Em 03 anos, Brasil terá um computador por habitante


O Brasil vai atingir a marca de um computador para cada habitante em 2016. A previsão é de um estudo divulgado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O país possui atualmente 118 milhões de computadores, uma relação de 3 aparelhos para cada 5 habitantes, o equivalente a 60% de penetração no total da população.
A principal razão para a alta no número de aparelhos nos próximos anos é a inclusão dos tablets como computadores – em geral, estudos sobre o mercado de eletrônicos diferenciam tablets de desktops e notebooks, mas a FGV optou por juntá-los numa mesma categoria.


Com a inclusão, a fundação adiantou em um ano a previsão para atingir o patamar de uma máquina por habitante. O mercado cresceu 11% em 2012 em relação ao ano anterior e a previsão é de crescimento de 19% neste ano. Os dados foram divulgados na 24ª Pesquisa Anual do Uso de TI. No relatório do ano passado, a previsão para alcançar a marca de 200 milhões de computadores era 2017.
A pesquisa foi feita com 2.200 empresas de médio e grande porte – 66% delas entre as 500 maiores do país – e também analisou dados secundários para chegar ao total de computadores por habitante. Segundo a pesquisa, o Brasil vende hoje um computador por segundo.
O estudo também analisa o número de telefones (fixo e móvel) e televisores. Hoje, são 182 milhões de televisores ativos e 398 milhões de telefones. Na maior parte dos índices, o Brasil fica bem à frente da média mundial – mas atrás de países mais ricos, como os Estados Unidos, por exemplo.
Mercado de TI
O gasto médio das empresas com o setor de Tecnologia da Informação (TI) vem crescendo ano a ano e chegou a 7,2% do faturamento das companhias em 2012. A previsão é que em quatro anos chegue a 8%. A alta é puxada por um mistura de maior investimento das grandes empresas e também pela informatização das pequenas. “Hoje uma farmácia no interior do Tocantins precisa ter um programa para atender aos pedidos do Fisco”, afirmou o professor Fernando Meirelles, coordenador da pesquisa. “A regulamentação estatal está puxando a alta de TI. Imagine que alguém chega para vender um software para controle da Receita, e já aproveita para instalar um programa para gerenciar a gestão, mesmo que seja um programa bastante rudimentar.”
Microsoft
A pesquisa também mostra que a Microsoft continua dominando a mesa de trabalho do brasileiro. Cerca de 90% dos navegadores utilizados nas empresas são Internet Explorer e 76% dos clientes de e-mail são Outlook. Pela primeira vez o Gmail figurou na lista de emails corporativos, com 5% de participação. Entre os sistemas operacionais, 98% são Windows, e entre os programas de produtividade, como editor de textos e planilhas de textos, 92% são Office. Sobre a adoção do Widnows 8, o novo sistema operacional da Microsoft, Meirelles afirmou ainda não ter dados suficiente para dizer como ele será adotado.
Investimentos
Interior é alvo de investimento das empresas
A fabricante taiwanesa de equipamentos de rede D-Link estuda o interior do Paraná como sede de uma unidade fabril da empresa, a primeira do grupo no Brasil. De acordo com o jornal Valor, cidades do Paraná estão disputando a empresa com Manaus, no Amazonas, e Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. Segundo a publicação, a escolha vai depender de “fatores como incentivos fiscais, logística e acesso à mão de obra.” O objetivo é fabricar seus roteadores aqui. A companhia tem 150 funcionários no país, onde atua desde 2001.
Já a Totvs, considerada a maior empresa de software de gestão do país, vai abrir uma unidade de atendimento em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. O novo escritório contará com 20 funcionários e vai atender uma região que, segundo a empresa, vem apresentando um “desenvolvimento expressivo”. A nova unidade deve atender a cerca de 20 municípios da região.
E-commerce
Empresários migram da loja física para o mundo on-line
Cresce no Brasil o número de lojas que estão migrando para a internet, puxando com elas o mercado de empresas que criam e operam as plataformas de comércio eletrônico. No ano passado, segundo pesquisa da Ecommerce School, o país tinha 23 mil lojas virtuais. Estima-se que esse número vá chegar a 45 mil até 2014. A Webstorm, de Curitiba, prevê crescimento de 30% para este ano. A empresa é especializada na criação das plataformas das lojas on-line e na gestão do comércio eletrônico. Entre os clientes, estão empresas como Multiloja e Balaroti. “Há dois principais tipos de clientes nos procurando: o pequeno empreendedor que quer começar um negócio na internet, e o lojista físico, que já tem uma operação estabelecida e quer começar ou melhorar sua presença on-line”, diz Eduardo Aguiar, diretor e sócio-fundador da WebStorm. Hoje, um projeto para começar uma loja virtual custa cerca de R$ 25 mil.

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