Primeira mulher negra a se tornar juíza no Brasil lançou livro durante o evento Desafios da Promoção de Igualdade Racial no Século XXI, da OAB/PR

Advogado Mesael Caetano dos Santos e a juíza Luislinda Dias de Valois Santos


A magistrada baiana Luislinda Dias de Valois Santos, a primeira mulher negra a se tornar juíza no Brasil, lançou a obra “O negro no século XXI” durante o evento Desafios da Promoção de Igualdade Racial no Século XXI. O livro reúne artigos sobre temas variados como cultura, educação, políticas públicas, justiça social e religião, mediados pela experiência negra no país pós-escravidão.

“O racismo no Brasil persiste, mas não é estático, a cada tempo se modifica. Agora estamos vivendo um racismo onde se exclui o negro, dizendo que está incluindo. Não encontramos negros em espaços de poder. Encontramos o negro sempre do terceiro escalão para baixo. Quando este negro se rebela e vai em busca da caneta para participar do espaço de poder, ele sofre. Todos nós somos iguais perante a lei, mas percebemos que esta igualdade não é tão igual”, afirmou Luislinda Dias de Valois Santos, que foi uma das palestrantes do evento.
O encontro, promovido pela Comissão de Igualdade Racial e de Gênero da OAB Paraná, reuniu especialistas em um debate sobre o mito de que no Brasil não há racismo. O vice-presidente da OAB Paraná, Cássio Telles, e o presidente da Caixa de Assistência dos Advogados (CAA-PR), José Augusto Araújo de Noronha, prestigiaram o evento, organizado pelo presidente da Comissão de Igualdade Racial da OAB/PR, Mesael Caetano dos Santos e o lançamento da obra.

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