Hoje é dia de lutar contra o golpismo - #Dia13DiaDeLuta |
"A hora do combate chegou"
No Paraná, a marcha é coordenada sob o guarda-chuva da Central Única dos Trabalhadores (CUT). Mais de 50 entidades lançaram ontem uma ofensiva para a mobilização desta sexta.
O posicionamento do governador Beto Richa a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) acirrou os ânimos no estado. Por causa disso, a passeata sairá da Praça Santos Andrade (UFPR), às 17 horas, rumo ao Palácio Iguaçu, no Centro Cívico, sede do executivo estadual.
Antes, porém, CUT e PT pensavam em marchar até a Boca Maldita, tradicional ponte de protestos na capital paranaense.
Temendo o protesto pelo seu próprio impeachment, Beto Richa acionou as forças de repressão que são comandadas pelo secretário da Segurança Pública, Fernando Francischini, um conhecido anti-Dilma de carteirinha.
"O movimento tem
caráter suprapartidário e de defesa da democracia. As pessoas não estão
sendo chamadas a apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff, mas para
garantir a legitimidade de seu mandato constitucional", diz ele.
"Quem atender ao convite da Central
Única dos Trabalhadores, também se somará à indignação contra a campanha
nacional e internacional que tem como alvo a Petrobras. As
grandes corporações, os governos imperialistas e a oposição de direita
mal escondem seu interesse em sucatear e privatizar a estatal,
manipulando as investigações sobre desvios na empresa em favor de suas
intenções."A manifestação não é pró-Dilma. "Não é obrigatório gostar do governo Dilma para descer ao asfalto ou à terra batida nessa hora dramática.Os próprios organizadores da mobilização exigem imediata mudança da política econômica, com a retirada das medidas do ajuste fiscal, e adoção de uma agenda unitária que represente as aspirações e reivindicações das camadas populares."
Trata-se, sim, de defender o regime democrático. "Não há outro caminho para romper o cerco midiático e institucional determinado pela reação oligárquico-burguesa", afirma. "Com firmeza e generosidade, a partir desta sexta-feira poderá nascer uma frente ampla dos trabalhadores da cidade e do campo, do mundo da cultura e da produção, capaz de ser a coluna vertebral dos que não admitem o país andando para trás." Milhares de brasileiros atenderão, nesta sexta-feira (13/03), a convocação do movimento sindical e popular, ocupando as ruas para dizer basta à ofensiva conservadora. O movimento tem caráter suprapartidário e de defesa da democracia. As pessoas não estão sendo chamadas a apoiar o governo da presidente Dilma Rousseff, mas para garantir a legitimidade de seu mandato constitucional. Quem atender ao convite da Central Única dos Trabalhadores, também se somará à indignação contra a campanha nacional e internacional que tem como alvo a Petrobras. As grandes corporações, os governos imperialistas e a oposição de direita mal escondem seu interesse em sucatear e privatizar a estatal, manipulando as investigações sobre desvios na empresa em favor de suas intenções. Não é obrigatório gostar do governo Dilma para descer ao asfalto ou à terra batida nessa hora dramática. Os próprios organizadores da mobilização exigem imediata mudança da política econômica, com a retirada das medidas do ajuste fiscal, e adoção de uma agenda unitária que represente as aspirações e reivindicações das camadas populares. Poderão estar juntos todos aqueles que estão dispostos a lutar contra o retrocesso, o golpismo e os bandos que ameaçam a democracia. Será apenas a primeira batalha de massas, de uma guerra política que poderá decidir o futuro do país. A conquista das ruas é decisiva para os trabalhadores e a esquerda. Não há outro caminho para romper o cerco midiático e institucional determinado pela reação oligárquico-burguesa. Mudou o cenário nacional. A escalada reacionária obriga o campo progressista a construir novas alianças e formas de ação, aglutinado ao redor de uma plataforma unitária que proponha reformas fundamentais para enfrentar a crise econômica e a falência do sistema político. Daqui a poucas horas haverá um ensaio geral deste esforço unitário e democrático. A comparação entre o 13 e o 15 será inevitável. Mas muita calma nessa hora. A direita detém a iniciativa política e não impressiona que venha a exibir mais musculatura nos próximos dias. O que importa, porém, é que as forças progressistas estão fixando sua linha de resistência desde hoje. Com firmeza e generosidade, a partir desta sexta-feira poderá nascer uma frente ampla dos trabalhadores da cidade e do campo, do mundo da cultura e da produção, capaz de ser a coluna vertebral dos que não admitem o país andando para trás. O ex-presidente Lula disse, há dias, que a esquerda quer paz e democracia, mas também sabe brigar.
Pois bem: a hora do combate chegou.
#Dia13DiaDeLuta
com texto de Breno Altman e Esmael Morais
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