Vacina contra o melanoma começa a ser testada em humanos


Pesquisadores da Universidade Harvard anunciaram nesta sexta-feira o início dos testes em seres humanos de uma nova vacina desenvolvida para tratar o melanoma — a forma mais letal de câncer de pele. A vacina usa uma técnica inovadora de implante que pode levar ao desenvolvimento de diversos tratamentos contra outros tumores.

A maioria das vacinas terapêuticas contra câncer que estão sendo desenvolvidas hoje em dia envolve a retirada de células do sistema imunológico dos voluntários. Em laboratório, os médicos modificam essas células para serem capazes de identificar e atacar os tumores e as reintroduzem no sangue do paciente. A vacina desenvolvida na Universidade Harvard, no entanto, pretende fazer essa alteração nas células imunológicas sem retirá-las do corpo.
Os pesquisadores desenvolveram uma pequena esponja em forma de disco que pode ser implantada sob a pele do paciente. Ali, ela é capaz de recrutar e reprogramar as células do sistema imunológico — sem a necessidade de levá-las até um laboratório.
A nova abordagem já foi testada em camundongos em 2009, em um estudo publicado na revista Science Translational Medicine. Após a aplicação de duas doses da vacina, houve regressão dos tumores em 50% dos camundongos.
Os pesquisadores afirmam que só foi possível chegar tão rápido aos testes clínicos em seres humanos graças à equipe multidisciplinar que trabalha na tecnologia, que inclui cientistas, engenheiros e médicos. "É raro vermos uma nova tecnologia testada em laboratório chegar tão rapidamente à fase de ensaios clínicos humanos. Estamos muito animados com essa velocidade e com o potencial da vacina", disse Glenn Dranoff, pesquisador da Universidade Harvard.
O recrutamento de participantes para a primeira fase dos ensaios clínicos já começou. Essa etapa, que deve durar até 2015, não deve envolver um grande número de voluntários e vai servir para avaliar a segurança da vacina em seres humanos. Depois disso, ela ainda deve passar por mais estudos, para que possa chegar aos consultórios médicos.

veja

Nenhum comentário:

Postar um comentário