu tornei-me
incapaz de suportá-lo. Enquanto eu estava olhando, eles fluíram por causa do
que eu vi; pois tudo estava vindo e indo; cada circunstância individual com
respeito à conduta da humanidade que estava sendo vista por mim.
51Naquela noite eu
relembrei meus sonhos anteriores; e então chorei e me afligi, por causa do que
eu tinha visto na visão.
Capítulo 90
1E agora, meu filho
Matusalém, chama para mim todos os teus irmãos, e reúne para mim todos os
filhos de tua mãe; pois uma voz me chama, e o espírito está colocado sobre mim
para que eu possa mostrar-te tudo o que te acontecerá para sempre.
2Então Matusalém
foi, chamou-lhes todos de os seus irmãos, e reuniu seus filhos. 3E conversando com
todos seus filhos na verdade,
4Enoque disse: Ouve, meu filho, toda palavra de teu pai, e escuta
com honradez a voz da minha boca;
pois eu gostaria de obter tua atenção, enquanto me dirijo a ti. Meu amado,
estejas ligado à integridade, e anda nela.
5Não te aproximes
da integridade com um coração duplo; nem te associes a homens com mente dupla:
mas anda, meu filho, em retidão, a qual te conduzirá em bons caminhos; e seja a
verdade a tua companhia.
6Pois eu sei , que opressão existirá
e prevalecerá na terra; que no fim grande punição na terra acontecerá; e que
haverá uma consumação de toda iniqüidade, que será cortada com suas raízes, e
toda estrutura que levantou-se
passará. Iniqüidade, entretanto, será renovada novamente, e consumida na terra.
Todo ato de crime, e todo ato de opressão e impiedade serão abraçados uma
segunda vez.
7Quando então a
iniqüidade, pecado, blasfêmia, tirania, e toda má obra, aumentar, e quando
transgressão, impiedade, impureza também aumentar, então sobre eles toda grande
punição será infligida desde o céu.
9O santo Senhor
sairá em ira, e com punição, para que possa executar julgamento sobre a terra. 10Naqueles dias
opressão será cortada em suas raízes, e iniqüidade com fraude será erradicada,
perecendo de sob o
céu.
11Todo lugar de
força (128) será rodeado com
seus habitantes; com fogo ele será queimado. Eles serão trazidos de toda parte
da terra, e serão lançados num julgamento de fogo. Eles perecerão em ira, e por
um julgamento dominando-os para sempre.
(128) Todo lugar de
força. Ou, "todos os ídolos das nações" (Knibb, p. 218).
12Retidão se
levantará do descanso; e sabedoria se levantará, e conferida sobre eles.
13Então as raízes da
iniqüidade serão cortadas; pecadores perecerão pela espada; e blasfemadores
serão aniquilados em todos os lugares.
14Aqueles que
meditam opressão, e aqueles que blasfemam, pela espada perecerão.
15E agora, meu
filho, eu descreverei e mostrarei a ti o caminho da retidão e o caminho da
opressão. 16Eu novamente os
apontarei para ti, para que possas saber o que está por vir.
17Ouvi agora, meu
filho, e anda no caminho da retidão, mas evita aquele da opressão; pois todo o
que anda no caminho da iniqüidade perecerá para sempre.
Capítulo
91
1Aquilo que foi
escrito por Enoque. Ele escreveu toda esta instrução de sabedoria para todo
homem de dignidade, e todo juiz da terra; para todos os meus filhos que
habitarão sobre a terra, e para subsequentes gerações, conduzindo-se elevada e
pacificamente.
2Não deixes que teu
espírito seja afligido por causa dos tempos; pois o santo, o Grande, prescreveu
um período para tudo.
3Deixe que os
homens justos se levantem do sonho, deixe-os levantar, e prossiga no caminho da
retidão, em todos os seus caminhos; e deixa-os avançar em bondade e eterna
clemência. Misericórdia será mostrada aos homens justos; sobre eles serão
conferidos integridade e poder para sempre. Em bondade e retidão eles
existirão, andarão em eterna luz; mas pecado perecerá em eterna escuridão, nem
será vista daquele tempo em diante eternamente.
Capítulo
92
1Depois disto,
Enoque começou a falar sobre um livro.
2E Enoque disse:
Concernente aos filhos da retidão, concernente aos eleitos do mundo, e
concernente à semente da retidão e integridade.
3Concernente a estas coisas eu falei, e estas coisas e explicarei a ti, meu
filho: e que sou Enoque. Em conseqüência daquilo que me foi
mostrado, de minha visão eterna e da voz dos santos anjos (129)
eu tenho adquirido
conhecimento; e da mesa do céu eu adquiri entendimento.
(129) Santos anjos. Num texto de Qumran, lê-se "Guardiões e
Santos", denotando claramente Guardiões celestiais que não caíram com os
iníquos (Milik, p. 264). Veja também Dan. 4:13, "um guardião e um santo
desceu do céu"; 4:17, "guardiões, e… santos."
4Enoque então
começou a falar de um livro, e disse: Eu nasci o sétimo na primeira semana,
enquanto julgamento e retidão esperavam com paciência.
5Mas depois de mim,
na segunda semana, grande iniqüidade se levantou, e fraude espalhou-se. 6Naquela semana o
fim do primeiro acontecerá, na qual a humanidade será salva. (130)
(130) Humanidade será
salva. Ou, "o homem será salvo" (Knibb, p. 224).
