Se você já colocou algum óculos ou capacete de realidade virtual, deve ter percebido quão imersiva essa tecnologia pode ser – e dar a sensação de estar em lugares distantes, até mesmo outros planetas. Mas, convenhamos, a maioria das simulações não é tão real assim, principalmente com imagens de fora da Terra. E algumas empresas querem corrigir isso. Elas estão mandando satélites ao espaço para poder fornecer uma experiência única: transformar você em um astronauta de verdade sem precisar sair do sofá da sua casa.
O estúdio de realidade virtual Rewind e a empresa americana In-Space Missions fundaram a empresa SpaceTime Enterprises para se dedicar a esse objetivo. Ela lançará, até 2019, satélites que filmarão a Terra e transmitirão o vídeo em tempo real, e em formato imersivo, para capacetes de realidade virtual. “Queremos que se torne comum ‘estar’ no espaço. Porque só estando lá você realmente se conecta com o planeta”, diz Doug Liddle, CEO da In-Space Mission.
O primeiro
satélite custou 2,5 milhões de libras. As câmeras que ele levará
fornecerão imagens em alta resolução, capturadas com o ponto de vista de
um astronauta. Estar com os óculos vai ser quase como olhar pela janela
da Estação Espacial Internacional, vendo exatamente o que o satélite
está sobrevoando. A empresa tem planos ainda mais ambiciosos: à medida
que os satélites aumentarem sua base de dados, a realidade virtual dará
lugar à realidade aumentada. Nesse caso, os usuários não estarão mais
vinculados aos satélites, e poderão voar pela Terra e ampliar as áreas
de exploração. Quem sabe não poderemos caçar pokémons no Espaço, em
tempo real.
A americana SpaceVR está na vanguarda e já lançou seu primeiro satélite de teste. A britânica Earth-i
está construindo uma espécie de constelação de satélites, só para
fornecer imagens imersivas de alta resolução. Seu satélite de teste,
chamado VividX2, foi lançado em 12 de janeiro deste ano, da Índia. E há
algumas semanas ela mostrou seus primeiros vídeos coloridos a partir do
espaço:
Se essa tecnologia der certo, e se
popularizar, o Espaço estará nas nossas mãos — ou melhor, nos nossos
olhos. E sem sair do lugar.
Ingrid Luisa
Super
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