Diabetes,
hipertensão, estresse, ansiedade, doses a mais de álcool, baixa de
testosterona. O pulso ainda pulsa, mas o desejo sofre um baque
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Primeiro, vem um estímulo: um beijo, um toque, uma lambida. É a deixa para os neurotransmissores mandarem o corpo esponjoso se dilatar e se encher de sangue, pressionando as veias ao redor e mantendo o líquido retido ali. Pronto, temos um pênis ereto. Nas mulheres, o processo é mais sofisticado e, por isso, sujeito a outras variáveis.
Os estímulos também desencadeiam reações físicas que envolvem a lubrificação do canal vaginal e a ampliação do fluxo sanguíneo para o clitóris, que aumenta de tamanho e se enrijece. Mas qualquer bobeada na concentração ou um pensamento errado na hora errada funcionam como água fria no sistema de aquecimento. Pode acontecer, por exemplo, de vir à mente bem no meio do amasso a conta do cartão de crédito ou a sensação de estar fazendo algo proibido ou sujo - fruto de uma educação repressora.
Outros broxadores são o estresse e a ansiedade, que disparam a
produção de adrenalina, o que significa que o corpo se prepara para
reagir a ataques e desliga as funções que não são prioritárias para a
sobrevivência. Aí, nada de esbanjar fluxo sanguíneo para os genitais. E
adeus ereção ou lubrificação.
O consumo de álcool também tem culpa no cartório. Drinques a mais
têm efeito vasodilatador no corpo e deixam o tecido erétil frouxo. Por
último, há a questão da saúde, em especial para os homens. Algumas
doenças podem interferir no desempenho. A diabetes é um exemplo: a alta
concentração de açúcar no sangue pode causar má circulação e lesões nos
vasos e nos nervos do corpo todo.
E a ereção depende da boa irrigação do pênis e da livre condução
dos impulsos elétricos entre os neurônios. Pressão alta é outro fator de
risco, porque as artérias podem perder a flexibilidade e se tornarem
rígidas, dificultando a passagem do sangue.
Por outro lado, cada vez mais a indústria farmacêutica tem se
aplicado em encontrar pílulas do tesão, como o Viagra. Esses remédios
permitem maior afluxo de sangue no pênis, ajudando na ereção. Como o
prazer feminino não depende de uma questão mecânica, o buraco é mais
embaixo.
As mulheres produzem doses bem menores de testosterona do que os
homens - e esse hormônio é o gatilho do desejo. A ciência ainda não
desvendou como esse mecanismo funciona exatamente, mas há indícios de
que a substância amplie a agressividade sexual e facilite a transmissão
dos impulsos nervosos, o que aumenta a vontade de ter relações. Por
isso, alguns dos novos medicamentos que prometem favorecer a libido
delas levam testosterona na fórmula.
Caça ao desejo perdidoAs drogas que prometem prazer para as mulheres.
Flibanserina
Aumenta os níveis de dopamina e noradrenalina e baixa os de serotonina.
Lybrido
Associa a testosterona com a sildenafila, mesma droga do Viagra.
Lybridos
Tem buspirona, que ajuda a baixar o nível de serotonina, para reduzir a inibição.
ORL101
É uma versão sintética da melatonina, hormônio associado ao sono e à libido.
Bremelanotida
Ativa os receptores do hormônio melanocortina, cuja deficiência está ligada à queda da libido.
Tefina
É um gel intranasal com uma dose baixa de testosterona.
conteúdo
Marcia Kedouk
Wanda Nestlehner
super
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