7Mas quando o primeiro é completado, iniqüidade
crescerá; e durante a segunda semana
ele executará o decreto (131) sobre os pecadores.
(131) O Dilúvio depois do primeiro (no meio do segundo)
Milênio (2500 B.C.).
8Depois disso, na
terceira semana, durante sua conclusão, o homem (132) da planta dos
justos julgamentos será selecionada; e depois dele a Planta (133) da retidão virá
para sempre.
O Rei Davi no fim do terceiro
Milênio (1000 B.C.),
O Messias no fim
do quarto Milênio (4 B.C. to 30 A.D.).
9Subsequentemente,
na quarta semana, durante sua conclusão, a visão dos santos e dos justos será
vista, a ordem de geração após geração tomará
lugar, uma habitação será feita para eles. Então na
quinta
semana, durante sua conclusão, a casa da glória e da dominação (134) será erigida para sempre.
(134) O
estabelecimento (30 A.D.) e construção da Igreja através do quinto (e do sexto)
Milênio.
10Depois disso, na
sexta semana, todos aqueles que existirem nele serão escurecidos, os corações
de todos eles estarão esquecidos da sabedoria, e nele um Homem (135) se levantará e
virá.
(135) O Messias no
fim do sexto Milênio.
11E durante sua
conclusão Ele queimará a casa do domínio com fogo, e toda a raça da raiz eleita
será dispersa. (136)
(136) A destruição de Jerusalém e o desembolso daqueles que
habitam naquela terra no fim do sexto (e no começo do sétimo) Milênio.
12 Depois disso, na
sétima semana, uma geração perversa se levantará; abundantes serão seus feitos,
e todos os seus feitos perversos. Durante sua conclusão, os justos serão
selecionados dentre a eterna
semente da justiça eterna; e a eles
será dado a doutrina de sua criação.
13Depois haverá
outra semana, a oitava, (137) da retidão, para a qual será dada uma espada para executar
julgamento e justiça sobre todos os opressores.
(137) O começo do
oitavo Milênio.
14Os pecadores serão
entregues nas mãos dos justos, os quais durante sua conclusão adquirirão
habitações para sua retidão; e a casa do grande Rei será estabelecida para
celebrações para sempre. Depois disso, na nona semana, o julgamento da retidão
será revelado para todo o mundo.
15Toda obra de
maldade desaparecerá de toda terra; o mundo será marcado para a destruição; e
todos os homens estarão atentos ao caminho da integridade.
16E depois disso, no
sétimo dia da décima semana, haverá um eterno julgamento, que será executado
sobre os Sentinelas; e um eterno céu espaçoso brotará no meio dos anjos.
17O antigo céu se
apartará e passará; um novo céu aparecerá; e os poderes celestiais brilharão
com esplendor para sempre. Depois, igualmente haverá muitas semanas, que
existirão em extrema bondade e retidão.
18O pecado nem será
nomeado lá para sempre e sempre.
19Quem haverá lá, de
todos os filhos dos homens, capaz de ouvir a voz do Santo sem emoção? 20Quem haverá, capaz
de pensar seus próprios pensamentos? Quem será capaz de contemplar toda a obra
do céu? Quem, de compreender os feitos do céu?
21Ele poderá ver sua
animação, mas não seu espírito. Ele pode ser capaz de conversar la respeito dele, mas não de souber a ele.
Ele poderá ver todas as fronteiras destas coisas, e meditar sobare elas; mas ele não pode fazer nada
iguais a elas.
22Qual, de todos os
homens, é capaz de entender a largura e o comprimento da terra?
23Por quem tem sido
visto as dimensões de todas estas coisas? Todo homem que é capaz de compreender
a extensão do céu; qual é a sua elevação, e pelo que ele é apoiado?
24Quais
são os números das estrelas; e onde todas as luminárias ficam no descanso?
Capítulo 93
1E agora me deixe exortar-te, meu
filho, a amar a retidão e a andar nela; pois os caminhos da retidão são dignos
de aceitação; mas os caminhos da iniqüidade repentinamente falharão, e serão
diminuídos.
2Aos homens de note
em sua geração os caminhos da opressão e morte são revelados; mas eles se
mantêm longe dele.
3Agora, também,
deixe-me exortar aqueles que são
justos, para que não andem nos caminhos do mal e da opressão, nem nos caminhos
da morte. Não se aproximem deles, para que não pereças, mas; mas deseja,
4E escolhei para
vós mesmos a retidão, e boa vida.
5Andai nos caminhos
da paz, para que sejais encontrados dignos. Retenhais minhas palavras em vossos
pensamentos secretos, e não obliterate-os de vossos corações; pois eu sei que
os pecadores aconselham os homens a cometer crime astuciosamente. Eles não se
encontram em todo lugar, nem todo conselho possui um pouco deles.
6Ai daqueles que
constroem iniqüidade e opressão, e lançam o fundamento da fraude; pois
repentinamente eles são subvertidos, e nunca obtêm paz.
7Ai daqueles que constroem suas casas
de crime; pois de suas próprias fundações suas casas serão demolidas, e pela
espada eles mesmos cairão. Aqueles,
também, que adquirem ouro e prata, justamente e repentinamente perecerão. Ai de
ti, que és rico, pois em tua riqueza confiaste; mas sereis removidos de tuas
riquezas, porque não te lembraste do Altíssimo nos dias de tua prosperidade.
