Os ricaços da Globo e os 400 demitidos



A jornalista Cláudia Penteado, da agência Propmark, postou nesta segunda-feira (31) que a bilionária famiglia Marinho deverá demitir cerca de 400 funcionários dos jornais O Globo e Extra nos próximos dias. Nos inúmeros veículos do império global nesta terça-feira nada sobre o facão - nem desmentido, nem confirmação. O clima nas redações, porém, é de terror e revolta. Na sexta-feira, a revista Forbes divulgou o ranking dos bilionários brasileiros. Os três filhos de Roberto Marinho aparecem em quinto lugar na lista, cada um com uma fortuna de R$ 23,80 bilhões. E, como sempre ironiza Mino Carta, ainda tem jornalista que chama o patrão de companheiro. Baita companheiro!

Segundo a matéria, os cortes deverão atingir principalmente a redação e a área comercial do jornal O Globo. "Em cada área deve haver pelo menos 60 demissões (embora as especulações tenham dado conta de mais de 70 pessoas). As áreas de circulação e marketing também sofrerão cortes importantes e devem ser unidas (O Globo e Extra). A área digital do Extra pode ser reduzida à metade". Entre as vítimas, o site já anunciava as dispensas do editor executivo de plataformas digitais Pedro Dória e dos colunistas George Vidor (economia), Marceu Vieira (editor da coluna do Anselmo Góes), Luciana Froes (gastronomia) e Pedro Motta Gueiros (esportes)".
 
Em tempo: no final da tarde desta terça-feira (1), o Portal Imprensa, sempre bem relacionado com os impérios midiáticos, confirmou a nova onda de demissões na corporação. Segundo matéria de Alana Rodrigues e Matheus Narcizo, "a Infoglobo, que reúne os jornais O Globo, Extra, Expresso e outros veículos de comunicação do Grupo Globo, iniciou na segunda-feira um grande corte no quadro de funcionários. No total, o grupo pode realizar a demissão de 300 funcionários. IMPRENSA apurou que mais de quarenta jornalistas já foram desligados das redações de O Globo e Extra".
 
A justificativa apresentada pelo site é de que "o grupo realiza uma reestruturação com redefinição de cargos e departamentos em meio à crise econômica do país". A culpa, lógico, é da presidenta Dilma. Os patrões, coitadinhos, estão em apuros. Não sabem aonde gastar suas fortunas de R$ 24 bilhões. Os vários cortes anteriores - mesmo em fases de bonança - também foram culpa do governo lulopetista! Nada a ver com a explosão da internet, a perda de crebilidade de veículos partidarizados ou com a má gestão e a ganância patronal. Afinal, a iniciativa privada - nos dois sentidos da palavra - nunca falha!

Altamiro Borges
Brasil 247

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