"Antes de montar minha teoria, terei que explicar muitas coisas que acontecem em um país fictício. O nome dele é "Barcelandia".
Esse país era mundialmente conhecido pelas suas belas mulheres, pela sua música local e por seu esporte de massa, o críquete. Porém, era um país governado por políticos corruptos que mandavam e desmandavam nele, surrupiavam grandes quantias e deixavam de lado a educação, pois povo ignorante é mais fácil de ser manipulados, saúde, segurança e outros itens que interessavam a este povo.
Já que o povo era fácil de ser manipulado, os governantes fizeram um “pacto” com a mídia, principalmente com o principal meio de comunicação, um canal de televisão que dava altos picos de audiência, vamos chamar este canal de SGC. Este pacto existe há muito tempo, mas não vamos tratar disto neste texto, porém, só para ficar claro, que a SGC manipula os telespectadores a votarem em certos políticos e estes fazem GRANDES favores para esta emissora.
Como o sistema de saúde é precário e paga uma miséria para os seus médicos e os planos de saúde (sim, as pessoas deste país pagam os seus impostos e acham normal ter que pagar um plano extra, com valores absurdos para se ter um atendimento digno) pagam um valor muito melhor, estes acabam fazendo absurdos desumanos. Como por exemplo, nas UTI’s (Unidade de Terapia Intensiva) em hospitais públicos existe uma enorme demanda de pacientes e alguns diretores destas unidades, de maneira fria e inescrupulosa, selecionam quem deve viver ou morrer baixando aos poucos os níveis de oxigênio do paciente e aplicando drogas que aos poucos fazem com que este tenha uma parada respiratória ou cardíaca. E por “coincidência” os selecionados a passarem desta para melhor são os que não tem plano de saúde, assim fazendo com que se tenha um “giro” de pessoas que “são menos lucrativas” e mantendo as pessoas que “trazem mais dinheiro”. Assim os médicos e o hospital lucram mais e as pessoas ignorantes acham que era hora de seu ente partir mesmo. E pasmem, isso é uma prática comum em Barcelandia, porém como não existe interesse da mídia em divulgar isso, ninguém ficava sabendo.
Em um dos estados de Barcelandia, a Lovaquia, seu governador era muito popular entre seus eleitores pois já havia sido prefeito da sua capital e seu trabalho, segundo a mídia, foi de grande sucesso.
AGORA SIM, VAMOS A TEORIA.
Um deputado da Lovaquia havia saído para jantar com o filho do governador deste mesmo estado, como eram amigos ficaram um bom tempo batendo um papo e tomaram pelo menos umas cinco garrafas de vinho. Como já era tarde resolveram ir embora dirigindo, mesmo com um alto grau alcoólico.
Na saída do restaurante se despediram e seguiram para seus carros importados (pois em Barcelandia, por incrível que pareça, os políticos só não ganham mais que os jogadores de críquete). Como o caminho deles era parcialmente o mesmo, pararam lado a lado em um sinaleiro de uma via rápida, se entreolharam, começaram a pisar fundo em seus aceleradores de maneira intimidante, aumentando cada vez mais o giro de seus motores. Quando o sinal fica verde, obviamente, começa um racha. Subidas e descida em altíssima velocidade, chegando a picos de 190 km/h. E logo após uma das subidas, o inevitável, um carro acabara de adentrar a via e acaba sendo atingido na parte superior do carro, pois o carro do deputado havia saído do chão tal a velocidade que estava, arrancando totalmente esta. Dentro do carro atingido dois jovens que morreram instantaneamente, pois até a parte de cima do crânio de um dos garotos foi achado a 100 metros do acidente. Uma morte brutal e sem sentido.
O assassino e seu parceiro teriam sido presos em flagrante se não fossem a famosa manipulação por serem filhos de pessoas “importantes”. Pois conseguiram fazer sumirem provas como as fotos dos radares locais, caso contrario todos saberiam que o filho do governador estaria presente, e pior, era cúmplice de assassinato. Fizeram teste de dosagem alcoólica nos garotos mortos já no IML para ver se conseguiam colocar a culpa nestes, enquanto o deputado acidentado foi encaminhado ao hospital mais próximo, que era público.
Neste hospital, como o caso era de grande repercussão, uma diretora foi pessoalmente fazer o exame de dosagem alcóolica, entre outros testes no deputado acidentado. No seu laudo ela conclui que havia excesso de álcool no sangue, além disso, constata que o seu cérebro funcionava como o de um viciado em cocaína. Claro que isso nunca caiu no conhecimento popular por causa do “pacto” político-mídia.
“Por essas coincidências da vida” resolveram grampear o telefone desta diretora do hospital no qual o deputado estava internado. E adivinhem o que encontraram nas ligações, sim, ela ordenava o desligamento de aparelhos e a diminuição do nível de oxigênio daqueles pacientes “não lucrativos” que demoravam a partir, pela cura ou pelo óbito.
Claro que eu acho que este monstro do diretor seja punido, mas as circunstâncias como ela foi denunciada é que me deixam indignado. Simplesmente para tentar desacreditar a principal testemunha que pode mandar o deputado para a cadeia. E lembremos que o seu cúmplice não esta nem sendo citado por falta de prova e de interesse das autoridades manipuladas.
“Felizmente” uma das vítimas era filho de uma empresaria bem sucedida e esta gastou muito dinheiro para que este caso não fosse abafado pela imprensa. E ainda gasta para que não seja esquecido. Pois já se passaram anos e anos e o deputado ainda não foi a julgamento por manobras dos advogados de defesa que fazem muito bem seu trabalho em um país que tem escrito em sua constituição que as pessoas que dirigem embriagado são presos em flagrante menos se tiverem influencia política.
Que povo desgraçado desse país, não é?!"
por Gastão Barbosa
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