8Tu tens cometido
blasfêmia e iniqüidade, e estás destinado ao dia da efusão de sangue, ao dia da
escuridão, e ao dia do grande julgamento.
9Isto eu declaro a
aponto a ti, que aquele que te criou te destruirá.
10Quando tu caíres, ele não te
mostrará misericórdia; mas teu Criador se regozijará em tua destruição.
11Deixem aqueles,
então, que serão retos entre vós naqueles dias, detestem os pecadores, e os
mundanos.
Capítulo 94
1Oh que meus olhos
estejam nublados de água, que eu, para que eu possa chorar sobre ti, e derramar
minhas lágrimas como um rio, e descansar da tristeza do meu coração!
2Quem te permitiu
irar e transgredir? Julgamento te surpreenderá, ó pecadores.
3Os justos não
temerão os iníquos; porque Deus os trará novamente com seu poder, para que
possa vingar-se deles de acordo com seu prazer.
4Ai de vós que
estarão tão presos por execrações, para que não possais ser soltos delas; o
remédio estando longe de ser removido de ti por causa dos teus pecados. Ai de
vós que recompensam vossos vizinhos com o mal; pois sereis recompensados de
acordo com vossas obras.
5Ai de vós, falsas
testemunhas, vós que provocais e agravais a iniqüidade; pois perecereis
repentinamente.
6Ai de vós,
pecadores, pois rejeitais os justos; pois recebeis ou rejeitareis por prazer
aqueles que cometem iniqüidade; e seu jugo prevalecerá sobre vós.
Capítulo 95
1Aguardai em
esperança, vós justos; pois os pecadores perecerão diante de vós, e exercereis
domínio sobre eles, de acordo com vosso prazer.
2No dia dos
sofrimentos dos pecadores vossa descendência será alçada, e elevada como águias.
Vossos ninhos serão mais exaltados do que os da águia; tu subirás, e entrarás
nas cavidades da terra, e fendas das rochas para sempre, como os coelhos, da
vista dos mundanos;
3Os quais gemerão
sobre vós, e chorarão como as sirenes.
4Tu não temerás
aqueles que te aborrecem; pois a restauração será tua; a esplêndida luz
brilhará ao redor de ti, e a voz da tranqüilidade será ouvida do céu. Ai de
vós, pecadores; pois vossa riqueza vos faz assemelhar aos santos, mas vossos
corações vos reprovam, sabendo que sois
pecadores. Vossas palavras testificarão contra vós, como lembrança do crime.
5Ai de vós que se
alimentam sobre a glória do milho, e bebem da força da mais profunda fonte, e no orgulho
do seu poder pisam nos humildes.
6Ai de vós que
tomam água por deleite; pois repentinamente sereis recompensados, consumidos, e
murchareis, porque esquecestes da fundação da vida.
7Ai de vós que agem
iniquamente, fraudulosamente, e em blasfêmia; lá haverá uma lembrança contra
vós por mal.
8Ai de vós,
poderosos, que com poder ferem a justiça, pois o dia de vossa destruição virá; enquanto aquele mesmo tempo muitos e
bons dias será a porção dos justos, mesmo
mo tempo do vosso julgamento.
Capítulo 96
1Os
justos estão confiantes que os pecadores serão desgraçados, e perecem no dia da
iniqüidade.
2/vós estareis cônscios dele; pois o Altíssimo vos lembrará
de vossa destruição, e os anjos regozijarão sobre ela. O que farão os
pecadores? E para onde fugireis no dia do julgamento, quando ouvireis as
palavras da oração dos justos?
3Vós não sereis
iguais àqueles que a esse respeito testemunham contra vós; vós sois associados
a pecadores.
4Naqueles dias as
orações dos justos virá diante do Senhor. Quando o dia do vosso julgamento
chegará; e toda circunstância de vossa iniqüidade será relatada diante do
Grande e do Santo. 5Vossas faces se cobrirão de vergonha; enquanto todo feito,
fortalecido pelo crime, será rejeitado. 6Ai de vós,
pecadores, que no meio do mar, e na terra seca, são aqueles contra quem um mau
testemunho existe. Ai de vós que desperdiçam prata e ouro, não obtidos em
retidão, e dizem: Somos ricos, possuímos abundância, e temos adquirido tudo o
que desejamos.
7Então faremos tudo
o que estivermos dispostos a fazer, pois amontoaremos prata; nossos celeiros
estarão repletos, e os chefes de nossas famílias serão como água transbordante.
8Como água a
falsidade passará; pois tua riqueza não será permanente, mas repentinamente
ascenderá de ti, porque toda ela tua a obtiveste iniquamente, e serás entregue
à extrema maldição. 9E agora eu te juro, astutos e insensatos; para que tu,
freqüentemente contemplando a terra, vós que sois homens vos vestis mais
elegantemente que as mulheres casadas, e ambos, juntos, muito mais do que as
solteiras, (138) em todos os
lugares adornando-vos em majestade,
em magnificência, em autoridade, e em prata: mas ouro, púrpura, honra, e saúde,
riqueza, como a água, fluirá.
(138) Mais
elegantemente que as mulheres casadas… as solteiras. Ou, "mais do que
uma mulher e mais colorido (as vestimentas) que uma moça…" (Knibb, p.
