Dilma diz que 'panelaço é algo normal na democracia'

"Vi da mesma forma que eu vejo outras manifestações. Em outros países, manifestações assumindo a forma de panelaço ou qualquer outra forma não são consideradas normais. No Brasil, elas são normais. Nós construímos a democracia. Então, respeitar a manifestação livre das pessoas é algo que conquistamos a duras penas. Vejo como mais uma manifestação de uma posição diferente da outra", disse a presidente Dilma Rousseff, ao comentar os panelaços ocorridos ontem, durante o programa eleitoral do Partido dos Trabalhadores; perguntada por jornalistas sobre o motivo de não ter gravado uma mensagem no programa da legenda, ela respondeu: "Nem sempre eu participo do programa do PT"; a presidente também demonstrou otimismo em relação à tramitação do ajuste fiscal no Congresso; "Tenho a crença de que os parlamentares trabalham a favor do Brasil", disse ela

A presidenta Dilma Rousseff disse que as manifestações ocorridas ontem (5) à noite, durante o programa do PT na televisão, são normais em um país democrático como o Brasil.
"[Vi o panelaço] da mesma forma que eu vejo outras manifestações. Em outros países, manifestações assumindo a forma de panelaço ou qualquer outra forma não são consideradas normais. No Brasil, elas são normais. Nós construímos a democracia. Então, respeitar a manifestação livre das pessoas é algo que conquistamos a duras penas. Vejo como mais uma manifestação de uma posição diferente da outra", disse.

Perguntada por jornalistas sobre o motivo de não ter gravado uma mensagem no programa da legenda, a presidenta respondeu: "Nem sempre eu participo do programa do PT".
No Rio de Janeiro, o ministro da Defesa, Jaques Wagner destacou o caráter democrático das manifestações, mas disse que as pessoas que protestaram contra a propaganda do PT deveriam "gritar pela reforma política".
"Eu acho que é nisso que a rua deveria acreditar. Eu acho que os que batem panela deveriam gritar pela reforma política. Só a reforma política dará tranquilidade ao exercício da política sadia no Brasil", defendeu.
Wagner destacou a necessidade de punir corruptos e de suspender o financiamento empresarial das campanhas eleitorais.
Para o ministro, o partido está “pagando caro” por não ter feito a reforma política no primeiro ano de governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2003. "O PT tem, na minha opinião, um grande erro e está pagando muito caro agora. Foi não ter feito a reforma política no primeiro ano do governo do presidente Lula."
Nesta quarta,(06), Dilma também previu a aprovação do ajuste fiscal. Leia:
A presidenta Dilma Rousseff disse acreditar que os deputados e senadores vão aprovar o ajuste fiscal em debate no Congresso Nacional. A declaração foi feita hoje (6) a jornalistas, em entrevista, após cerimônia no Palácio do Planalto de lançamento do Plano Nacional de Defesa Agropecuária. Na noite de ontem, a discussão sobre a MP 665 foi adiada no plenário da Câmara.
"Vamos nos manter tranquilos. Tenho certeza que haverá por parte dos parlamentares para que se vote o ajuste. Tenho a crença de que os parlamentares trabalham a favor do Brasil. Podemos divergir, ter opiniões divergentes. Agora uma convicção eu tenho: em que pesem as divergências, há uma consciência básica entre nós brasileiros, nós trabalhamos em favor do Brasil", disse a presidenta.
Para o governo, as medias provisórias 664, que altera normas de pensão, e a 665, que altera as regras do seguro-desemprego, seguro-defeso e abono salarial, precisam ser aprovadas com rapidez para que se crie um ambiente favorável ao crescimento do país e aumento do emprego.

Paulo Victor Chagas
Agência Brasil

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