Pesquisa percebeu que existe uma divergência grande no número de compartilhamentos e de cliques que uma matéria recebe
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Existem dois tipos de pessoa na internet: as que
compartilham sem ler e as que comentam "você compartilhou sem ler!". De
acordo com um novo estudo feito
pela Universidade Columbia e pelo Instituto Nacional Francês, o
primeiro grupo é maioria absoluta nas redes sociais. Ou pelo menos no
Twitter.
O experimento avaliou quase 3 milhões de posts no Twitter, nos quais eram compartilhadas notícias de 5 grandes sites: BBC, CNN, Fox News, New York Times e Huffington Post. Todos eles usavam o encurtador de links Bit.ly. O serviço guarda o número de clicks que cada link encurtado recebe - informação que foi utilizada no estudo.
O experimento avaliou quase 3 milhões de posts no Twitter, nos quais eram compartilhadas notícias de 5 grandes sites: BBC, CNN, Fox News, New York Times e Huffington Post. Todos eles usavam o encurtador de links Bit.ly. O serviço guarda o número de clicks que cada link encurtado recebe - informação que foi utilizada no estudo.
Os pesquisadores rastrearam o número de vezes que cada link
foi compartilhado, tanto a partir da fonte original quanto de posts de
outros usuários. Depois, compararam essa quantidade com o número de
vezes que cada link foi aberto.
Resultado: 59% dos links postados no Twitter nunca foram
clicados. Ou seja: de cada 10 pessoas que compartilharam um link, 6 não
tinham clicado nele (e, portanto, não haviam sequer lido a notícia).
Se a situação já não fosse familiar o suficiente, o site The Science Post,
um Sensacionalista que faz paródias de notícias científicas, fez um
teste parecido no mesmo mês do experimento. Publicou um texto chamado "70% dos usuários do Facebook só lêem a manchete de notícias científicas antes de comentar". Ele trazia parágrafos inteiros de lorem ipsum,
texto sem sentido usado para preencher páginas em teste. Mesmo assim, a
matéria foi compartilhada por 46 mil pessoas - e o site acredita que
grande parte delas não entendeu a ironia.
Piadas a parte, os autores do estudo com o
Twitter acreditam que estamos mudando nossa forma de consumir informação
- e isso significa estar mais disposto a compartilhar do que a ler. "As
pessoas formam suas opiniões baseadas em um resumo, ou um resumo de
resumos, sem fazer o esforço de ser aprofundar em um tema", acredita
Arnaud Legout, do Instituto Nacional Francês.
Por
Ana Carolina Leonardi
Editado por
Bruno Garattoni
super
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