230).
10Erudição,
portanto, e sabedoria, não serão vossas. Assim eles perecerão, junto com suas
riquezas, com toda a sua glória, e com suas honras;
11Enquanto com
desgraça, com matança, e em extrema penúria, seus espíritos serão confiados à
fornalha de fogo.
12Eu jurei a vós,
pecadores, que nem montanha, nem colina foram ou serão serviçais (139) da mulher.
(139) Serviçal. Literalmente, "um
servo". Talvez os abastecendo com tesouros para ornamentos (Laurence, p.
159).
13 Nem dessa maneira
o crime foi enviado a vós sobre a terra, mas os homens de sua própria cabeça o
inventaram; e aqueles que a ele deram eficiência, serão grandemente execrados.
14Gravidez não será previamente infligida à mulher; mas por
causa das obras de suas mãos, elas morrerão sem filhos.
15Eu jurei a vós,
pecadores, pelo Santo e pelo Grande, que todas as vossas más obras serão
divulgados nos céus; e que nenhum de vossos atos opressivos serão escondidos e
secretos.
16 Não penseis em
vossas mentes, nem digais em vossos corações, que todo crime não é manifestado
e visto. No céu ele é diariamente escrito diante do Altíssimo. De agora em
diante ele será manifestado; pois todo ato de opressão que vós cometerdes será
será diariamente registrado, até o momento da vossa condenação.
17Ai de vós,
ingênuos, pois perecereis na vossa simplicidade. Ao sábio não ouvireis, e
aquilo que é bom, não obtereis.
18Agora, portanto,
saibais que estais destinados ao dia da destruição; nem a esperança daqueles
pecadores, viverá; mas com o passar do tempo morrereis; pois não sereis
marcados para a redenção; 19Mas são destinados para o dia do grande julgamento, para o
dia de aflição, e a extrema ignomínia de vossas almas.
20Ai de vós,
obstinados de coração, que cometeis crimes, e vos alimentais de sangue. De onde
é que vos alimenteis de coisas boas,
bebeis e estais satisfeitos? Não é porque nosso Senhor, o Altíssimo, tem
suprido abundantemente toda boa coisa sobre a terra? A vós lá não haverá paz.
21Ai de vós que amam
os atos de iniqüidade. Por que esperais por aquilo que é bom? Sabei que sereis
entregues nas mãos dos justos; os quais cortarão vossos pescoços, vos matarão,
e não vos mostrarão compaixão.
22Ai de vós que vos
regozijais no sofrimento dos íntegros; pois uma sepultura não será cavada para
vós.
23Ai de vós que
frustrais a palavra dos justos; pois para vós não haverá esperança de vida.
24Ai de vós que
escreveis palavra de falsidade, e palavra de iniqüidade; pois vossas falsidades
eles lembrarão, para que eles possam ouvir e não esquecer.
Capítulo 97
1Ai daqueles que
agem impiamente, que louvam e honram a palavra de falsidade. Vós tendes
sucumbido na perdição; e nunca tendes levado uma vida virtuosa.
2Ai de vós que mudado
as palavras de integridade. Eles transgridem contra o eterno decreto; (140)
(140) Eles transgridem… o eterno decreto. Ou,
"eles distorcem a lei eterna" (Knibb, p. 232).
3E fazem com que as
cabeças daqueles que não são pecadores sejam pisadas sobre a terra. 4Naqueles dias vós,
justos, terão sido julgados dignos de ter vossas orações elevadas em lembrança;
e as depositarão em testemunho diante dos anjos, para que eles possam registrar
os pecados dos pecadores na presença do Altíssimo.
5Naqueles dias as nações
estarão subvertidas; mas as famílias das nações se levantarão novamente no dia
da perdição.
6Naqueles dias
aquelas que estiverem grávidas sairão, levarão seus filhos, e os abandonarão.
Seus filhos fugirão delas, e enquanto amamentam-nos eles as esquecerão; eles
nunca retornarão a elas, e elas nunca instruirão seus bem amados.
7Novamente eu juro
a vós, pecadores, que crimes têm sido preparados para o dia de sangue, que
nunca cessam.
8Eles adorarão às
pedras, e ao ouro gravado, à prata, e às imagens de madeira. Eles adorarão
espíritos impuros, demônios, e todo ídolo, nos templos; mas nenhuma ajuda será
obtida por eles. Seus corações se tornarão ímpios por causa de sua loucura, e
seus olhos estarão cegos com superstição mental. (141) Em seus sonhos
visionários eles serão ímpios e supersticiosos, mentindo em todas as suas
ações, e adorando uma pedra. Eles perecerão completamente.
(141) Superstição mental. Literalmente,
"com o temor de seus corações" (Laurence, p. 162).
9Mas naqueles dias
eles serão abençoados, a quem a palavra de sabedoria é entregue; o qual aponta
e procura o caminho do Altíssimo; o qual anda no caminho da retidão, e não age
impiamente com os ímpios.
10Eles serão salvos.
11Ai de vós que
expandem o crime de vossos vizinhos; pois no inferno sereis mortos.
12Ai de vós que
lançam a fundação do pecado e enganam, e sois amargos na terra; pois nela
sereis consumidos.
13Ai de vós que
constroem casas pelo labor dos outros, cada parte da qual é construída com
tijolos e com a pedra do crime; Eu digo-vos que não obtereis paz.
