Coluna do Requião Filho - Um Menestrel
Em pleno século XXI ainda nos deparamos com a figura do lendário menestrel.
Aquele de longas histórias, sejam elas verdadeiras ou imaginárias, que de forma envolvente discorre sobre eventos fantásticos sem nenhum compromisso com o mundo real, mas que de maneira afável acaba angariando a simpatia de ouvintes desavisados.
O menestrel, que grita, que declama, que canta e acha que encanta, embora já ultrapassada sua era, ainda busca manter suas degradadas raízes, tentado a todo custo, descomprometido com os limites legais, retirar do cidadão o direito de conhecer dias melhores.
O tal menestrel, não se engane, não mede esforços para te conquistar. Trabalhando com o imaginário da população, brinca com o saudosismo, com as palavras e trabalha no inconsciente, instalando o medo do futuro. Pura semântica, uso de vocabulário rebuscado.
O menestrel, quando na política, nunca prima pela eficiência, pelas melhorias efetivas! Vaidoso, segue tapando buracos e realizando obras plásticas em busca de ser lembrado eternamente, mesmo que a vida da população em nada seja beneficiada. Na base do faz de conta, maquia e enfeita a cidade, buscando tapar com peneira a luz fúnebre da realidade vivida pelo cidadão.
As cidades brasileiras estão, infelizmente, cheias de menestréis, uns grandes, uns enormes e outros pequenos, mas que vivem de anedotas, sem o mínimo comprometimento com a realidade, com a cidade que quer gerir e com o povo que deverá representar.
Vive o enorme menestrel de glórias, quiçá, de inglórias passadas, mas o que deseja é apenas seu voto, para continuar a perpetuar a política das aparências.
Paranaenses, abram seus olhos, não se envolvam com os políticos menestréis que rodam suas cidades.
Requião Filho
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário