Riptide e o futuro da mídia: como a tecnologia mudou o jornalismo




Em tempos de crise nos negócios jornalísticos, iniciativas como Mídia NINJA, experiências de jornalismo cidadão e crowdsourcing para notícias (como a de distribuição de bolsas de reportagem da Agência Pública) tomando forma, o futuro do jornalismo passou de assunto da academia e das mesas de bar de comunicólogos para o centro de protestos e discussões sobre democratização.Para quem se interessa pelo assunto, o Nieman Lab – laboratório de jornalismo da faculdade de Harvard – produziu uma reportagem especial imprescindível:
Riptide (Correnteza, em tradução livre para o português), uma “história oral da épica colisão entre o jornalismo e a tecnologia digital, dos anos 80 até os dias de hoje”.
Recheado de entrevistas e reflexões de antigos e novos magnatas da comunicação nos Estados Unidos – como Arthur Sulzberger Jr, do New York Times, Will Hearst, diretor da segunda maior editora de revistas do mundo, Arianna Huffington, do Huffington Post, Nick Denton, do Gawker e Jonah Peretti, editor do BuzzFeed -, o especial é obrigatório para estudantes, jornalistas profissionais, entusiastas da mídia livre e, por que não?, um necessário sopro de ar fresco para quem ainda privilegia o modelo de jornalismo até então tradicional em detrimento do jornalismo digital e de novos paradigmas de informação.
Por enquanto, a única verdade disponível entre os donos dos veículos que tanto prometem buscá-la é: ninguém tem a resposta definitiva sobre o que o jornalismo vai ser quando ele crescer. Mesmo diante do sucesso dos virais produzidos em sua página e dos vários sites que o imitam, Peretti afirmou: “Eu realmente acredito que existem vários modelos de negócios sendo criados e é difícil saber quais deles serão importantes”.
Vai lá, e indique para seus amigos: www.niemanlab.org/riptide

Ismael dos Anjos

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