14Ai de vós que
desprezais a prorrogação da eterna herança de vossos pais, enquanto vossas
alvas seguem atrás dos ídolos; pois para vós não haverá tranqüilidade.
15Ai daqueles que
cometem iniqüidade, e dá ajuda à blasfêmia; que matam seus vizinhos até o dia
do grande julgamento; pois vossa glória cairá; malevolência Ele colocará em
vossos corações, e o espírito de ira vos incitará; para que cada um de vós
pereça pela espada
16Então
os justos e os santos relembrarão vossos crimes.
Capítulo 98
1Naqueles dias os
pais serão derrubados com seus filhos na presença uns dos outros; e os irmãos
com seus irmãos cairão mortos: até que um rio fluirá de seu sangue.
2 Pois um homem não
conterá sua mão de seu filho, nem dos filhos dos seus filhos; sua misericórdia
estará em matá-los.
3O pecador não
conterá sua mão de seu irmão honrado. Desde o nascer do dia até o por do sol a
matança continuará. O cavalo caminhará com dificuldade até à altura do seu
peito, e a carruagem afundará até seu eixo no sangue dos pecadores.
Capítulo 99
1Naqueles dias os
anjos descerão aos lugares de esconderijo, e reunirão em um lugar todos os que
tem ajudado no crime.
2Naquele dia o Altíssimo se levantará para executar o grande
julgamento sobre todos os pecadores, e para confiar a guarda de todos os justos
e santos aos santos anjos, para que eles protejam-nos como à menina do olho,
até que todo mal e todo crime seja aniquilado.
3Se os justos
dormirem em segurança, ou não, homens sábios então verdadeiramente perceberão. 4E os filhos da
terra entenderão toda palavra daquele livro, sabendo que suas riquezas não
posem salvá-los da ruína de seus crimes.
5Ai de vós,
pecadores, quando sereis afligidos por causa dos justos naquele dia da grande
tribulação; sereis queimados no fogo; e recompensados de acordo com vossas
obras.
6Ai de vós,
perversos de coração, que estais cuidando para obter um acurado conhecimento do
mal, e para descobrir terrores. Ninguém vos ajudará.
7Ai de vós,
pecadores; pois com as palavras de vossas bocas, e com a obra de vossas mãos,
tendes agido impiamente; na chama de um fogo ardente sereis queimados.
8E agora sabei, que os anjos no céu
inquirirão pela vossa conduta; do céu, da lua, e das estrelas, e eles inquirirão a respeito dos vossos
pecados; pois sobre a terra vós exercitareis jurisdição sobre os justos.
9Cada nuvem
prestará testemunho contra vós, a neve, o orvalho, e a chuva; pois todos eles
vos serão negados, para que não desçam sobre vós, nem se tornem subservientes
aos vossos crimes.
10Agora então trazei
presentes de saudação à chuva; para que, não sendo retida, ela possa descer
sobre vós; e ao orvalho, se ele tiver recebido de vós ouro e prata. Mas quando
a geada, a neve, o frio, todo vento nevado, e cada sofrimento que pertence a
eles, cair sobre vós, naqueles dias sereis totalmente incapazes de permanecer
diante deles.
Capítulo 100
1Considerai
atentamente o céu, todos vós progênie do céu, e todas as obras do Altíssimo;
temei-o, e não vos conduzais pecaminosamente diante dele.
2Se Ele fechar as
janelas do céu, retendo a chuva e o orvalho, para que não desçam sobre a terra
por causa de vós, o que fareis?
3E se Ele enviar
ira sobre vós, e sobre todas as vossas obras, não sereis vós que podeis
suplicar-lhe; vós que pronunciastes contra sua retidão, linguagem orgulhosa e
potente. Para vós não haverá paz. 4Vós não vedes os
comandantes dos navios, como seus barcos são arremessados contra as ondas,
tornados em pedaços pelos ventos, e expostos aos maiores perigos?
5Que eles, portanto
tremam, porque toda sua propriedade está embarcada com eles no oceano; e que
eles reprimam o mal em seus corações, porque ele pode engoli-los, e eles podem
perecer nele? 6Não é todo o mar, todas as suas águas e todo a sua comoção,
obra dele, o Altíssimo; dele que selou todas as suas extensões, e cingiu-o em
todo lado com areia?
7À sua reprovação,
não é ele secado, e alarmado; enquanto todos os seus peixes com tudo o que está
contido nele morre? E vós, pecadores, que estão sobre a terra, não O temerão?
Não é Ele o criador do céu e da terra, e de todas as coisas que neles estão?
8E quem deu
erudição e sabedoria a tudo o que se move e progride sobre a terra, e e sob o
mar? 9Não ficam os
comandantes do navio aterrorizados no oceano? E não ficarão aterrorizados os
pecadores diante do Altíssimo?
Capítulo 101 (não
tem)
Capítulo 102
1Naqueles dias,
quando Ele lançar a calamidade do fogo sobre vós, para onde fugireis, e onde
estareis a salvo?
2E quando Ele
enviar sua palavra contra vós, não sereis poupados, e aterrorizados?
3Todas as
luminárias estão agitadas com grande temor; e toda a terra é poupada, enquanto
elas tremem, e sofrem ansiedade.
4Todos os anjos
cumprem os mandamentos que receberam dele, e estão desejosos de se esconder da
presença da Sua grande glória; enquanto as crianças da terra estão alarmadas e
angustiadas.
