Coluna do Requião Filho - O fantasma da privatização ronda a Copel e a Sanepar
Desde que assumiu seu primeiro mandato, Beto Richa (PSDB) vem de mansinho tentando alcançar um objetivo sorrateiro que já virou obsessão; privatizar a Copel e a Sanepar. Se olharmos bem de perto, podemos perceber que ele armou uma teia complexa e ardilosa. No primeiro ano de governo, as duas empresas dobraram a distribuição dos lucros aos sócios privados e intensificaram serviços de terceirização.
Uma das últimas tentativas foi um artigo escondido, um texto nas entrelinhas do último pacotaço, enviado à ALEP, que autorizava o executivo a vender ações das empresas estatais, sem autorização legislativa. Por sorte, o texto foi visto a tempo de ser retirado do projeto final.
Viajando pelo túnel do tempo, encontramos evidências ainda mais cabulosas desta fixação pela privatização defendida pelos tucanos. Quando Jaime Lerner assumiu o governo do Paraná, em 1995, o Estado era detentor de 85% das ações da Copel. Ao entregar o cargo, oito anos depois, restavam apenas 31% das ações da energética para o governo do Estado.
O mesmo aconteceu com as Parcerias Público Privadas, as PPP´s, que, anos mais tarde alienou 35 milhões de ações da Sanepar e estas simplesmente desapareceram das mãos do Estado.
O que fica evidente com esta sucessão de fatos é que Richa não vai descansar enquanto não entregar o patrimônio público à iniciativa privada. Está aprimorando suas estratégias e a intenção fica ainda mais explícita com detalhes de suas ações.
Por fim, outro exemplo é uma resolução publicada no Diário Oficial esta semana, que cria uma conta de remuneração de recursos de vendas de ações para o orçamento de 2016. Ou seja, eles ainda não desistiram e não vão descansar enquanto não criarem um jeito de vender o Paraná. Endividado já está, falta só a placa de Vende-se no topo do Pico do Marumbi.
Requião Filho
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