O governo dos Estados Unidos fechou nesta quarta-feira (09/06) um acordo para a aquisição de 500 milhões de doses da vacina da Pfizer-BioNtech, que devem ser distribuídas para em torno de 100 países nos próximos dois anos.
Segundo documentos internos de Washington, além de relatos de fontes do governo colhidos por diferentes agências de notícias, os EUA devem distribuir 200 milhões de doses ainda este ano e os outras 300 milhões em 2022.
As doações deverão ser enviadas para 92 países de baixa renda e para a União Africana, através do consórcio mundial Coxav Facilitiy, liderado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Aliança Global de Vacinas e Imunização (Gavi).
O presidente americano, Joe Biden, deve anunciar o acordo nesta quinta-feira durante a cúpula dos líderes do G7 no Reino Unido, que reunirá os chefes de Estado e de governo das sete maiores economias do globo.
Segundo as fontes, o acordo foi negociado nas últimas quatro semanas pelo coordenador da Casa Branca para a covid-19, Jeff Zients e pela força-tarefa do governo americano contra o coronavírus.
A emissora americana de notícias CNBC informou que Washington estaria em negociação com a farmacêutica Moderna para a compra de doses de seu imunizante, também com a intenção de distribuí-las para países terceiros.
"Diplomacia de vacina"
Antes de embarcar no avião presidencial Air Force One rumo ao Reino Unido, Biden disse a repórteres que seu governo elaborou uma estratégia global de vacinas que será anunciada em breve, mas não forneceu maiores detalhes. "Temos que acabar com a covid-19 não apenas em casa, o que já estamos fazendo, mas em toda parte”, afirmou.
Os Estados Unidos já vacinaram com ao menos uma dose em torno de 64% de sua população adulta e já começou a imunizar também os adolescentes, enquanto países como o Brasil e a Índia ainda enfrentam dificuldades para conseguir as doses necessárias.
A Casa Branca já anunciou que iria compartilhar 80 milhões de doses em todo o mundo até o final de junho. Além disso, os EUA se comprometeram a doar 4 bilhões de dólares ao Coxav, e pediu que outros países aumentem suas contribuições.,
O governo americano utiliza seu amplo estoque de imunizantes como ferramenta para se contrapor à "diplomacia de vacina” praticada pela China e pela Rússia.
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