6Não temai, alma
dos justos; mas esperai com paciência pelo dia vossa morte em retidão. Não vos
aflijais porque vossas almas descem em grande sofrimento, com gemido,
lamentação, tristeza, para o receptáculo dos mortos. No tempo da vossa vida
vossos corpos não receberam a recompensa na proporção da vossa bondade, mas no
período da vossa existência os pecadores existiram; no período da execração e
da punição.
7E quando tu
morreres, os pecadores dirão com respeito a ti: Como nós morremos, os justos
morrem. Que proveito têm em suas obras? Eis que, igual a nós, eles expiram em
tristeza e em escuridão. Que vantagem eles têm sobre nós? De hoje em diante nós
somos iguais. O que haverá dentro do seu alcance, e diante de seus olhos para
sempre? Pois eis que eles estão mortos; e nunca verão a luz novamente. Eu vos
digo, pecadores: Vós tendes estado satisfeitos com carne e bebida, com pilhagem
humana e rapina, com pecado, com aquisição de riqueza e com a visão de bons
dias. Não tendes observado os justos, como o seu fim é em paz? Pois nenhuma
opressão é encontrada neles, mesmo no dia da sua morte. Eles perecem, como se
não existissem, enquanto suas almas descem em tristeza ao receptáculo dos
mortos.
Capítulo 103
1Mas agora Eu juro vós, justos, pela
grandeza de seu esplendor e de sua glória; por seu ilustre reino e por sua
majestade, a vós Eu juro, que eu compreendo este mistério; que Eu leio a tábua
do céu, tenho visto o registro dos santos, e tenho descoberto o que está
escrito e impresso concernente a vós.
2Eu tenho visto que toda bondade, alegria e glória
têm sido preparada para vós, e tem sido escrito pelos espíritos daqueles que morrem eminentemente justos e bons. A
vós será dado em retorno pelas vossas aflições; e vossa porção de alegria excederá em muito a porção
dos vivos.
3Os espíritos dos
que morreram em retidão existirão e se regozijarão. Vossos espíritos exultarão;
e vossa lembrança estará diante da face do Poderoso de geração em geração. Eles
então não temerão a desgraça.
4Ai de vós,
pecadores, quando morrerdes em vossos pecados; e aqueles, que são iguais a vós,
dirão com respeito a vós: Abençoados são estes pecadores. Eles viveram todo o
seu período; e agora morrem em alegria e em abundância. Angústia e matança eles
não conheceram enquanto viviam; em honra eles morrem; nunca em sua vida o
julgamento os surpreendeu.
5Mas, não tem sido mostrado a eles que, quando suas almas descerem ao receptáculo dos mortos, suas más obras se tornarão seu grande
tormento? Em escuridão, em armadilha, e em chama, que queimará até o grande
julgamento, seus espíritos entrarão; e o grande julgamento tomará efeito para
sempre e sempre.
6Ai de vós; pois
para vós não haverá paz. Nem podereis dizer aos justos e aos bons que vivem:
Nos dias da nossa aflição nós fomos afligidos; todo tipo de tristeza nós vimos, e muitas coisas más nós temos sofrido.
7Nossos espíritos
têm sido consumidos e diminuídos.
8Nós temos
perecido; nem tem havido uma possibilidade de ajuda para nós em palavra ou em
obra; nós: não temos encontrado, mas temos sido atormentados e destruídos.
9Nós não temos
esperado viver dia após dia.
10Nós esperamos
certamente, ter sido a cabeça;
11Mas temos nos
tornado a cauda. Nós temos sido afligidos, quando temos nos esforçados; mas
temos sido devorados pelos pecadores e mundanos; seu jugo tem sido pesado sobre
nós.
12Eles tem exercido
domínio sobre nós, a quem eles detestam, e nos aferroam; e aqueles que nos
odeiam tem humilhado nosso pescoço; e eles não têm mostrado compaixão para
conosco.
13Nós temos desejado
escapar deles, para que possamos fugir e descansar; mas não temos encontrado
lugar para onde possamos fugir, e estar seguros deles. Nós temos procurado um
abrigo com os príncipes em nossa angústia, e temos clamado àqueles que estão
nos devorando; mas nosso clamor não tem sido considerado, nem estão eles
dispostos a ouvir nossa voz;
14Mas antes, eles
ajudam aqueles que saqueiam e nos devoram; aqueles que nos diminuem, e escondem
sua opressão; os quais removem seu jugo de sobre nós, mas devoram, nos
enfraquecem e nos matam; os quais escondem a matança, e não lembram que tem
levantado suas mãos contra nós.
Capítulo 104
1Eu
juro a vós, justos, que no céu os anjos registram vossa bondade diante da
glória do Poderoso. 2Esperai com paciente esperança; pois
antigamente fostes desgraçados com o mal e com aflição; mas agora brilhareis
como as luminárias do céu. Vós sereis vistos, e os portões do céu estarão
abertos para vós. Vossos clamores têm clamado por julgamento; e ele tem
aparecido a vós; pois um registro de vossos sofrimentos será requerido dos
príncipes, e de todos os que tem ajudado vossos saqueadores.
