Uma verdadeira histeria coletiva. Sim, essa é a expressão que pode dar noção do que rolou no dia 18 de maio de 1896, em Moscou.
A história foi mais ou menos assim. Quatro dias antes, Nicolau II era coroado czar da Rússia e resolveu dar um banquete para o povo no campo de Khodynka, um grande espaço aberto no noroeste da capital russa.
Foram improvisados teatros e outros estabelecimentos para o evento, e 150 pessoas foram escaladas para distribuir presentes. Na véspera da festa, já circulavam muitos rumores sobre “fartos e ricos presentes do czar”. Bem, na verdade, esses “presentes” seriam somente um pão francês, um pedaço de salsicha, um biscoito e uma caneca.
Caneca distribuída durante a festividade de Khodynka |
Em outra festa…
O czar Nicolau e a czarina Alexandra foram informados, posteriormente, sobre a tragédia que se deflagrara em Khodynka. A embaixada francesa realizaria um baile em Moscou e Nicolau, convidado de honra, refletiu que não pegaria bem comparecer.
Seus irmãos não avaliaram da mesma forma: “dar bolo” nos franceses seria “um tapa na cara de Paris”, o que poderia estremecer as relações diplomáticas entre os dois países. Nicolau cedeu e foi ao baile. E, de fato, isso não pegou bem.
Repercussão
O povo russo estava horrorizado com a tragédia e cabeças teriam que rolar. A responsabilidade da organização das festividades de Khodynka havia sido confiada ao conde Vorontsov-Dachkov e ao grão-duque Serge, governador geral de Moscou e tio do imperador, que, segundo investigações policiais, era o culpado pelo massacre. Nicolau II, no entanto, preferiu punir pessoas de escalões inferiores.
Roney Rodrigues
super
Fontes: Today in History, Bonhams, Opera Mundi.
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