Coronel Kogut 'entrega' Francischini, Rossoni comemora, Sciarra está 'pela boa' e Beto MASSACRADOR tenta se livrar do 'B.O.' ... |
Fernando Francischini, deputado federal e delegado da PF licenciado, 'quase' não resistiu ao contra-bombardeio após o massacre de professores pela PM no último dia 29 de abril. Fontes no Palácio Iguaçuhaviam dado como certa a sua queda do cargo de secretário da Segurança Pública. O nome mais cotado para o cargo era do delegado da Polícia federal José Iégas.
Mas, todavia, porém, Francischini 'implorou' ao Beto MASSACRADOR para ficar, pois sua saída 'abalaria' sua carreira política...
Acabou ficando, mas na corda bamba...
Na manhã desta quarta-feira (6), o Senado Federal realiza concorrida audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa (CDH). Houve bate-bocas e emocionado depoimento do cinegrafista da Band, o jornalista Luiz Carlos de Jesus.
Quem também está por um fio é o chefe da Casa Civil, Eduardo Sciarra (PSD), que na segunda-feira (4) fora apontado pelo deputado Tadeu Veneri (PT) como mandante do bombardeio a educadores.
O petista diz ter escutado Sciarra falando ao telefone “meta bomba, meta bomba”. O chefe da Casa Civil pilotava o bombardeio do oitavo andar da Assembleia, denunciou Veneri.
Setores do Palácio Iguaçu já “fritando” o ex-secretário da Segurança com objetivo de preservar o governador tucano. Mas Sciarra orienta Francischini a resistir ao “ataque especulativo”.
Ontem (5), a Comissão de Educação do Senado, por sugestão da senadora Gleisi Hoffmann (PT), aprovou moção de repúdio “à truculenta ação policial que deixou mais de 200 pessoas feridas”. E hoje (6), conforme transmitimos ao vivo, os senadores realizaram audiência pública sobre o massacre dos professores na capital paranaense.
Uma carta assinada pelo ex-comandante geral da Polícia Militar, coronel César Kogut, acusa o secretário de Segurança Pública do Paraná, Fernando Francischini, de participar das diversas fases do planejamento da operação que resultou no massacre dos professores no último dia 29 de abril. O documento enviado ao governador Beto Richa no início desta tarde (6), foi subscrito por todos os coronéis da instituição sequicentenária.
É a primeira vez na história que o alto comando da PM se rebela contra um integrante da Secretaria da Segurança Pública. O coronelato informa que só responderão ao próprio governador Beto Richa, pois já não consideram mais Francischini como titular da pasta.
“O secretário foi informado dos possíveis desdobramentos… tendo o senhor secretário participado de diversas fases do planejamento, bem como é importante ressaltar que no desenrolar dos fatos o senhor secretário da Segurança Pública era informado dos desdobramentos”, diz um trecho da carta.
No último dia 23 de abril, nossos leitores souberam que Francischini e o comando da PM estiveram reunidos “secretamente” com o presidente da Assembleia, Ademar Traiano, detalhando a operação repressiva aos manifestantes contrários ao confisco da poupança previdenciária.
Na segunda-feira (4), Francischini responsabilizou o coronel da PM, durante coletiva dada à imprensa, pelo massacre de professores na quarta-feira passada. A entrevista ampliou a crise política e na segurança pública.
A seguir, leia a íntegra do documento:
CARTA AO EXCELENTÍSSIMO SENHOR GOVERNADOR DO ESTADO DO PARANÁ
O Comando da Polícia Militar do Paraná, instituição sesquicentenária que labuta diariamente em prol da segurança pública do Estado do Paraná, cumprindo incansavelmente a sua missão constitucional, vem perante Vossa Excelência manifestar o seu repúdio às declarações atribuídas pela Imprensa ao Secretário de Estado da Segurança Pública, em data de 04 de maio de 2015 – e até agora não desmentidas – as quais atribuem única e tão somente à PMPR a responsabilidade pelos fatos ocorrido em 29 de abril de 2015, quando da manifestação dos professores, pelos fundamento abaixo delineados.
a) A Polícia Militar do Paraná esteve presente no dia 29 de Abril de 2015, cumprindo o seu papel constitucional de preservação da ordem pública, no intuito de garantir a ordem pública e impedir uma possível invasão à Assembleia Legislativa do Estado do Paraná, em atendimento ao interdito proibitório expedido pela Justiça paranaense, devidamente comandada, com planejamento prévio e ciente dos desdobramentos que poderia advir.
b) Que o Senhor Secretário de Segurança Pública foi alertado inúmeras vezes pelo comando da Tropa empregada e pelo Comandante-Geral sobre os possíveis desdobramentos durante a ação e que mesmo sendo utilizadas as técnicas internacionalmente reconhecidas como as indicadas para a situação, pessoas poderiam sofrer ferimentos, como realmente ocorreu, tendo sido vítimas manifestantes e policiais militares empregados na operação.
c) Que imediatamente após os fatos foi determinada a abertura de Inquérito Policial Militar para a apuração dos possíveis excessos, no sentido de serem responsabilizados todos os que tenham dado causa aos mesmos.
d O que não se pode admitir em respeito à tradição da Polícia Militar do Paraná, seus Oficiais e Praças, que seja atribuída a tão nobre corporação a pecha de irresponsável ou leviana, por não ter sido realizado um planejamento, ou mesmo que tenha sido negligente durante a operação, pois todas as ações foram tomadas seguindo o Plano de Operações elaborado, o qual foi aprovado pelo escalão superior da SESP, tendo inclusive o Senhor Secretário participado de diversas fases do planejamento, bem como é importante ressaltar que no desenrolar dos fatos o Senhor Secretário de Segurança Pública era informado dos desdobramentos.
e) O Comando e os demais integrantes da Corporação deixam claro a Vossa Excelência que nunca deixarão de cumprir o seu juramento desempenhar com honra, lealdade e sacrifício de sua própria vida, as suas obrigações, na defesa da Pátria, do Estado, da Constituição e das Leis.
Curitiba, R, 5 de Maio de 2015.
Cel. QOPM Cesar Vinícius Kogut,
Comandante-Geral da PMPR
com conteúdo do blog do Esmael
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