Os pretextos para o golpe em favor dos interesses dos Estados Unidos só tendem e crescer |
Frequentemente exponho,
quase desesperadamente, aos meus alunos, nas minhas palestras e sermões
às minhas comunidades a cruel realidade que vivemos no Brasil e no
mundo. A estratégia de derrubar os governos nacionalistas, democráticos,
populares e progressistas são concretas e já encaminhadas pelos Estados
Unidos para nos intimidar e constranger.
Há poucos dias mostrei
com fotos de satélites e provas documentais o significado desrespeitoso
da presença de poderoso navio da IV Frota Naval dos Estados Unidos
costeando os mares do Brasil.
Este poderio de
embarcação pode se compor por 22 barcos (treze fragatas com mísseis,
quatro cruzadores com mísseis, quatro destróieres com mísseis e um
navio-hospital). Isso é um verdadeiro exército de guerra a nos ameaçar e
constranger as soberanias do nosso e dos outros países latino
americanos.
Entristeço-me, porém,
quando vejo nas salas de aulas e nos auditórios, onde falo, pessoas
dopadas pela ignorância e pela manipulação mediática, que ainda riem que
nem hienas enlameadas, desdenhando e duvidando das intenções do
inimigo, sabotador e ladrão do norte.
As idiotizadas acham que tais informações são coisas da esquerda sem o que fazer.
Volta e meia saio de
grupos do Whatts App, aliás, muito decepcionado com pessoas que dizem
serem professoras, mas que são de direita e cruelmente apoiadoras do
terrorismo americano que usa a mídia, a religião, o ensino e tudo o que
pode para cegar e ensurdecer insensivelmente as pessoas para as armações
de invasões e de guerras na Venezuela, na Bolívia, na Argentina e no
Brasil, em médio prazo. Já há prognósticos de que se instaurará guerra
civil aqui entre os que defendem o País e os que o querem entregar à
loucura destrutiva dos Estados Unidos.
Pois me deparei, e
compartilho aqui, com uma notícia de fonte séria de que os Estados
Unidos já começam a desembarcar militares no Peru, aqui ao lado do
Brasil. O propósito é o de atingir a Bolívia, cada vez mais avançando
pelos caminhos da justiça social com o grande Presidente Indígena Evo
Morales, a Venezuela da revolução bolivariana iniciada pelo heroico Hugo
Chávez e Presidida por Nicolás Maduro, que já se prepara para a guerra
civil.
Assim como fizeram no
Iraque, no Afeganistão, na Líbia, na Síria criando, inclusive, o monstro
Estado Islâmico, os Estados Unidos claramente intencionam transformar a
América Latina num mar de sangue para roubar nosso petróleo, nosso gás e
nossa Amazônia, já em franco mapeamento. Evidentemente que o Brasil é
seu alvo privilegiado.
O jornalista Gustavo
Espinoza M., colaborador da Revista Diálogos do Sul em Lima, Peru, é
quem relata em detalhes a estratégia imperialista e assassina, que já
despeja milicos naquele País latino americano para treiná-los com o
objetivo que expus acima.
Gustavo brilhantemente assevera que “Não
há que ter muita perspicácia para intuir que por trás da “operação de
espionagem” chilena contra o Peru, denunciada recentemente, seja o
avesso da mão dos serviços de inteligência ianques, que facilmente
poderiam armar operações com esta ou outra magnitude, até mesmo a
revelia dos governos, valendo-se da infiltração dos serviços secretos
que eles manipulam.”
O conselho que o
jornalista da Revista Diálogos do Sul dá é o mesmo que me anima: “Aos
povos de nosso continente corresponde atuar com firmeza e a consequência
requerida em uma circunstância em que o que está em jogo é a
sobrevivência do continente, agredido pela barbárie imperialista.”
Continua Espinozza: “No
início dos anos 1930, em outro contexto e também em outras condições,
Augusto Cezar Sandino disse de maneira categórica: ‘A soberania dos
Estados não se discute. Se defende com armas nas mãos”. (Revista
Diálogos do Sul, do dia 28 de fevereiro de 2015).
A propósito do conselho
do conselho de Gustavo, cabe aqui retornar, até que aconteça, ao mesmo
assunto: a crise que levou o governo Dilma a emparedar-se não pode mais
esperar pela iniciativa da Presidenta. As forças políticas e sociais têm
que tomar Brasília e as ruas do Brasil para defender nossa democracia
ameaçada e a soberania de nosso País.
Os pretextos para o golpe em favor dos interesses dos Estados Unidos só tendem e crescer.
Quando Lula foi fechado
no Palácio do Planalto pela reação e, praticamente, aguardava pelo
impeachment sob o sabor dos escândalos gerados pelo falso mensalão
teatralizado pelo “seu” Joaquim Barbosa e pela mídia mentirosa golpista,
os trabalhadores e o povo foram ao seu encontro e o arrancaram da
imobilidade. Graças a isso, no segundo governo o Presidente empurrou o
Brasil para os caminhos do desenvolvimento com indiscutível distribuição
de renda. Daí a oposição entreguista e golpista se calou, sem agenda e
sem projeto.
A Presidenta Dilma
prende-se equivocadamente na imobilidade perigosa. O povo tem que
desamarrá-la desse atavismo, como recomenda o destemido José Pedro
Stédile, líder do Movimento dos Sem Terra.
Quanto aos cegos e
surdos, frutos da “antificação” ideológica de cuja matéria são feitos em
suas famílias alienadas e pela mídia esgoto, que os faz tão
embrutecidamente raivosos, odiosos, fofoqueiros, caluniadores e
irracionais, é provável que alguns se tomem e sensibilizem pela
consciência honesta de defesa de nossos interesses nacionais e passem
para o lado do povo quando a temperatura ferver; outros se transformarão
em traidores declaradamente a serviço dos inimigos, até colaborando com
eles para eliminar seus irmãos brasileiros e ajudá-los a nos roubar.
Dom Orvandil Moreira
Barbosa.
Brasil 247
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