A Caixa publicou as regras de
funcionamento das operações financeiras para empréstimos consignados
com uso do FGTS como garantia. A partir de agora, os bancos já podem
começar a firmar convênios com as empresas para
que seus trabalhadores tenham acesso a essa nova linha de crédito, que
tem juros mais baixos e dá prazo de até 48 meses para pagar.
Na avaliação do ministro do
Trabalho Ronaldo Nogueira, que preside o Conselho Curador do FGTS, a
modalidade representa um avanço importante para os trabalhadores. “É uma
alternativa de financiamento mais viável, porque
os juros são menores. Isso significa crédito mais barato para os
trabalhadores”, analisa o ministro, lembrando que os juros não podem
ultrapassar 3,5% ao mês, percentual até 50% menor do que o de outras
operações de crédito disponíveis no mercado.
Para as instituições
financeiras, a operação também é vantajosa. Como os contratos são feitos
com base em convênios com as empresas, as parcelas do empréstimo são
descontadas diretamente na folha de pagamento dos trabalhadores.
Além disso, o FGTS assegura que o valor emprestado, ou pelo menos parte
dele, poderá ser imediatamente recuperado caso o trabalhador perca o
emprego.
O secretário executivo do
Conselho Curador do FGTS, Bolivar Tarrago, explica que os valores
emprestados pelos bancos dependerão do quanto os trabalhadores têm
depositado na conta vinculada do FGTS. Pelas regras, eles
podem dar como garantia até 10% do saldo da conta e a totalidade da
multa de 40% em caso de demissão sem justa causa, valores que podem ser
retidos pelo banco no momento em que o trabalhador perde o vínculo com a
empresa em que estava quando fez o empréstimo
consignado.
O
uso de FGTS para crédito consignado está previsto na Lei 13.313/2016,
aprovada desde julho do ano passado no Congresso Nacional. O Conselho
Curador do FGTS aprovou a taxa de juros em dezembro.
Faltava apenas a Caixa regulamentar o funcionamento das operações de
crédito entre as instituições financeiras e as empresas para que as
operações fossem liberadas.
Atualmente, trabalhadores da
iniciativa privada respondem por R$ 18,4 bilhões contratados em
consignados. Por mês, são emprestados entre R$ 700 milhões e R$ 800
milhões nesse tipo de operação. Entre os servidores públicos,
o volume contratado chega a R$ 167 bilhões – são quase R$ 6 bilhões por
mês. A expectativa é de que a possibilidade de uso do FGTS faça crescer
o número de operações entre os empregados privados.
Para acessar os documentos da Caixa com o regramento:
1 – Acesse o endereço
https://webp.caixa.gov.br/ Portal/Legislacao/legislacao. asp
2 – Preencha o campo TIPO com a opção CIRCULAR CAIXA
3 – Preencha o campo do ano com 2017
4 – Clique no botão Buscar
5 – Uma série de documentos será listado. Os que tratam do consignado são os de números 756, 757 e 758.
Ministério do Trabalho
Assessoria de ImprensaGraziela Andreatta
imprensa@mte.gov.br
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