Pesquisadores ingleses descobrem calendário mais antigo do mundo
Depois que sobreviveram ao dia 21 de dezembro do ano passado (ufa!), parece que as pessoas perderam um pouco o interesse pelos calendários antigos. Mas o calendário maia, supostamente responsável pelas previsões que anunciavam o fim do mundo, não é o único capaz de mostrar coisas incríveis sobre como os povos antigos compreendiam a passagem do tempo.
Recentemente, pesquisadores ingleses da equipe de Vince Gaffney, professor de arqueologia da Universidade de Birmingham, descobriram na Escócia o que acreditam ser o calendário mais antigo que se tem conhecimento até o momento. É possível que o material descoberto tenha mais de dez mil anos.
Até então, quem recebia o crédito pela criação do primeiro calendário eram os povos Mesopotâmicos da Idade do Bronze, que teriam criado um advento para o controle do tempo há cerca de cinco mil anos.
A equipe de Gaffney afirma que o calendário descoberto é constituído por 12 poços encontrados perto de um campo no Castelo Crathes, na cidade escocesa de Aberdeenshire – cada poço, que pode ter até 2 metros de diâmetro, representa um mês lunar. Essas cavidades, distribuídas ao longo de 50 metros, seriam usadas como um sistema de contagem, cada uma delas representando um mês específico. Para medir a passagem do tempo, bastava observar as posições do Sol e da Lua no céu, tendo como referência as posições das cavidades no chão.
Acredita-se que o sistema foi usado entre os anos de 8000 a.C. (Período Mesolítico) até 4000 a.C (Período Neolítico).
Para os pesquisadores, encontrar um calendário tão antigo é uma prova de que os povos caçador-coletores que viveram na Escócia há milhares de anos tinham tanto a necessidade quanto a sofisticação necessária para medir a passagem do tempo e das estações do ano. Ainda de acordo com eles, não há nenhuma outra estrutura desse tipo que tenha sido encontrada na Inglaterra e nas regiões próximas.
Júlia Matravolgyi
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