Cientistas apontam principais sinais que o corpo dá quando mentimos |
Se treinar a observação, qualquer pessoa consegue facilmente detectar mentiras. É o que diz uma dupla de cientistas americanos, que relacionou os sinais mais comuns que nosso corpo emite quando estamos mentindo. Os experts dizem que o semblante e o sorriso são os aspectos mais importantes.
"É uma questão de observar cautelosamente", disse ao "Daily Mail" Pamela Meyer, autora do livro "Flagrando Mentirosos" e CEO da empresa Calibrate, que treina pessoas e empresas para identificar fraudes. "Não tem truque de mágica, é uma habilidade que pode ser desenvolvida com prática", diz David Matsumoto, professor de psicologia na universidade de São Francisco (EUA) e treinador da polícia. Eles chamam atenção para um fator importante: o método funciona melhor se conhecermos a pessoa com a guarda baixa, falando a verdade, e compararmos o jeito como ela se expressa em situações diferentes. "Há um mito de que inquietação e nervosismo são sinais de mentira, mas algumas pessoas naturalmente congelam quando estão de frente com a polícia, mesmo se estiverem falando a verdade. A chave é fazer uma pergunta neutra, que seja absolutamente verdade (uma pergunta de opinião, por exemplo) e comparar as mudanças na expressão da pessoa", diz Meyer. Outra dica é observar a gramática e vocabulário do investigado. Quando mentimos, nossa linguagem fica mais "distanciadora", aponta Meyer, como na famosa frase proferida por Bill Clinton: "Eu não tive relações sexuais com 'aquela mulher' [Monica Lewinski]". "Mentirosos tendem a se apegar a detalhes irrelevantes, fugindo do tema principal, se recusar a responder diretamente a pergunta que foi feita, mudar de assunto ou de tom, responder uma pergunta com outra pergunta e até colocar as mãos para cima em sinal de protesto", elenca a autora. Mastumoto diz que a polícia costuma pedir para os interrogados contarem a história de trás para frente, ou em trechos aleatórios. As memórias falsas são construídas em ordem cronológica, então são mais difíceis de se contar de trás para frente. "Olhe para a cara. A mudança pode aparecer em qualquer lugar do rosto", diz Matsumoto. "Pesquisas mostram que a maior parte das mensagens é comunicada não-verbalmente". Já Meyer recomenda olhar para o sorriso. Segundo ela, um sorriso verdadeiro é percebido nos olhos, já um sorriso falso só aparece na boca. Atente também a sorrisos contidos, com apenas um canto do lábio curvado, como se o mentiroso pensasse que está se safando. A Academia de Ciências dos EUA fez uma análise delicada sobre a utilidade do polígrafo como triagem de potenciais ameaças. Em 2003, um estudo afirmou que se a pessoa que está sendo examinada não é treinada em medidas defensivas capazes de enganar a máquina, o teste do polígrafo pode discriminar a mentira da verdade com boas proporções, embora esteja muito longe da perfeição.
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