Coluna da Andry Simão - Pequenas corrupções




Passamos por uma fase de extrema revolta no campo político. Milhares de pessoas saem às ruas para protestar contra a corrupção que nos assola. Porém, nos falta uma pequena reflexão: qual é a corrupção que não queremos? 
Em minha caminhada rumo à eleição para o cargo de vereadora, tenho encontrado pessoas de todos os tipos: as que não querem nem ouvir falar de política, as que não se importam e aquelas que vão atrás de quem puder lhe oferecer mais, momentaneamente. Costumo dizer que o sujo não é a política, mas sim a politicagem e que o maior corrupto não é o político, mas sim o eleitor que se permite ser corruptível. 
Ao entrarmos nesse meio, vemos e vivenciamos coisas que jamais imaginaríamos. Conseguimos identificar quem são nossos verdadeiros amigos e com quem podemos contar de fato, mesmo sem ter nada para oferecer. Passamos por decepções que com certeza seriam evitadas em um dia a dia normal, aqueles de cada um por si e Deus por todos, as amizades de festas e baladas regadas a risadas e alegrias. Ouvimos todos os tipos de absurdos sobre aqueles que nos são caros, o que às vezes, não são tão absurdas assim... Vemos em um desconhecido, a pessoa que mais vai te ajudar que vai te cuidar e mostrar que se importa mais contigo do que aquele amigo de 10 anos atrás. As falsas promessas, aparecem aos montes, todo mundo sabe o que é melhor para a sua campanha, e sua vida pessoal é um livro de histórias pronto para ser lido por todos – e todos também são autores. 
Se conselhos fossem bons, seriam vendidos, mas deixo aqui o seguinte: Não troque uma amizade, alguém que te considera e que pode te ajudar muito não só nesse momento por um pagamento rápido. Não se esqueça que quem te paga agora, não terá compromisso algum contigo posteriormente. A vida política é uma folha em branco, escrita por aqueles que possuem o controle sobre a caneta.


Nenhum comentário:

Postar um comentário