3Esperai com
paciente esperança; não renuncieis de vossa confiança; pois grande alegria será
a vossa; como aquela dos anjos no céu. Conduze -vos como podeis, still não
estareis escondidos no dia do grande julgamento. Não sereis como os pecadores;
e a eterna condenação estará longe de vós, enquanto o mundo existir.
4Então não temais,
justos, quando virdes os pecadores florescendo e prósperos em seus caminhos. 5Não vos associeis
a eles; mas mantende -vos distante de sua opressão; estejais associados às
hostes do céu. Vós, pecadores, dizeis: Todas as nossas transgressões não serão
tomadas em conta, e recordadas. Mas todas as vossas transgressões serão
recordadas diariamente.
6E está assegurado
por mim, que luz e escuridão, dia e noite, verão todas as vossas transgressões.
Não sejais ímpios em nossos pensamentos; não mintais; não rendei a palavra de
honestidade; não mintais contra a palavra do Santo e Poderoso; não glorificai
vossos ídolos; pois todas as vossas mentiras e toda vossa impiedade não é para
retidão, mas para crime.
7Agora eu aponto um
mistério: Muitos pecadores se voltarão e transgredirão contra a palavra de
honestidade.
8Eles falarão
coisas más; eles pronunciarão falsidade; executarão grandes empreendimentos; (142) e comporão livros
em suas próprias palavras. Mas quando eles escreverem todas as minhas palavras
corretamente em suas próprias linguagens,
(142) Executarão grandes empreendimentos.
Literalmente, "criarão uma grande criação" (Laurence, p. 173).
9Eles não os
mudarão ou os diminuirão; mas os escreverão todos corretamente; tudo o que
desde o princípio eu tenho pronunciado concernente a eles. (143)
(143) A despeito do mandamento de
Enoque, seu livro foi muito certamente mudado e diminuído pelos últimos
editores, embora estes fragmentos dele tenham sobrevivido.
10Outro mistério
também eu aponto. Aos justos e aos sábios haverá livros de alegria de
integridade e de grande sabedoria. A eles livros serão dados, nos quais eles
acreditarão;
11E nos quais eles
se regozijarão. E todos os justos serão recompensados, os quais deles
adquirirão conhecimento de todo caminho elevado.
Capítulo 104A
1Naqueles dias, diz
o Senhor, eles chamarão aos filhos da terra, e os farão ouvir a sua
sabedoria,lhes mostrarão que eles são seus líderes;
2E que remuneração tomará lugar sobre toda a terra; pois Eu
e meu Filho para sempre manteremos comunhão com eles nos caminhos da retidão,
enquanto eles estiverem em vida. A paz será deles. Regozijai, filhos da
integridade, em verdade.
Capítulo 105
1Depois de um
tempo, meu filho Matusalém tomou uma esposa para seu filho Lameque.
2Ela ficou grávida
dele, e deu um filho, a carne do qual era tão branca quanto a neve, e vermelho
como uma rosa; o cabelo de sua cabeça era branco como o algodão,e longo; e
cujos olhos eram belos. Quando ele os abriu, ele iluminou toda a casa, como o
sol; toda a casa abundou de luz.
3E quando ele foi
tirado da mão da parteira, Lameque seu pai ficou com medo dele; e correndo veio
ao seu próprio pai Matusalém e disse: Eu gerei um filho, diferente dos outros filhos. Ele não é
humano; mas,
assemelhando-se à geração dos anjos do céu, é de uma natureza diferente dos
nossos, sendo completamente diferente de nós.
4Seus olhos são brilhantes como os raios do sol; seu
semblante é glorioso, e ele parece como se não pertencesse a mim, mas aos
anjos.
5Eu estou temeroso
de que algo miraculoso deva acontecer na terra nestes dias.
6E agora meu pai,
deixa-me pedir e requerer de ti ir ao nosso progenitor Enoque, e aprender dele
a verdade; pois sua residência é com os anjos.
7Quando Matusalém
ouviu as palavras de seu filho, e veio a mim nas extremidades da terra; pois
ele estava informado de que eu estava lá: e ele chorou.
8Eu ouvi sua voz, e
fui a ele dizendo: Vede, eu estou aqui,
meu filho; já que tu vieste a mim.
9Ele respondeu e
disse: Por causa de um grande evento eu venho a ti; e por causa de uma visão
difícil de ser compreendida eu me
aproximei de ti.
10E agora, meu pai,
ouví-me; pois ao meu filho Lameque um filho nasceu, o qual não se parece com
ele; e cuja natureza não é igual à natureza do homem. Sua cor é mais branca que
a neve; ele é mais vermelho que a rosa; o cabelo de sua cabeça é mais branco
que a lã; seus olhos são iguais aos raios do sól; e quando ele abriu-os ele
iluminou toda a casa.
11Quando ele foi
tomado ma mão da parteira,
12Seu pai Lameque
temeu, e fugiu para mim, não acreditando que a criança pertencesse a ele, mas que ele assemelha-se aos anjos do
céu. E eis que eu vim a ti para que possas me apontar a verdade. 13Então eu, Enoque,
respondi e disse: O Senhor efetuará uma nova coisa sobre a terra. Isto eu tenho
explicado, e visto numa visão. Eu tenho mostrado a ti que nas gerações de Jared
meu pai, aqueles que estavam no céu desconsideraram a palavra do Senhor. Eis
que eles cometeram crimes;
deixaram de lado
sua classe, e misturaram-se com mulheres. Com elas também eles transgrediram;
casaram-se com elas e geraram filhos. (144)
(144) Depois deste versículo, um papiro grego acrescenta:
"os quais não são iguais aos seres espirituais, mas criaturas de
carne" (Milik, p. 210).
