Ridículos!
Sim, são ridículos os que pensam ser democratas quando insuflam ânimos golpistas, inflamam setores da sociedade a obliterar o estado de Direito, promovem a ruptura constitucional e acenam com um Brasil melhor a surgir dos escombros de uma desordem adredemente arquitetada, pausadamente pensada e ridiculamente levada avante.
Ridículos.
Sim, são ridículos os que se dizem líderes da Oposição ao governo democrático e constitucional da presidente Dilma Vana Rousseff e que tudo fazem para impedi-la de governar, que tramam despudoradamente e em conluio com o cartel midiático que domina o país há várias décadas, golpe de Estado contra governante legitimamente eleita com a clara maioria de mais que 3,5 milhões de votos.
Ridículos.
Sim, são ridículos esses personagens que tisnam a biografia política em troca dos favores midiáticos, da luz ofuscante e ilusória que tanto ornam a história dos demagogos, salafrários e traidores da Pátria.
Ridículos.
Sim, são ridículos os que não têm a altivez nem a dignidade de sobreviver nos limites constitucionais quando sofrem inquestionável derrota eleitoral, naquele momento maior da cidadania de uma nação que é o momento de nas urnas, por voto secreto e universal, os governantes de seu país.
Ridículos.
Sim, são ridículos proceres oposicionistas que menosprezam a importância de vultosa montanha de votos – nada menos que 3,5 milhões de maioria -, e que, ainda assim, se recusam a aprender lições vindas da nação que eles mesmos mais admiram e valorizam - os Estados Unidos da América:
a) Em 1960, John F. Kennedy derrotou Richard M. Nixon por 113 mil votos, ou seja, 0,1% de diferença.
Resultado: O democrata foi sagrado vitorioso por 303 votos no Colégio Eleitoral.
b) Em 2000, George W. Bush ganhou na Flórida com uma vantagem de 0,5% de diferença.
Resultado: Houve uma grande confusão na apuração e se realizaram duas recontagens. Numa, Bush ganhou na Flórida com 493 votos. Na outra, Al Gore obteve 60 votos de vantagem. Ocorreu então um impasse jurídico, a questão foi parar na Suprema Corte e George Bush ganhou por 5 a 4. No Colégio Eleitoral a vitória de Bush também foi apertada: 271 a 266.
Tanto Kennedy quando Bush governaram sem o mínimo estorvo que bandeiras golpistas poderiam causar para empanar o brilho de suas ações, projetos e planos de governo.
É por isso que temos uma oposição que parece a cada dia que passa ter perdido por completo o menor senso de ridículo, decoro, espírito democrata, apreço ao que está entronizado em nossa Constituição Federal.
Esquecem que a roda do tempo gira mais e mais e não tem trégua nem para descanso nem para se refazer a narrativa da História: plantam agora a legitimação para movimentos similares aos de hoje que venham a se insurgir contra governantes novamente democraticamente eleitos no pleito de 2018.
Abertas as clareiras do golpe, dificilmente serão fechadas e, a ter em conta nossa recente história, o último golpe no Brasil durou exatos 21 anos, e um tenebroso saldo contando milhares de brasileiros perseguidos, torturados, mortos, dívida externa nas alturas, imprensa cerceada, censura obstruindo nosso exuberante processo criativo no campo das artes, comportamento, política.
Um golpe na democracia brasileira gera trauma de monumentais consequências na alma nacional. E é como fogo voraz a consumir as instituições, a dilapidar os pilares que sustentam nosso estado de Direito e a deslegitimar a atividade política, como arte de se buscar o bem comum, o bem-estar da coletividade.
É isso que a Oposição deseja? Se sim... que belos democratas!!!
Daniel Quoist
Brasil 247
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