Coluna do Requião Filho - Enquanto o governador vive em um conto de fadas, o rato rói sua fantasia…
Nos últimos dias, o governador Beto Richa fez algumas declarações bem curiosas: colocou a culpa da educação ruim do Estado nos professores; gabou-se que o fim da greve teria iniciado com a divulgação de uma versão ardilosa dos salários dos nossos professores. Depois teve mais um devaneio quando reafirmou que os manifestantes seriam os responsáveis pelo confronto do dia 29/04/2015 e, mais preocupante ainda, disse que o Paraná é um exemplo para o país!
Socorro!, alguém leve ele no médico. Bateu a cabeça… só pode!
Afora delírios, visões e versões, várias análises podem ser feitas acerca das afirmações acima, mas uma constatação é inegável: Beto Richa não fala do mesmo Estado no qual vivemos.
O governo Richa enfrenta a maior crise moral e econômica da história. Atenção leitor, isto é um fato e não uma versão. Sei que o atual governador não gosta de fatos mas assim é. E contra fatos não há argumentos.
Um fato: o massacre do dia 29 de abril foi de autoria e de total responsabilidade do Governo do Estado, que, inclusive, responde por seus atos judicialmente. O menino Richa foi alertado pelo coronel da Polícia Militar do Paraná, Chehade Elias Geha, sobre o “flagrante abuso de autoridade”
Fato dois: a divulgação dos salários dos professores chega até mesmo a ser ridícula, pois a 4ª Vara da Fazenda Pública já reconheceu a obrigação judicial do Governo de alterar a veiculação errônea e maldosamente direcionada dos salários, reconhecendo na decisão que foi um ato político governamental.
Agora, convenhamos, se o Paraná tem servido de exemplo ao País, que mau exemplo está sendo dado pelo governador!
Denúncias atrás de denúncias em todos os setores;
total demonstração de despreparo para lidar com manifestações populares; truculência e violência contra professores; gestão temerária da previdência dos servidores; irregularidades em nomeações de cargos comissionados, pagamento de obras inexistentes; desvios na receita estadual; castas privilegiadas no serviço público; prisões de amigos e aliados do Governador… sem mencionar os sucessivos aumentos que afetam diretamente o bolso do paranaense, como o recente aumento na tarifa de água.
Na tentativa de se auto-iludir, Beto Richa limita-se a inventar culpados pelo caos instalado na sua administração do Estado do Paraná: black blocs imaginários, antigas administrações, partidos opositores, sindicatos de categorias, dentre outros… Parece Homer Simpson com suas célebres frases: “a culpa é minha, eu coloco em quem eu quiser”; “não diga que fui eu” e “já estava assim quando eu cheguei”.
Como ousa!!! Que coisa!!!
O Governador insiste em subestimar o povo paranaense, acreditando, dentro do seu mundo de fantasia, que ainda pode ludibriar a todos. Acorda Beto!!! Volta para o mundo real!!!
Enquanto isso, quem de fato governa o Paraná? Quem move os cordões do marionette que pousa de governador?
As políticas financeiras, cada vez mais, guardam o estilo do Secretário da Fazenda. O diálogo com os deputados se dá, unicamente, através das ordens do Palácio Iguaçu, que taxativamente orienta a votação dos aliados durante as sessões na Assembleia; o Paraná vem sendo representado pela vice-governadora Cida Borghetti e o Secretário Chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra, é o responsável por atender e negar todas as reivindicações da população.
E nas entranhas palacianas, longe dos holofotes, o Secretário de Desenvolvimento Urbano, Ratinho Júnior, mesmo ocupando um poderoso e estratégico cargo de confiança, faz de tudo para manter sua imagem distante do Governo Richa aos olhos da população, enquanto, na realidade, integra o mesmo grupo de aliados.
A entourage quer o apoio da máquina do Governo, as benesses, mas não quer vincular os nomes dos convivas ao desastre que é Beto Richa.
Requião Filho
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