Coluna do Requião Filho - Um pesadelo bizarro, ou a realidade do Paraná?
Tive um sonho bizarro. Quero compartilhar este sonho. Me permita esta intimidade com você, leitor.
Sonhei que estava na arquibancada de um grande circo. Um circo enorme, naquelas tendas de espetáculos como há muito não se vê. No centro um pomposo mestre de cerimônias, terno bem cortado, sapatos italianos e na cara… Ah!!! a sua cara não se via, era coberta por uma máscara estampada com um belo e enorme sorriso. Por trás da máscara os olhos, estes, no entanto, eram de uma mortífera inquietação e, ao mesmo tempo, mortos e sem brilho.
A primeira atração foi algo incrível, aquele tipo de incrível que apenas no mundo dos sonhos pode se materializar. O Mestre de cerimônias tira de seu bolso um papel e este papel se transforma em um monstro indescritível. Este monstro corre em direção às arquibancadas, desespero total! Atropela todos, deixa vários inconscientes e retorna ao centro do picadeiro apenas para novamente virar um simples pedaço de papel!
Ao retomar o ar o venerável público nota que estão sagrando. Todos sangram! Novamente o desespero, ninguém acha o ferimento. Um mais atento percebe que o sangue sai de seu bolso, mais precisamente de sua carteira. Aonde tinha dinheiro, não tem mais! Apenas papéis com códigos de barra e siglas como IPVA, ICMS e afins.
Desesperados mas atônitos todos sentam resignados.
No segundo ato um mágico se apresenta no picadeiro! Mas o mágico e o apresentador se confundem, são dois, mas ao mesmo tempo são um só; cousas do mundo de Morfeu. O Mágico tira do seu chapéu um aumento na conta de luz! Gritos do público! Tira na sequência sem dar tempo para a plateia se recompor um aumento na conta de água… donas de casa choram copiosamente! O magnífico grita: “Para o meu último truque…. A RENOVAÇÃO DO PEDÁGIO!”
A plateia não mais resignada grita! Joga copos e sacos no picadeiro! E o mestre de cerimônias pede calma, afinal a culpa não é dele é do mágico. Ele só está apresentando o show, não sabe nada…
Alguns se levantam e a segurança do circo dispersa a manifestação com bombas de gás, granadas de efeito moral e muita porrada. O mestre de cerimônias deixa o centro do palco. Lá do canto escuro ele ordena “entrem em cena e assumam a culpa”. Em instantes uns trinta e poucos anões de terno assumem o picadeiro e gritam: pode deixar que matamos esta “no peito”, basta nos mandar carrinhos novos para fazermos o nosso show.
Novamente no centro do picadeiro, meio descabelado, com o terno meio amassado e a mascará por cair, o nosso apresentador uiva e grita: “fiquem onde estão! o melhor está por vir!”
Neste instante acordei gritando: NÃO! Todo suado, com o coração na boca e os olhos arregalados me dei conta que um absurdo assim só pode acontecer em um mundo sem regras, como é o mundo dos sonhos…. ou não???
Requião Filho
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