Itamaraty analisa caso de candidato branco aprovado nas cotas para negros


O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) informou, nesta quarta-feira, que analisa o caso do concursando Mathias de Souza Lima Abramovic, aprovado na primeira fase de seleção do Instituto Rio Branco dentro das cotas raciais para negros. Fotos da rede social de Abramovic mostram que ele tem pele e olhos claros. Entretanto, na inscrição, ele se declarou "afrodescendente" para concorrer às vagas reservadas, segundo a Agência Brasil

O ministério não adiantou se o candidato será retirado da disputa ou se haverá alguma mudança no sistema de cotas do concurso. 
Autodeclaração – O Itamaraty informou que a definição de afrodescendente não é técnica e baseia-se exclusivamente na declaração do candidato no ato da inscrição. O edital do processo seletivo também não discrimina os critérios para concorrer como afrodescendente. A cota racial é válida apenas na primeira etapa do concurso, que seleciona os cem candidatos com maiores notas.
Na primeira fase, as cotas reservam um adicional de dez vagas para afrodescendentes e duas para deficientes, totalizando 112 candidatos que continuarão na disputa. Ao final, apenas trinta chegarão à última etapa do concurso. O Itamaraty informou que é a primeira vez que ocorre um caso como de Abramovic.
Para as pessoas com deficiência, as reservas de vagas vão até a última etapa (são quatro no total) e os candidatos aprovados passam por perícia médica.
A reportagem entrou em contato com a organização do concurso Instituto Rio Branco, realizada pelo Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), que ainda não deu retorno. 

BBC Brasil

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