A maioria dos astrônomos acredita que se um humano entrasse em buraco negro, seria sugado pela gravidade e destruído pela singularidade (um espaço infinitamente pequeno, mas que contém uma grande massa). Mas um novo estudo sugere que se alguém passasse por essa experiência, poderia sobreviver e apagar o próprio passado. Além disso, seria possível viver infinitos futuros.
De acordo com o físico Peter Hintz, da Universidade de Berkley, se um viajante entrasse em um buraco negro "relativamente benigno", ele poderia sobreviver. Isso graças a um fenômeno teórico chamado de censura cósmica. Essa teoria sugere que dentro dos buracos negros exista uma barreira. Após atravessá-la, as leis do universo são canceladas.
Essa
barreira seria mais profunda do que o horizonte de eventos (ou ponto de
não-retorno), a fronteira ao redor do buraco negro que não permite que a
luz ou a radiação escapem. Além desse ponto, tempo e espaço existem
como um instante infinito. Segundo as leis da física, a massa de uma
estrela que entrou em colapso e dá origem aos buracos negros é
comprimida em um ponto infinitamente pequeno, chamado de singularidade.
Hintz acredita que a singularidade e o horizonte de eventos podem
coexistir.
A existência simultânea
desses dois efeitos poderia criar uma zona além do horizonte de eventos,
onde objetos estariam desconectados de seus passados e não teriam um
futuro em particular. Isso quer dizer que se alguém sobrevivesse à
experiência de um buraco negro, poderia ter o passado apagado e viver um
infinito número de futuros.
O
cientista esclarece que todas essas possibilidades são apenas teóricas.
Hintz e seus colegas não estão sugerindo que um físico mergulhe em um
buraco negro para ver o que acontece. "Essa é uma questão que pode ser
estudada apenas matematicamente, mas que apresenta implicações físicas e
quase filosóficas", diz ele.
The Independent
Motherboard
seuhistory
Nenhum comentário:
Postar um comentário