Coluna do Requião Filho - “A perna curtíssima da mentira de Beto Richa”

Para quem dizia na eleição que não faria reformas bruscas, assumir agora que a economia que está sob seu comando há anos está se deteriorando é, sem dúvida, porque sabia desde o início que isto estava por vir.
Fico imaginando que bela herança teria deixado o atual governador caso não tivesse sido eleito. Talvez a mesma que ele próprio deixou para a prefeitura de Curitiba, que sofre com contratos envolvendo empresas do transporte coletivo na Região Metropolitana da Capital.

“O gigante acordou”, já gritava o povo nos protestos de 2013.
O estopim à época foi alguns centavos a mais na tarifa de ônibus. Mas não era só isso! As pessoas começavam a se mostrar cansadas com tanta mentira e tanta corrupção na política, mas a lição não foi assimilada por alguns administradores.
No Paraná, uma crise anunciada. Mesmo com as contas do Estado indo de mal a pior, nosso governador faz sua campanha inteira baseada na mentira. Dizia que o MELHOR ESTAVA POR VIR, que as finanças do Estado ESTAVAM EM DIA e que fechava seu primeiro mandato MELHOR DO QUE ANTES. “Só que não”, dizem hoje os jovens eleitores na gíria popular.

Tenho para mim que a mentira e a falta de palavra são os piores pecados que pode um político cometer.
Olhar no olho do eleitor e fazer uma afirmação que saiba ser falsa ou impossível de ser cumprida é o tipo de atitude que tem marcado e manchado a classe política.
Ora, mas como saber se um político está mentindo? Alguns são especialistas nisso e o eleitor precisa estar atento, principalmente passada a eleição. Afinal, contar uma mentira pode até ser fácil, mas mantê-la… Ah, isso são outros quinhentos…

Para tanto, requer-se habilidade, presença de espírito, boa memória e um raciocínio rápido. As crianças são um bom exemplo. Quando querem uma bronca ou sabem que esta ou aquela atitude não terá nossa aprovação, sempre “melhoram” a verdade ou inventam uma alternativa mais palatável.
Pegar crianças na mentira é fácil, basta pedir-lhes que expliquem novamente ou recontem várias e várias vezes a mesma estória. Nunca falha! Elas sempre se enrolam. Psicologia infantil esta que pode, muitas vezes, ser aplicada facilmente em nosso meio adulto e não menos esperto, brincalhão…
Peça para o governador contar novamente a mesma história.
– Na eleição era que tudo estava ótimo e que o melhor estava por vir. Na sequência emplacou um tarifaço com aumento de IPVA e de ICMS, já para cobrir o caixa de um Estado que mal conseguia pagar a folha.
– No início do ano tinha urgência em implantar todas aquelas medidas do pacote de maldades, que segundo ele era a única solução para pagar a dívida do estado, agora, retira todos os projetos e diz não ser mais tão urgente assim e que encontrará outras maneiras de resolver o problema financeiro;
– Antes: Precisava retirar o quinquênio dos professores. \ Agora: Afirma que isto seria caótico, e que não se pode mexer nos direitos dos professores;
– Em2014: Promete que não ira mexer no percentual de cobrança dos servidores inativos. \ Em 2015, foi a primeira coisa que fez.
Para quem dizia na eleição que não faria reformas bruscas, assumir agora que a economia que está sob seu comando há anos está se deteriorando é, sem dúvida, porque sabia desde o início que isto estava por vir.
Fico imaginando que bela herança teria deixado o atual governador caso não tivesse sido eleito. Talvez a mesma que ele próprio deixou para a prefeitura de Curitiba, que sofre com contratos envolvendo empresas do transporte coletivo na Região Metropolitana da Capital.
Mentira tem perna curta! Mais cedo ou mais tarde, a verdade vem à tona.
 
Requião Filho

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