14Uma grande
destruição, portanto virá sobre toda a terra; um dilúvio, uma grande
destruição, tomará lugar em um ano.
15Esta criança que
nasceu ao teu filho sobreviverá na
terra, e seus três filhos serão salvos com ele. Enquanto toda a humanidade que
está na terra morrerá, ele estará a salvo.
16E sua posteridade
procriará na terra os gigantes, não espirituais, mas carnais. Sobre a terra uma
grande punição será infligida, e ela será lavada de toda corrupção. Agora,
portanto, informa ao teu filho Lameque que aquele que é nascido é seu filho na
verdade; e seu nome será chamado Noé, pois ele será um sobrevivente. Ele e seus
filhos serão salvos da corrupção que tomará lugar no mundo; de todo o pecado e
de toda a iniqüidade que consumirá a terra em seus dias. Depois disso haverá
uma impiedade maior do que aquela que antes havia se consumado na terra; pois
eu estou familiarizado com santos mistérios, que o próprio Senhor descobriu e
explicou a mim; e os quais eu li nas tábuas do céu.
17Nelas eu vi
escrito, que geração após geração transgredirá, até que, até que uma raça de
justo se levantará; até que transgressão e crime desapareçam da face da terra;
até que toda bondade venha sobre ela.
18E agora, meu
filho, vai dizer ao teu filho Lameque;
19Que a criança que
é nascida é na verdade seu filho; e que não há decepção.
20Quando Matusalém
ouviu as palavras de seu pai Enoque, o que lhe havia mostrado toda coisa
secreta, ele retornou com entendimento, e chamou o nome da criança Noé; porque
ele consolou a terra por causa de toda sua destruição.
21Outro livro, que
Enoque escreveu para seu filho Matusalém, e para aqueles que deviam vir depois
dele, e preservar sua pureza de conduta nos últimos dias. Tu, que tens
trabalhado, esperará naqueles dias, até que os que praticam o mal sejam
consumidos, e o poder do culpado seja aniquilado. Espera, até que passe o
pecado; pois seus nomes serão apagados dos livros santos; sua semente seja
destruída, e seus
espíritos mortos. Eles clamarão e lamentarão na vastidão invisível, e no fogo sem
fundo eles queimarão. (145) Ali eu percebi, como se fosse uma nuvem através da qual não
se podia
ver; pois das profundezas dela eu fui incapaz de olhar para
cima. Eu vi também uma chama de fogo
ardente brilhante,
e como se fossem montanhas brilhantes passando ao redor, e agitadas de lado a
lado.
(145) No fogo sem fundo eles queimarão. Literalmente "no fogo eles
queimarão, onde ali não é terra" (Laurence, p. 178).
22Então eu inquiri
de um santo anjo que estava comigo e disse: o que é esse esplêndido objeto? Pois não é céu, mas só uma chama
de fogo que queima; e nela há o
clamor de exclamação, de ai, e de grande sofrimento.
23Ele disse: Ali,
àquele lugar que tu viste, serão confiados os espíritos dos pecadores e
blasfemadores; daqueles que praticam o mal, e perverterão tudo o que Deus disse
pela boca dos profetas; tudo o que eles deviam fazer. Pois com respeito a estas
coisas ali haverá registros e serão impressos no céu, pára que os anjos possam
lê-las e saber o que acontecerá aos pecadores e aos espíritos dos humildes;
àqueles que sofreram em seus corpos, mas têm sido recompensados por Deus; os
quais têm sido injuriosamente tratados pelos homens iníquos; os quais têm amado
a Deus, que não tem acumulado nem ouro nem prata, nem qualquer coisa no mundo,
mas deram seus corpos ao tormento;
24A estes que no
período de seu nascimento não tem estado cobiçosos de riquezas terrenas; mas
tem se resguardado como um alento que passa.
25Tal tem sido sua
conduta; em muito o Senhor os tem provado; e seus espíritos têm sido
encontrados puros, para que eles possam abençoar Seu nome. Todas as suas
bênçãos eu tenho relatado num livro; e Ele os tem recompensado; pois eles têm
sido encontrados a amar o céu com uma eterna aspiração. Deus tem dito: Enquanto eles têm sido pisados por homens iníquos,
eles têm ouvido deles insultos e blasfêmias; e tem sido ignominiosamente
tratados, enquanto eles me abençoam. E agora eu chamarei os espíritos do bem da
geração da luz, e mudarei aqueles que nasceram em escuridão; os quais não tem tido
seus corpos recompensados em glória, como sua fé possa ter merecido.
26Eu os trarei para
a esplêndida luz daqueles que amam meu santo nome: e Eu colocarei cada um deles
em um trono de glória, da glória peculiarmente
sua, e eles descansarão durante períodos inumeráveis. Retos são os julgamentos
de Deus;
27Pois ao fiel ele
dará fé nas habitações dos justos. Eles verão aqueles que tem nascido na
escuridão, para a escuridão serão lançados; enquanto que os justos descansarão.
Os pecadores clamarão, vendo-os, enquanto eles existem em esplendor e
prosseguem em direção dos dias e períodos a eles prescritos.
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