Países produtores de algodão discutem projeto de cooperação com o Ministério do Trabalho

 
O diagnóstico sobre trabalho nas lavouras de algodão do Paraguai, Peru, Mali e Tanzânia, nações integrantes do Projeto de Cooperação Sul-Sul para a Promoção do Trabalho Decente em Países Produtores de Algodão na África e América Latina, deve estar concluído até o final do ano. A previsão foi feita esta semana pela coordenadora do programa de cooperação Sul-Sul Brasil-OIT, Fernanda Barreto, em reunião no Ministério do Trabalho, um dos principais colaboradores do projeto.
“Faltará apenas o diagnóstico de Moçambique, o quinto país integrante do projeto. Mas já temos uma visita de prospecção nesse país marcada para abril”, explica Fernanda.
 
O projeto é uma parceira entre o governo brasileiro, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e o Instituto Brasileiro do Algodão (IBA). Ele foi assinado em 2015 com o objetivo de contribuir para a promoção do trabalho decente com ênfase nos Direitos e Princípios Fundamentais do Trabalho e a melhoria das condições de trabalho em países em desenvolvimento produtores de algodão.
 
Representantes dos cinco países no projeto estiveram no Ministério do Trabalho para saber do andamento do trabalho, que prevê a elaboração de um diagnóstico a respeito da situação nessas regiões e na sugestão de propostas para combater problemas como trabalho infantil e escravo e implantar a aprendizagem e a qualificação nas lavouras. O encontro foi nesta terça-feira (21) e integrou um roteiro de reuniões que estão sendo feitas durante toda essa semana com a OIT Brasil para planejar as ações do grupo para os próximos anos.
 
A secretária de Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho, Maria Teresa Pacheco Jensen, lembra que o Brasil é um exemplo de promoção do trabalho decente para esses países, mas também aprende muito com as experiências relatadas por eles. “O acordo de cooperação é uma via de mão dupla. Nós contribuímos com os outros países, mas também trazemos para o Brasil muitas experiências positivas dessa troca”, avalia.
 
Maria Teresa lembra que o Ministério do Trabalho é o principal colaborador da Agência Brasileira de Cooperação e da OIT nos acordos de cooperação Sul-Sul. Trata-se de uma modalidade de cooperação técnica internacional entre países em desenvolvimento que compartilham desafios e experiências semelhantes. Na última década, o Brasil investiu esforços e recursos em programas voltados a países da América Latina e Caribe, África e Ásia, por meio da Agência Brasileira de Cooperação.


Ministério do Trabalho
Assessoria de Imprensa
Graziela Andreatta
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