Forbes, enfim, tira Eike Batista de sua lista de bilionários
Depois de a edição brasileira da revista Forbes publicar, no início deste mês, a lista nacional de bilionários, ainda com a presença de Eike Batista, a matriz americana afirmou nesta segunda-feira que o empresário brasileiro "deixou, oficialmente, de ser um bilionário". Após aparecer na lista da Forbes como o sétimo homem mais rico do mundo em 2012, com uma fortuna de 30 bilhões de dólares, agora o patrimônio de Eike é calculado pela revista em menos de 900 milhões de dólares pela publicação.
"Boa parte da fortuna estimada de Eike está em ações das suas seis companhias listadas em bolsa, sendo que todas estão em estágios pré-operacionais e ainda não apresentam lucro. Isso significa que ele poderia, eventualmente, ver sua riqueza cair ainda mais, já que ele teria comprometido sua fortuna pessoal para garantir empréstimos com bancos brasileiros", informa a reportagem publicada no site da Forbes.
A revista afirma que Eike poderia evitar o colapso do império usando a Lei de Falências do Brasil para reorganizá-lo, mas isso resultaria em anos de batalhas judiciais. A Forbes lembra que o empresário prometeu, num artigo publicado em julho, que não deixaria de pagar "um centavo" das dívidas. "Isso, certamente, não o transforma num herói. Ele, provavelmente, não conseguirá cumprir suas enormes promessas e muita gente já perdeu dinheiro por acreditar nele", diz o texto.
Os números da Forbes contrastam com aqueles apresentados pela Bloomberg semanas atrás, que apontavam uma fortuna de 'apenas' 200 milhões de dólares, cifra que havia 'expulsado' Eike da lista de bilionários da rede americana.
Segundo a Bloomberg, uma dívida contraída por Eike com o fundo soberano de Abu Dhabi, Mubadala, de 1,5 bilhão de dólares, fez com que a fortuna do empresário recuasse para a casa dos milhões. A Forbes não contabilizava essa dívida até então. Contudo, com os novos investimentos do fundo nas empresas de Eike, a publicação calcula que o empresário deve 2,7 bilhões de dólares ao fundo soberano do Oriente Médio.
Atualmente, o brasileiro mais rico é Jorge Paulo Lemann, um dos sócios controladores da Anheuser Busch-InBev, dona da Ambev. Sua fortuna é estimada em 38,24 bilhões de reais.
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